Pedra Fundamental do
Partenon Literário
A Sociedade Partenon Literário
foi fundada em Porto
Alegre , a 18 de junho de 1868, por um grupo de
aproximadamente 50 intelectuais, em que despontavam José Antônio do Vale Caldre
e Fião, Apollinário Porto Alegre, Lobo da Costa, Múcio Teixeira, Luciana de
Abreu, Aurélio Veríssimo de Bittencourt, Hilário Ribeiro de Andrade e Silva,
José Bernardino dos Santos, Aquiles Porto Alegre, J. F. de Assis Brasil e Carl
Von Koseritz. Empenhada na defesa da República, da educação, da emancipação
feminina, da abolição da escravatura, na proteção dos indígenas e na difusão do
conhecimento científico, a instituição publicou uma revista mensal, que
circulou entre 1869 e 1879.
A entidade teve sede social em diversos locais da
cidade, embora a sua pedra fundamental tenha sido lançada na rua Riachuelo, no
dia 10 de janeiro de 1885, tendo testemunhado o ato a princesa Isabel e o seu
consorte, o conde D’Eu, de passagem por Porto Alegre na ocasião.
Luciana de Abreu, Apolinário Porto Alegre e Caldre e Fião
Sociedade Parthenon Literário foi
criada em 18 de junho
de 1868,
num período de efervescência social e política, com a Guerra do Paraguai em andamento, as ideias
republicanas em expansão e uma forte retomada do movimento abolicionista.
A Sociedade participava de campanhas
abolicionistas, angariando fundos para libertação de escravos e propagava os
ideais republicanos. Promovia também debates com temas diversos como a Revolução Farroupilha, casamento
, pena de morte
e feminismo.
Ao longo de sua existência funcionou
em diversos locais, sem nunca ter tido sede própria. Em novembro de 1873, numa cerimônia em
que estiveram o presidente da província, João Pedro Carvalho de Morais, e o bispo
de Porto Alegre houve uma primeira tentativa de fundação de um espaço próprio,
em uma região, na época, distante do centro da cidade, que deu o nome a um dos
atuais bairros de Porto Alegre, o Partenon. A sede seria onde hoje é a
Igreja Santo Antônio. Outra tentativa deu-se em 10 de janeiro
de 1885,
com presença da Princesa Isabel e do Conde D'Eu,
lançou-se a pedra fundamental de um edifício que seria
localizado na rua Riachuelo.
O Partenon Literário precedeu 30 anos
a Academia Brasileira de Letras, publicando
diversas obras literárias, bem como a tradicional Revista Literária, ora em
formato de livro, seu legado mais forte. A Revista circulou durante dez anos e
continha críticas literárias, biografias, comentários, editoriais e estudos
sobre a história e cultura gaúchas. Discursos proferidos na Sociedade eram
depois transcritos para a revista, além de contos, narrativas, peças teatrais e
poesias. Os textos mais longos eram divididos em diversas partes e publicados
ao longo de diversos números.
A sociedade foi extinta por volta de 1925, mediante a doação de
terreno que tinha obtido para a construção de sua sede, pois de fato já deixara
de existir desde 1885 quando paralisou os trabalhos associativos.
Apolinário Porto Alegre
Luciana de Abreu
Caldre e Fião
Lobo da Costa
Múcio Teixeira
Aquiles Porto Alegre
Apeles Porto Alegre
Parthenon Literário
Em 18 de junho de 1868, em Porto Alegre , é
criada a Sociedade Parthenon Literário, na Rua de Braçança (Marechal Floriano),
sob a presidência de Apolinário Porto Alegre (1844-1904) consagrou os
melhores intelectuais porto-alegrenses, decisiva para o regionalismo gauchesco,
durante mais de 20 anos.
Era uma tribuna para oratória,
publicava revista, criou “escola noturna gratuita” para livres e escravos.
A sociedade com grandes serviços
à literatura e à causa da abolição da escravatura. Possuía uma biblioteca com
mais de “6 mil volumes” e um pequeno museu.
A sociedade também foi avançada
em matéria política (era “abolicionista” muito antes de as campanhas ganharem
as ruas) e comportamental, pois abrigava “mulheres”, que a Academia Brasileira
de Letras, só um século mais tarde admitiu.
Nos grandes saraus da sociedade brilharam muitas
personalidades, como:
Luciana de Abreu (1847-1880),
Apolinário Porto Alegre (1844-1904),
Apolinário Porto Alegre (1844-1904),
Caldre e Fião (1821-1876),
Afonso Marques (1847-1872),
Aquiles Porto Alegre (1848-1926),
Francisco Antunes Ferreira da Luz (1851-1894),
Dasmasceno Vieira (1850-1910),
Amália dos Passos Figueiroa (1845-1878),
João Lobo Barreto (1853-1875),
Apeles Porto Alegre (1850-1917),
Hilário Ribeiro (1847-1886),
Aurélio Veríssimo de Bitencourt (1849-1919),
Teodoro de Miranda (1852-1879),
Bernardo Taveira Junior (1795-1872),
José de Sá Brito (1844-1890),
Menezes Paredes (1843-81),
Francisco de Sá Brito (1808-1875),
Carlos Von koseritz (1834-1890),
Múcio Teixeira (1857-1926),
Lobo da Costa (1853-1888).
138 foram os integrantes do Parthenon Literário.
Luciana de Abreu (1847-1880),
professora e conferencista, “talvez a primeira feminista da cidade”, emocionou
a todos da sociedade ao discursar sobre o “direito das mulheres a instrução
superior”.
Em 09 de novembro de 1873, lançou
sua pedra fundamental no morro do Parthenon (atual bairro Santo Antônio) onde
construiria sua “Acrópole” como na Grécia antiga.
Em 10 de janeiro de 1885, lançou nova pedra fundamental da
sede à Rua Riachuelo.
Sócios dissidentes criaram outras
sociedades como a que editou a revista “Murmúrios do Guaíba” (1870), a Sociedade
Ginásio Literário (1874) e a Sociedade Ensaios Literários (1875 a 1877).