quarta-feira, 3 de julho de 2024

Um amigo é para sempre!

 

Nós podemos até esquecê-lo,

mas ele nunca se esquecerá da gente... 

Esta história aconteceu comigo. 

Era o ano de 2006, já no mês de fevereiro, eu estava, nessa ocasião, em Jaconé* e fui até o portão da casa, à toa, nos meus pensamentos. Fazia muito calor e vi um vira-latas passando pela rua. O bichinho vinha com um palmo de língua para fora. Penalizado, abri o portão e o chamei. Coloquei uma vasilha de água fresca e uma vasilha com ração e ele saciou-se à vontade. Depois, espreguiçou-se e deitou num canto. Até aí tudo bem, resolvi dar um tempo para ele e depois o mandaria ao seu destino. 

Mas a tarde passou, veio a noite e ele nada de ir embora. Dormiu lá na casa. 

No dia seguinte, fui para a praia pescar e ele me acompanhou. A minha esposa saía para caminhar, ele a acompanhava, e, assim, ele nos adotou. E o tempo foi passando e ele já era considerado da família e passamos a chamá-lo de Dentinho, por ter um dos caninos bem à mostra. 

Aí, chegou o dia de virmos embora. O nosso Giovani foi nos buscar. Embarcamos a minimudança na Van e, na hora da saída, o Dentinho ficou nos olhando da varanda sem nada entender. 

Tempos mais tarde, já aqui no Rio, tivemos a triste notícia de que o nosso Dentinho havia morrido atropelado. Confesso que chorei, pois, quando estávamos na praia, eu falava com ele para se cuidar e ele parecia me ouvir. 

No ano seguinte, retornamos a Jaconé e por lá ficamos até agosto. Lembro-me que cheguei a comentar com um grande conhecido meu que o meu desejo era de, quando lá chegar, a primeira coisa que eu iria fazer era procurar pelo Dentinho, mas, infelizmente, ele se fora. 

Meu vizinho, lá de Jaconé, disse-me que, depois que viajamos, o Dentinho, de vez em quando, aparecia lá por casa. Ficou a saudade. 

Agora, em 2008, também estávamos lá. Eu sempre vou pela manhã, pedalando a minha byke, buscar o pão e o jornal. Já era o mês de abril e eu tinha o costume de, ao passar por um cão, mexer com ele: Oi, moleque! - coisas assim e mexi com um que encontrei no caminho, mas a visão dele me deixou com uma sensação estranha. Logo à frente, vinha uma senhora fazendo caminhada e me alertou sobre um cachorro que vinha seguindo a minha bicicleta e eu estava numa boa velocidade: 

- Moço, o seu cachorro está o seguindo! 

Parei a bicicleta e olhei para trás, e vi o mesmo vira-latas que eu havia mexido momentos antes, quando, de repente, apareceram vários outros vira-latas e o pau quebrou! Eram dentes, rabos, orelhas tudo num redemoinho louco no meio da poeirada, até que o meu valente seguidor, em nítida desvantagem, bateu em retirada. 

Na volta, avistei-o de longe e pude verificar que estava bem. Passei por ele e nem olhei, pois poderia me seguir até em casa e eu já tenho três cachorrinhas. 

Dois dias mais tarde, um vira-latas pula o muro lá da casa (muro baixo), entra abanando o rabo e o reconheci. Era o meu seguidor. Mas, espere. Ele é muito parecido com o falecido Dentinho. Os mesmos olhos castanhos arredondados, o dente canino à mostra, as patas traseiras com os pés projetados para fora que ficam engraçadas ao andar e a velha coceira na barriga, deixaram-me intrigado. Chamei a minha esposa e ela também ficou em dúvida. Já haviam se passado dois anos da morte do Dentinho, como é possível, ele ficou conosco aquele dia. 

No dia seguinte, a minha esposa foi caminhar, ele a seguiu. Mais tarde fui pescar, ele me acompanhou. Era mesmo o nosso amado dentinho! Infelizmente (ou felizmente), o cãozinho morto atropelado era o seu irmão e nos deram à notícia errada. 

Agora, às vésperas de irmos para Jaconé novamente, não vejo a hora de nos encontrarmos de novo. Que Deus me dê esta Graça. Foi realmente um milagre. E viu Deus que isso era bom... 

Paulo Cezar Salerno – Pqdt 10.207 – 1963/3 

 

* Jaconé é parte distrito de Maricá e, outra parte, distrito de Saquarema. Sua traquilidade muitas vezes comparada a de cidades do interior e seus recursos naturais, fazem de Jaconé um ótimo lugar para passar um final de semana, feriados e as férias com a família. Fica a 105 km do Rio de Janeiro, possui 10 km de praia com águas limpíssimas e repletas de seres vivos, sua lagoa com 3,2 km2 de águas salobres e despoluídas é um grande e importante elemento do ecossistema da região.


2 de dezembro

 Dia Nacional do Samba

Sabe por que o Dia Nacional do Samba cai em dois de dezembro? Não, não é a data de nascimento de Tia Ciata. Também não é quando gravaram "Pelo Telefone". Muito menos quando Ismael Silva e os bambas do Estácio fundaram a Deixa Falar. O Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso "Na Baixa do Sapateiro", mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e virou uma comemoração nacional. 

Na Baixa do Sapateiro 

Composição: Ary Barroso 

Na Baixa do Sapateiro
Eu encontrei um dia
A morena mais frajola
Da Bahia
Pedi-lhe um beijo, não deu
Um abraço, sorriu
Pedi-lhe a mão
Não quis dar, fugiu...
 

Bahia, terra da felicidade,
Morena!
Eu ando louco de saudade
Meu Senhor do Bonfim,
Arranje outra morena
Igualzinha pra mim...

Ô! Amor, ai, ai,

Amor bobagem que a gente não explica,

ai, ai,

Prova um bocadinho, ô

Fica envenenado, ô

E pro resto da vida é um tal de sofrer

Ôlará, ôleré. 

Ô! Bahia, ai, ai,

Bahia que não me sai do pensamento.

Ouve o meu lamento, ô

Na desesperança, ô

De encontrar neste mundo

Um amor que eu perdi na Bahia,

vou contar. 

Ô! Bahia, ao, ai,

Bahia que não me sai do pensamento... 

terça-feira, 2 de julho de 2024

Gosto de você assim

 

Gosto de você assim,

com um smile nos lábios,

um sutien despeitado

e um short curto apertado. 

Gosto de você assim...

sempre alegre quando chego,

sempre pronta ao aconhechego

tépido do meu tugúrio.                     

Gosto de você assim...

me abraçando, me beijando,

fingindo ser submissa,

indo comigo pra missa

e me dando o que tem.            

Gosto de você assim...

feminista, insubmissa,

geniosa e independente

que faz ir pra frente

nosso amor cheio de brigas. 

Gosto de você, sim.

Capaz de amar o imperfeito.

Capaz de repartir o leito

com alguém cheio de defeitos

como o homem que você tem. 

 Ah...! Amo você assim...

Porque gosta de mim,

porque você me quer bem.

(Da coluna “The Mino Times”, do Diário do Nordeste,  

Fortaleza, CE)


segunda-feira, 1 de julho de 2024

Nunca desista!

 

Quando ele tinha 5 anos, seu pai morreu. 

Aos 16 anos ele deixou a escola. 

Aos 17 anos, já havia perdido quatro empregos. 

Aos 18 anos, ele já era casado. 

Entre os 18 e os 22 anos foi maquinista ferroviário fracassado. 

Ele se alistou no exército e trabalhou na cozinha, mas foi dispensado. 

Ele tentou entrar na faculdade de direito, mas sua inscrição foi rejeitada. 

Então, ele se tornou vendedor em uma empresa de seguro, mas ele foi demitido novamente. 

Aos 19 anos, ele se tornou pai. 

Quando ele tinha 20 anos, sua esposa o deixou e levou a filha. 

Começou a trabalhar num pequeno café como cozinheiro e lava-louças. Mas, novamente, ele foi demitido, depois tentou em vão escapar com sua filha. Mais tarde, ele conseguiu convencer sua esposa a voltar para casa. 

Depois, ele passou a maior parte de sua vida trabalhando em pequenos empregos. 

Aos 65 anos, ele se aposentou. 

A primeira pensão que recebeu do Governo mal ascendeu a 105 dólares. 

Ele, então, entendeu que não poderia suprir as necessidades de sua família. Com isso, decepcionado e enojado com a vida, ele diz a si mesmo que não conseguirá nada da vida e tentou o suicídio, mas em vão. 

Foi enquanto ele estava sentado debaixo de uma árvore, que ele começou a fazer uma lista de tudo o que ele fez na vida. E ele percebeu que toda a sua a vida não foi um desperdício, porque há uma área em qual ele se destaca melhor do que ninguém: cozinhar. 

Então, ele pegou emprestado US$ 87 de um amigo e começou a fritar frango, que ele vendeu para vizinhos, indo de porta em porta, no estado de Kentucky. 

Lembre-se que aos 65 anos ele estava pronto para cometer suicídio. Mas, aos 88 anos, o Coronel Sanders, fundador do Kentucky Fried Chicken (KFC) Empire tornou-se um bilionário. 

Nunca é tarde para nada reiniciar. Apenas sua atitude para os eventos da vida pode determinar você. Nunca desista!

Uma das mais belas histórias de vida. Nunca desista até o último suspiro. 

(Do blog Motivação Mental)