Luiz Coronel
Nos
tempos de antigamente,
era
galopar sem parar,
pois
do suor da montaria
saía o sal, para salgar.
Eis, a lo largo, o churrasco:
chão
de brasas e o espeto,
límpida
lança de paz
assando
a carne, a preceito.
Deite-se
o carvão, noite escura,
com
pendores para aurora.
Dois
dedos de canha pura,
venha
o mate, sem demora.
A
farinha, em justa medida.
A
picanha é uma medalha
ao
esmero e precisão
do
assador que a prepara.
Louve-se
então a costela
e
a maminha, com certeza,
convidando
ao vinho tinto,
rubra
rosa, sobre a mesa.
Tudo
começa no afiar
das
facas de bom talho.
Deite-se
os pratos da lua,
nas
nuvens, brancas toalhas.
O
churrasco, já se viu,
é
bem mais que refeição.
Churrasco,
para o gaúcho,
faz do amigo um irmão.
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