(do humorista e compositor Jorge Murad)
O
teu modo de viver,
criticá-lo
a mim não cabe:
não
sei, não quero saber,
tenho
raiva de quem sabe...
Você,
terceira pessoa?
Parece
até brincadeira!
Para mim, ora, essa é boa.
Você, é sempre a primeira.
Eu,
que já fui coroinha,
em
alto e bom som proclamo:
não
troco qualquer rainha
pela
“coroa” que eu amo...
Se
o amor é um sacrifício,
não duvides nem um pouco:
iria
até para o hospício,
para amar-te como um louco.
Os
teus cílios, tua cor,
tuas
unhas, teus feitiços,
e
até mesmo o teu amor
são
todos eles postiços...
Joias desaparecidas.
Não
se encontram nunca mais,
mas
as mulheres perdidas
a gente encontra demais...
Se
amor se paga com amor,
como
diz ditado antigo,
meu
benzinho, por favor,
acerte
as contas comigo!
Dançou
um baião-de-dois
num
forró a Dona Inês,
e
nove meses depois
o baião era de três...
E
o alfaiate explicou,
com palavras ressentidas:
Já
que o senhor não pagou,
tomarei
outras medidas.
Um
pau d'água renitente
diz,
sobre o álcool: ora essa,
se
ele mata lentamente,
não faz mal... Não tenho pressa.
Que
a mulher tem duas caras,
isto
não é mais segredo:
a
primeira mostra às claras,
e
a outra... de manhã cedo.
A
piada é uma desgraça,
quando
a graça não contém;
a
gente até acha graça,
da graça que ela não tem.
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