segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Pequenas histórias de grandes homens

O Dom de Beethoven

 Philip Yancey

 

Muitas coisas se falam a respeito de Beethoven. O fato de ter composto extraordinárias sinfonias, mesmo após a total surdez, é sempre recordado. Exatamente por causa de sua surdez, ele era pouco sociável. Enquanto pôde, escondeu o fato de a audição estar comprometida. Evitava as pessoas porque a conversa se lhe tornara uma prática difícil e humilhante. Era o atestado público da sua deficiência auditiva.

Certo dia, um amigo de Beethoven foi surpreendido pela morte súbita de seu filho. Assim que soube, o músico correu para a casa dele, pleno de sofrimento. Beethoven não tinha palavras de conforto para oferecer. Não sabia o que dizer. Percebeu, contudo, que num canto da sala havia um piano. Durante 30 minutos, ele extravasou suas emoções da maneira mais eloquente que podia. Tocou piano. Ao contato dos seus dedos, as teclas acionadas emitiram lamentos e melodiosa harmonia de consolo. Assim que terminou, ele foi embora. Mais tarde, o amigo comentou que nenhuma outra visita havia sido tão significativa quanto aquela.

                                         Mais uma Chance

H. Stephen Glenn e Jane Nelson


Jonas Salk, o grande cientista descobridor da vacina conta a poliomielite, compreendeu o conceito de ser corajoso. Certa vez, alguém lhe perguntou:

- Depois de ter conseguido esta façanha extraordinária, que pôs fim a palavra poliomielite em nosso vocabulário, como o Senhor encara seus 200 fracassos anteriores?

Sua resposta (parafraseada) foi:

- Eu nunca tive 200 fracassos na vida. Minha família nunca os considerou fracassos. Eles serviram de experiências para que eu pudesse aprender mais. Acabo de realizar minha 201ª descoberta. Ela não teria sido possível se eu não tivesse aprendido com as 200 experiências anteriores.

                                        Duas oportunidades

Winston Churchill também foi um homem de coragem. Ele não se intimidava diante de seus erros. Quando cometia um, ele o analisava cuidadosamente. Alguém lhe perguntou:

- Sir Winston, qual foi a sua experiência na escola que melhor preparou-o para liderar a Grã-Bretanha nas horas mais sombrias?

- Quando fui repetente no curso médio.

- O Senhor considerou isso um fracasso?

- Não - replicou Winston. - Tive duas oportunidades para acertar.

 

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