quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Pequenas histórias jurídicas

 

Se beber, não dirija. Se dirigir, não beba. 

Em uma noite chuvosa, dois carros se chocam em uma estrada. Um pertencia a um advogado; outro, a um médico. Ao sair do automóvel, o médico, preocupado, se dirige ao carro do advogado e pergunta se ele está ferido, examina-o brevemente e constata não haver nada de grave. Chegam à conclusão de que não havia como escapar do acidente: a estrada estava molhada, escura e mal sinalizada. Cada um ia assumir seus prejuízos. Com já haviam ligado para a polícia rodoviária, resolveram esperar a viatura. Conversa vai, conversa vem, vão ficando amigos. Até que o advogado propõe: “Devíamos comemorar. Afinal, estamos bem. E saúde é o que interessa.” Vai até o carro, pega uma garrafa de uísque e um copo. Serve o novo amigo, que dá três longos goles, agradece e pergunta: “E você, não bebe?” E o advogado: “Não, não... Só depois que a policia chegar.” 

As contas do litígio 

Doutor Antônio, advogado experiente, estava almoçando em casa com a família quando o sitiante José chega: 

‒ Doutor, eu comprei uma vaca do meu vizinho João e agora ele quer que devolva o bezerro que a vaca vai ter. Ela está prenha e eu comprei com tudo dentro. De quem é o bezerro? 

‒ Só pode ser seu, José ‒ respondeu o advogado. 

Passados uns instantes, aparece João: 

‒ Doutor, vendi uma vaca para o meu vizinho José. Acontece que a vaca está prenha, e eu só vendi a vaca, não a cria. De quem é o bezerro? 

‒ Só pode ser seu, João ‒ respondeu prontamente o advogado. 

E lá se foi João todo feliz. A esposa de Doutor Antônio, no entanto, ficou sem entender nada: 

‒ Mas afinal, Antônio, de quem é esse bezerro? 

‒ Não se apresse, querida. Depois do julgamento o bezerro é nosso. 

Sem vestir a carapuça 

Numa audiência de julgamento de um caso de corrupção, o promotor interroga uma testemunha: 

‒ É verdade que o senhor aceitou 10 mil reais para encobrir este caso? 

A testemunha continua com o olhar perdido, distraída, como se não tivesse ouvido a pergunta. O promotor repete, com mais ênfase: 

‒ É verdade que o senhor aceitou 10 mil reais para encobrir este caso? 

Como a testemunha continuava sem responder, o juiz interveio: 

‒ Cavalheiro, por favor, responda à questão. 

E a testemunha, surpresa: 

‒ Desculpe, Meritíssimo, é que eu pensei que ele estava falando como o senhor. 

Cultura É de Lei 

Em Juízo 

Brasil ‒ Almanaque de Cultura Popular

da TAM


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