quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Odeio Proparoxítonas!

 


Vou contar o fato da cobra venenosa que me mordeu. Usei um antídoto e vi uma auréola no anjo que me protegeu. Usei uma máquina para fotografar o bicho. Fiz um gráfico ao médico, que tinha um jeito de déspota ou até mesmo de bígamo. Ele achou que eu fosse um alcoólatra. Fiquei com medo que o veneno desse em mim uma metástase. O pessoal que me socorreu teve que subir um morro íngreme, que me pareceu o máximo. Me de deram um cálice úmido com remédio com gosto do pântano. Fiquei ávido, com olho míope. Mas isso foi uma página escrita em código, com sinais de telégrafo de um fato dinâmico e efêmero de um caso com o estereótipo comum. E como explicar isso se eu não tinha nenhum álibi. Depois desse acontecimento, tive síndrome como se eu fosse um vândalo, protótipo ou até mesmo arquétipo de um aborígene. Isso ocorreu num sábado, fiz o gênero desengonçado como um pêndulo, num ângulo de nômade, uma festa , digo, ágape elétrico. Tive, já no hospital, de tomar vermífugo de um enfermeiro com jeito andrógino, sem cônjuge. Eu, num grito uníssono, muito tímido fiz de propósito com um olhar límpido, gritei bem alto: Odeio Proparoxítonas

(Que nem sei por que entraram na história...)

                                                 (NSM)


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