Palavras, personagens, gírias e
expressões
militares paraquedistas:
Estas palavras, gírias e expressões
são de várias gerações de Paraquedistas. Muitas mudaram e foram ultrapassadas,
mas para cada grupo que serviu no antigo RSD e em toda a Brigada de Infantaria
Paraquedista, elas continuarão sempre atuais. Algumas palavras são para o
entendimento de pessoas não que sejam Pqdts, e que, com certeza, lerão este
Almanaque.
“1º e 2º GTT”: Unidades Aéreas de Transporte de Tropas da FAB,
alocadas na Base área dos Afonsos, responsáveis pelo transporte e lançamentos
de cargas e transporte de nossos paraquedistas.
“2° RI”: Segundo Regimento de Infantaria localizado na Avenida Duque
de Caxias, Vila Militar, em que o Núcleo da Divisão Aeroterrestre ficou
aquartelado até a construção e entrega definitiva da atual Brigada Infantaria Paraquedista,
em 1957.
“
Ação retardadora”: Tipo de ação militar na qual uma tropa
numericamente inferior ao oponente executa um movimento para a retaguarda,
porém oferecendo resistência, trocando espaço por tempo.
Acertar atrás da Baiuca: Forma de dizer que ia sair na porrada, nos
anos de 1960, com algum desafeto e não ser punido, nem notado, por algum superior, pela agressão
mútua que iria acontece entres dois pqdts.
“Acoxambrado”:
Feito nas coxas, de qualquer maneira, ou na moleza.
“Adhemar Machado da
Silva”: Pqdt n°
8 (Pioneiro), MS n°
8 e DoMPSA número 1.
“Adler, o paraquedista”: livro autobiográfico de Luís Evaldo Kunz de Lima, Pqdt 22370, do Turno 1971/4.
“Aeródromo”: Aeroporto.
“Aeronave de asa
rotativa”: Termo militar para designar Helicóptero.
“Aeronave”: Termo
militar para designar avião.
“Afirmativo”:
Forma militar para se dizer sim.
“Agasalha”: Deixa
pra lá, não se importa, ignora.
“Agasalhar”: Assumir o erro e arcar com as consequências, fazer
algum serviço desagradável e desestimulante.
“A gritão”: Soldado Pqdt antigo, que deu baixa, arrependeu-se e pediu reinclusão à ativa.
“Air France”: Antiga ZL utilizada em algumas manobras da tropa
aeroterrestre na década de 50 e 60, na Barra da Tijuca, perpendicular à Avenida
das Américas. Na década de 60, foi muito utilizada para exercícios de patrulha.
“Alamares”: Os oficiais ajudantes-de-ordens dos oficiais generais
usam, no ombro direito, um adereço de nome alamares. São semelhantes, no seu
tecer, a uma corda, tradição do uso dos alamares. A cordinha, talvez, tenha nascido
da boca de algum militar desinformado que, ao ser perguntado quem era o
secretário do general, tenha respondido: "É aquele da cordinha"... talvez...
(Veja “Cordinha de General).
“Alberto Trevisan”: Primeiro capelão paraquedista militar brasileiro.
Pqdt 64 – 1954/5.
“ALC”: Primeiro paraquedas para saltos de cães, foi utilizado, pela
primeira vez, pelo cão Piloto.
“
Alfaiate Malaquias”: Um dos primeiros, se não o mais importante,
alfaiate dos primórdios das tropas aeroterrestres. A sua alfaiataria ficava
perto da estação de Deodoro.
“Alferes”: Do árabe al faris
(o cavaleiro, o herói), era patente abaixo de tenente. A denominação foi
substituída por segundo-tenente.
“
Alixa”: Primeira cadela a realizar um salto livre com equipamento
KAP3, em setembro de 1981.
“
Alírio Granja”: Pqdt 10, MS 13, pioneiro, lutou na Itália, na Segunda guera Mundial, foi o primeiro militar a conquistar a crista de Montese, autor do Primeiro manual de Ginástica Paraquedista, em 1954, hoje difundida nas Forças Armadas e Auxiliares. Na vida civil atuou em grandes empresas nacionais de engenharia da construção civil...
“
Almanaque Grafonsos”: Livro editado em Porto Alegre, RS, por três veteranos paraquedistas: Nilo da Silva Moraes, Paulo Cezar Fagundes e Ricardo Luiz da Silva Freire, contando alguns fatos históricos da Brigada de Infantaria Paraquedista. Hoje, quase esgotado.
“
Almanaque Paraquedista”: Segundo livro do
Grupo do Grafonsos, já com outro nome, para ser mais abrangente, contando mais fatos e com mais fotografias históricas antigas de quem fez a história da Brigada de Infantaria Paraquedista, dos mesmos autores citados acima.
Amarração do bute PQD: Forma única
e complicada com que os paraquedistas amarram o cadarço de seus butes marrons. Quanto
mais entrelaçados, mais bonito fica no bute.
“Aloprar”:
Significa ficar fora de controle, sair do sério, ficar histérico. Ex.: Ele aloprou dentro do avião.
“Aloysio Geraldo Tavares da Silva”: Pqdt 789, do Turno 1952/4, MS 334, Dompsa 39 e CIGS 474, foi o primeiro Mestre de Salto a salvar um paraquedista enganchado numa aeronave no Brasil em, talvez, no mundo. Isso ocorreu numa manobra em Campos, Estado do Rio de Janeiro, em 15 de outubro de 1964.
“Alto!”: Comando
dado numa marcha para que a tropa pare imediatamente.
“Alvorada”: Toque
militar que anuncia a madrugada, o amanhecer.
“AMAN”: Academia
Militar das Agulhas Negras.
“Andarolas”: No primeiro dia de apresentação às suas unidades,
depois que o soldado recebia os seus fardamentos diários, sempre algum gaiato
perguntava a um ingênuo: “O sargento não lhe entregou as andarolas?” Se o
recruta respondesse: “Não.” O gaiato dizia a ele: “Vai lá e pede, senão no fim
do ano você vai ter que pagar por algo que não recebeu.” Então, o cara se
dirigia ao sargento que lhe entregara o fardamento: “Sargento, eu não recebi as
andarolas!” O sargento, sabendo da sacanagem, perguntava a ele: “Você sabe o
que é andarolas?” – respondia o soldado: “Não.” – Esclarecia o sargento: “Andarolas
é um caralho e duas bolas!”
“Antigo”:
Elemento da tropa com mais tempo de serviço.
“
Antiguidade é Posto”: Jargão comum dentro dos quartéis. Exemplo: dez
sargentos (todos do mesmo posto) quem tem algumas prioridades é sempre o mais
antigo (por tempo de serviço).
“Aperreado”: Estar agoniado, apressado, impaciente,
apertado. Expressão muito comum entre os paraquedistas dos anos 1960, quando
algum soldado se encontrava em alguma das situações expressas pelo termo.
“À porta!”: Comando dado individualmente a um paraquedista militar para se dirigir à
porta, já se preparando para saltar.
“Aprovisionador”: Oficial responsável pelo rancho
“AR-15”: Fuzil norte-americano, calibre 5,56mm, derivado do M16,
utilizado em destacamentos especiais dentro da Brigada Pqdt e Forças Especiais.
“Arataca”:
Recruta pqdt que vinha da Região Nordeste.
“Aratacal”: A
terra dos aratacas.
“Arma em Tasso”: Estado da arma quando a mesma se encontra travada
aberta sem o carregador, sem o reforçador para tiro de festim. Obturador de
cilindro de gases em A.
“Arranchado”: Militar
que mora e faz sempre as suas refeições no quartel.
“Arrasto”: Quando na aterragem, o paraquedas não desinfla e arrasta,
com o vento, o paraquedista de costas ou de frente, que deverá providenciar
atitudes para reverter tal procedimento. Nos anos 50 e 60, o vento provocado
pela hélice de um velho de avião T-6 que fazia o arrasto dos Pqdts.
“Arrego”: Pedir
moleza ou algo fácil de se cumprir.
“Arroio dos Afonsos”: Pequeno riacho que separava a Base Aérea dos
Afonso do antigo Regimento Santos Dumont.
“Asas de Prata”: Conjunto musical composto por alguns integrantes da
Banda da Brigada de Infantaria Paraquedista que anima festa sem cunho militar
em qualquer unidade paraquedista.
“Assobai”: Associação dos Baiuqueiros e Amigos do Batalhão Dompsa;
“Atento e Desfazer”:
Ao comando do JEB, posição adotada pelo Pqdt ao lançar-se da aeronave, o militar
fica nessa posição dentro da Área de Estágios e grita, após fazer a posição, Atento! Só pode voltar à posição normal
quando recebe de volta a ordem: Desfazer!
“Atiradores com
espelhinho”: Artilharia de Costa.
“Atravancar”: O
mesmo que superar um obstáculo, atropelar, invadir, desbravar.
“Auxiliar Dompsa”: Cabo ou soldado paraquedista com especialização na
manutenção de paraquedas, no Batalhão Dompsa. Ele possui brasão próprio dessa
função.
“Auxiliar de MS”: É o segundo em comando no lançamento, auxiliando o
Mestre de Salto na preparação e segurança do lançamento dos Pqdts.
“Auxilar Prec”: Cabo ou soldado paraquedista com especialização em
operações de Precursor. É o elemento que salta com o equipamento de orientação
para o salto da tropa. Também possui brasão da função.
“Auxiliar de Rec-fitas”: Eram os encarregados de puxar as fitas com
as suas bolsas para dentro do avião. Podia ser sargento, cabo ou soldado antigo.
“Avançar”: Na acepção de alcançar, passar. Na hora do rancho,
na mesa de refeições dos oficiais Pqdts, por exemplo, em vez de se solicitar ao
companheiro que passasse a travessa de arroz, pedia-se: "avance o arroz".
“AVBIP”: Associação dos Veteranos da Brigada de Infantaria Paraquedista,
que tinha sua sede nos fundos do 8° GAC Pqdt, em Marechal Hermes.
Congregava inúmeros Veteranos Pqdt. Hoje, parece, que está sem sede.
“Avenida Presidente Vargas”: Grande e larga avenida no centro do Rio
de Janeiro, onde, todos os anos, no dia 7 de setembro, a Brigada de Infantaria
Aeroterrestre desfila garbosamente.
“Avião”: Designação genérica de qualquer aparelho de aviação. Mas,
na tropa aeroterrestre, pode designar um pequeno grupamento de até 10 homens. Também é nome dado aos pelotões dentro da Área de Estágios.
“Azado”: Feito e
apontado corretamente o azimute ou posição da tropa.
“Azar, militar!”: Infortúnio, é empregado na frase tal como azar “Não
deu certo, guerreiro? Azar, militar...”
“AZM”: Sigla para
Azar, Militar.
“B-8 e B-12”:
Primeiros paraquedas cedidos pela FAB para os primeiros saltos livres.
“Badernaço”: Quando é cantado o hino “Dragões do Ar”, letra do
General Germano Arnoldi Pedrozo, Pqdt 1605, com música do 2°
Regimento Paraquedista da Legião Estrangeira, onde a tropa canta, no ritmo de
canecos de chope, este hino com batidas rítmica na mesa. Em Portugal chamam de
“panelaço” ou “canecaço”.
“Baioneta”: Espécie de punhal mais longo, que é encaixado no bocal
do fuzil, e serve para o combate corpo a corpo. A verdadeira baioneta não tem
gume, ferindo somente pela ação da ponta. Hoje em dia esta arma é chamada de
sabre pelo exército. Foi a cidade francesa de Bayonne que deu seu nome à baioneta.
“Baiuca”: Um comandante, ao visitar a Companhia de Suprimento e
Manutenção de Paraquedas, viu que estava tudo desorganizado, chamou-a de uma
baiuca (apelido que permanece até hoje). É o local onde os paraquedas são dobrados e guardados.
“Baiuqueiro”: Como são chamados os pqdts que serviram ou trabalham
na Baiuca. São os dobradores de paraquedas, os responsáveis pela sua
conservação.
“Balanço”: Aparelho da Área de Estágios que simula a aterragem do
militar ao solo. O aluno sobe em uma rampa de uns 2 metros e meio, se equipa
como se estivesse com paraquedas completo, e este aparelho é preso por um cabo
de aço nas mãos do Monitor, este dá o já ao aluno, que se balança por alguns
segundos e é solto pelo instrutor para simular uma aterragem. O aluno pode
descer da rampa tanto de frente, como lateral à esquerda ou à direita.
“Bandoleira”: Suporte de lona reforçada, ou matérias sintéticas, que
fica preso no fuzil e que dá maior portabilidade ao militar para conduzir seu
armamento.
“Banda de Música da Brigada”: Criada em 1959. Antes, as solenidades
das Unidades Aeroterrestres eram acompanhadas pela Banda do 2° RI ou pela Banda
da FAB do Campo Afonsos. Vide filme “Sai debaixo”.
“Bandeira”: Acidente com paraquedas que se assemelha ao charuto, com
pequena parte do velame inflado. Exige procedimento igual: abertura imediata do
reserva.
“Basic Airborne Curse”: Curso Básico Paraquedistas que os pioneiros
fizeram nos EUA
“Batalha”: Pequeno conflito bélico dentro uma guerra. Quem vencer
mais batalhas, provavelmente vencerá a guerra.
“Batalhão”: Unidade tática de Infantaria ou Cavalaria, que faz parte
de um Regimento e se subdivide em Companhias.
“Bazuca”: Arma
bélica, de Infantaria, para lançamento de projéteis visando carros de combate,
blindados em geral ou alvos rígidos.
“Beretta (Metralhadora)”: Submetralhadora de calibre 9mm, de origem
italiana, com boa empunhadura e portabilidade, que substituiu a metralhadora
nacional INA e a Thompson 45.
“
Beretta (Pistola)”:
Pistola semi-automática de calibre 9mm, de origem italiana, hoje no arsenal do
Exército Brasileiro em substituição as Imbel 9mm e a famosa Colt 45.
“Bernardo Corneteiro”: Antônio José Bernardo, Pqdt 269, do Turno
1950/5, um doa primeiros e mais capacitados corneteiros da História da Brigada,
com presença indispensável e constante nas formaturas e solenidades nas décadas
de 50/60.
“Bianca”:
Primeira cadela (fêmea) a saltar de paraquedas. Foi brevetada em 1957.
“Bibico”: Em todo o Exército era usado, pois tinha dois bicos: um na
frente e outro atrás. Foi substituído pela boina. Bibico, embora tivessem esta
designação, na realidade só tinha um bico. Bibicos eram dos americanos ou da
FAB, que até hoje são mantidos. No Sul ele chamado de “casquete”.
“Bico-de-pato”: Gorro usado nas instruções diárias dos Pqdts, só
mudando a cor: verde para os soldados e instrutores comuns; amarela
para o pessoal do DOMPSA; vermelha para os precursores; preta
para os Forças Especiais e Comandos; azul para os instrutores da Área de
Estágios; laranja para o Destacamento de Saúde e verde-limão para
o pessoal de salto livre.
“B.I.”: Boletim Interno, documento que o comandante da unidade
publica todas as suas ordens e os fatos que devem ser do conhecimento de toda a
unidade; e é dividido em quatro partes distintas: 1ª Parte: Serviço Diário; 2ª
Parte: Instrução; 3ª Parte: Assuntos Gerais; 4ª Parte: Justiça e Disciplina.
“Biografia do Gen Pqdt Roberto de Pessôa”: A vida narrada do primeiro paraquedistas do Exército Brasileiro, autoria do Cel Antônio Carlos Lobo Loureiro, Pqdt 35817 do Turno 1981/1, MS 2832, SL 584, MSSL 235 e CIGS 1285.
“Bisonho”: O
mesmo que mocorongo.
“Bisu”: Cão Paraquedista
brevetado em 1957.
“Bizu”: Dica. Ex:
Vou te dar um bizu, não vai por aí que tu vais cair dentro de um pântano!
“Bizurado”: Alguém provido ou imbuído de bizus e macetes, sujeito
prático e preparado para as diversas situações.
“Bizuário”: O
mesmo que apostila, manual de instrução.
“Bobina”: Soldado
enrolado.
“Boca de sola”: Conhecido nas bandas militares de música como
o músico muito ruim.
“Boia”: Comida de
milico.
“Boi ralado”:
Carne moída servida no rancho.
“Boina”: Espécie
de boné chato, sem costura e sem pala, comumente de lã.
“Boina Vermelha” (ou grená): Boina de cor representativa da maioria
das tropas paraquedistas no mundo todo. Foi aprovado o seu uso em nossa tropa
em 15 de setembro de 1964. Os paraquedistas do Núcleo da divisão Aeroterrestre foram os primeiros militares brasileiros a usar esse tipo de cobertura. Hoje, comum em todo o Exército e policias militares de todo o Brasil.
“Bolacha”:
Emblema usado no gorro (bibico) dos Pqdts antes da boina.
“Bombacha”: Elástico usado para prender a calça na altura da canela.
“Bomba de gasolina”: Ainda hoje está situada logo à entrada do
aquartelamento da Colina Longa, junto ao Museu Aeroterrestre. Ali eram
realizadas as reuniões para os saltos do dia e onde o pessoal, após checagem do
manifesto de voo, embarcava nas viaturas para o Afonsos.
“Bem-da-chepa”: Pqdt que ingressou na Brigada não por amor à pátria
ou ao paraquedismo, mas por "amor à chepa" (a bóia), a comida, o
rancho, a marmita. Veio ser PQD "por bem da chepa".
“Bonzo”: Lembram daqueles bifes de soja que andaram em moda? No
refeitório dos quartéis eram chamados de “Bonzo.” No almoço, ao pegar
o bife, sempre tinha um gaiato que dizia: “Bonzo” não é ração, é
refeição".
“Boot”: Corcoran boots (Botas do Corcoran) Marca das primeiras
botinas importadas usada pelos pqdts brasileiros. Esse termo é inglês e teve a
sua forma aportuguesa para bute.
“Bornal”: Saco de
pano para se guardar provisionamentos e demais utensílios militares.
“
Bosque dos Campeões”: Pequena área verde dentro do RSD, onde havia
um pórtico com esse nome. No meio do bosque, havia uma estátua de bronze com
uma águia e várias placas com os nomes dos paraquedistas mortos em saltos.
“Branquinha”: Para designar, nos anos de 1950, a cachaça tomada às
escondi das dentro dos quartéis.
“Brasão Pqdt”: Insígnia da Brigada de Infantaria Paraquedista criada
em 1947, com as cores vermelha na borda, azul de fundo, paraquedas branco e uma
águia em posição de ataque. Também é o distintivo do Centro de Instrução Paraquedista
Gen. Penha Brasil, mas com a diferença que ostenta uma estrela, para nomear
como uma escola.
“Brasil acima de tudo”: Grito de guerra que um pqdt grita para outro para se identificarem como paraquedistas. É gritado, também sempre no final de uma comemoração. A frase saiu do hino da Alemanha: Deutschland über alles (Alemanha
acima de tudo) é o primeiro verso da canção nacionalista Das Lied der Deutschen
(A canção dos alemães), composta em 1841 por August Heinrich Hoffmann.
“Brevê prateado”: Sua forma original foi desenhada pelos pioneiros
paraquedistas, e, imediatamente, aprovada pelo Cel Penha Brasil.
“Brevet”: É uma graduação honorária, patente. E a forma estrangeira
para designar o nosso brevê.
“Briefing”: É um conjunto de informações passadas em uma reunião
para o desenvolvimento de um salto ou uma manobra de paraquedistas.
“Brigada”:
Unidade militar composta de alguns Batalhões e Companhias.
“Broxante”:
Apelido pejorativo que se dá ao mate servido no rancho ou na Área de Estágios.
“Bucha de canhão”:
Similar a bode expiatório. Aquele leva culpa de alguma coisa errada.
“Buck”: Cão Pqdt
brevetado em 1958.
“Bute”: Do inglês boot coturno
marrom usado pelos paraquedistas brasileiros. É a forma aportuguesa e
gramaticalmente correta da palavra inglesa boot (bota), e deve sempre ser
grafada desta forma em documentos brasileiros.
“C-45 Beechcraft”: Aeronave de fabricação norte-americana foi utilizada
em poucos lançamentos na década de 50.
“C-46 Curtiss
Commando”: Aeronave de fabricação norte-americana foi utilizada em poucos
lançamentos na década de 50.
“C-47 Douglas Skytrain”: Aeronave de fabricação norte-americana foi
amplamente utilizada em toda a década de 50, e, aos poucos, foi sendo
substituída pelo C-82 e C-119.
“C-82 Flying Packet”: Aeronave norte americana destinada a operações
aeroterrestres, uma variante mais moderna da C-82 "Flyng Box Car", utilizada
até a chegada do C-115 Bufallo e C-130 Hércules.
“C-115 Bufallo”: Aeronave
muito versátil com ótima capacidade stoll (pouso e decolagem em pistas curtas).
Tinha capacidade para 32 paraquedistas, com saltos somente pela rampa. Foi retirada
de serviço em 2007, substituído pelo C-105 Amazonas.
“C-119”: Aeronave norte-americana destinada às operações
aeroterrestres. Foi uma variante mais moderna do C-82 "Flyng Packet",
utilizado até a chegada do C-115 Bufallo e C-130 Hércules.
“C-130 Hércules”: Aeronave norte-americana amplamente utilizada em
operações de transporte e lançamento de paraquedistas no mundo todo. Avião
quadrimotor, tanto lança tropa pela porta como pela sua ampla rampa, assim com
transporta viaturas leves e tem capacidade de aterrissagem e decolagem em
pistas não convencionais.
“C-105 Amazonas”: Nova aeronave da FAB, de fabricação espanhola,
substituiu o C-115 Bufallo nas operações aeroterrestres. Possui capacidade de
transporte para 43 paraquedistas e alcance e autonomia bem superior ao
antecessor, Bufallo.
“C-141 Starfifter”: Jato quadrirreator norte-americano foi utilizado
para testes em operações na FAB e operações aeroterrestres entre 1982 e 1986,
podia transportar e lançar até 154 paraquedistas.
“C-91 Avro”: Aeronave britânica que foi testada como vetor de
lançamento de paraquedistas, mas, após alguns saltos e lançamentos de cargas,
ficou constatado que a aeronave era inadequada para tais operações, culminando
com a morte de um sargento Pqdt que, após saltar, bateu com a cabeça do
profundor do avião, o que, definitivamente, selou o destino dessa aeronave para
esses fins.
“C-95 Bandeirantes”: Aeronave bimotor de médio porte que
transportava 11 paraquedistas. Era de fabricação nacional da Embraer.
“Cabeça-de-ponte”: Na área militar, quando é preciso conquistar um
território onde o inimigo está solidamente instalado, busca-se criar uma
cabeça-de-ponte para iniciar a invasão. Todo mundo se lembra do famoso “dia D”,
durante a segunda guerra mundial. Neste dia um enorme contingente de soldados
aliados começou a retomada da Europa através de uma cabeça-de-ponte na
Normandia (sul da França).
“
Caatinga”: Curso Especial para o combatente que atuará neste
ambiente inóspito da caatinga brasileira.
“Cabo”: O termo vem do Latim “caput” (cabeça),
usado com o significado genérico de “chefe”.
“Cabo serra-fila”:
Para definir o último da fila, é integrante de um pelotão de infantaria.
“Cachimbo”: Militar novo na graduação, quando não esta sendo chupado
está levando fumo.
“Cadarço Pqdt”: Não bastava usar um bute marrom bem engraxado, ele
tinha que possuir uma amarração com linhas de paraquedas e, quanto mais
entrelaçamento possuísse, mais beleza havia no bute.
“Cadência”: Ritmo a ser mantido em deslocamento da tropa a pé,
variável conforme a ordem de comando.
“Cadência de tiro”: Velocidade ou número de tiros disparados por uma
arma em determinado espaço de tempo.
“Cagalhão”: O
mesmo que bisonho ou medroso.
“Cagar mole”: Atitude do sujeito que tem de pagar uma missão e nem
está se importando para executá-la.
“
Cagar no pau”: Tratar com ignorância ou indiferença, deixar de se
importar com determinado acontecimento ou missão dada, usada mais corrente
como: “Ele está cagando pro serviço”.
Cagueta: Corruptela de alcaguete, mesmo que dedo-duro, militar que
entregava um colega de farda.
“Caixa de abertura”:
Sistema que encaixa os arnes do paraquedas no peito do paraquedista.
“Cajor”: Gíria pejorativa para designar o capitão que esta há muito
tempo sendo preterido para a promoção a major.
“Calar”: O mesmo que juntar, unir, agregar, também pode ser dado na ordem
“Calar Baioneta”, ou seja, colocar a baioneta no bocal do fuzil para o combate
corpo-a-corpo
“Calção preto”:
Militares com curso na Escola de Educação Física do Exército.
“Calistênica”: A Calistenia (Calisthenics) nada mais é que a
prática de exercícios físicos utilizando apenas o peso do próprio corpo para
testar a sua resistência e adquirir músculos. Não pense que essa pode ser uma
tarefa fácil, ou que você está livre daqueles pesinhos. Essa metodologia era
utilizada com soldados que estavam em guerra e precisavam de alternativas para
manter o corpo condicionado para as possíveis adversidades. O objetivo da
Calistenia (Calisthenics) é preparar você para se tornar apto a fazer
levantamento de peso a partir de seu próprio corpo.
“Campo dos Afonsos”: Aeroporto, Base Aérea Militar e ZL de paraquedistas.
“Camuflar”: Disfarçar-se de modo a confundir-se com o ambiente.
“
Camuflado(a)”: Roupa, farda ou dispositivo que, geralmente, tem as
tonalidades em verde e marrom: claro e escura para atrapalhar a visão do
inimigo.
“Canção dos Veteranos do Grafonsos”: Patrono: Pqdt 11372, Major Paulo
Cezar Fagundes; Letra: Pqdt 108, Capitão José Álvaro Diniz Nogueira; Música: Pqdt 8279, Tenente Nadir Ferreira Soares.
“Canguru”: Exercício e castigo comum aos Pqdts para fortalecimento
das pernas, mas, a longo prazo, prejudicial aos joelhos...
“Canga”: Forma abreviada de canguru.
“Canhão sem recuo”: Peça de Artilharia, raiado de 105 mm, montada em uma
viatura leve, como um lança rojão (bazuca), mas de calibre e alcance maior.
“Cantil”: Utensílio próprio para acondicionamento de água para uso pessoal,
antigamente era de alumínio e agora é de plástico.
“Cantor do lotação”: Era o motorista que levava os Pqdts do RSD à
Estação de Deodoro e vice-versa, dependendo do horário. O seu nome: Manuel
Maurílio do Sacramento. Atualmente, defronte ao antigo corpo da guarda do RSD,
há uma placa que o homenageia: “Largo do Cantor”. faleceu com mais de 90 anos.
“Capa Preta”:
Designação dada ao Juiz da Justiça Militar.
“Capacete”: Proteção para a cabeça, metálica ou fibra sintética
usado na cabeça para proteção contra estilhaços de artilharia.
“Capelão”: Padre, com patente de capitão, incumbido de rezar missa
em capela, ou que dá assistência espiritual a regimentos militares.
“Capixama”: Manta
utilizada para o militar se deitar quando realiza exercício de tiro de fuzil.
“Carcaça”: Termo
da tropa para designar o corpo do militar morto.
“Cardeal”: Como é conhecido o pessoal do Destacamento Precursor,
pelo gorro vermelho.
“Cartear”: O mesmo que falar algo sobre o que não se tem certeza
absoluta, o popular “Chute”. Aplica-se ao militar que não tem convicção no que
está relatando “Tá carteando, Militar, não enrola...”.
“CAS”: Curso de
Aperfeiçoamento de Sargentos.
“Casca-grossa”:
Militar graduado mal-educado, pretensioso e vaidoso.
“Caserna”:
Ambiente de trabalho do militar.
“Casemiro Scepaniuk”: Paraquedista número 44, formado em 1948, nos Estados Unidos, Pioneiro, criador do pino de segurança “chipanique“, corruptela do seu sobrenome Scepaniuk
“Casquete”: O mesmo que boné. Expressão muito usado para o bibico no Sul do País.
“Cassino”: Local de descanso onde, normalmente, existe televisão,
rádio, mesas para jogos de sargentos e oficiais.
“Castigo”: Exercícios realizados pelo militar dentro da Área de
Estágios, ou dentro de sua OM quando fazia alguma coisa errada, geralmente eram
cangurus, pulos-de-galo e muitas flexões.
“Castrense”:
Adjetivo dado a palavreado, leis e normas e termos da Justiça Militar.
“Casus belli”: Na terminologia bélica é uma expressão latina para designar um
fato considerado suficientemente grave pelo Estado
ofendido, para declarar guerra ao Estado supostamente ofensor. São, tradicionalmente,
considerados casus belli o ataque predatório ao território de um Estado,
efetuado por outro Estado, a agressão armada contra navios ou aeronaves.
“Catanho”: Ração fria. É
um tipo de refeição ligeira, utilizada por militares
do Exército Brasileiro em viagens curtas ou
missões rápidas, em que o militar não consegue ser alimentado por sua unidade.
Consiste, basicamente, de um sanduíche,
algumas frutas,
chocolate,
sucos
ou refrigerantes. Todavia, o catanho, em sua forma
mais comum e rústica, consiste de uma mistura de farinha
de mandioca
torrada com óleo
de soja,
pedaços de carne,
sal,
pedaços de goiabada acondicionada em sacos plásticos dispensando o uso de
talheres, e deve ser consumida juntamente com a água do cantil
para aumentar a sensação de saciedade. Enfim, é o lanche preparado por
cada militar de uma tropa em alguma missão especial.
“Caxias”: Militar disciplinado, cumpridor das normas rígidas da caserna.
“CELOTEX”: Sigla para “Centro de Localização de Tarefas Expedidas”,
quadro mural no qual se fixam avisos e comunicações.
“Celso Nathan Guaraná de Barros”: Pqdt número 11 (Pioneiro) e
Precursor número 1. Falecido e novembro de 2008.
“Central”: Estação Ferroviária da Central do Brasil localizada no
centro da cidade do Rio de Janeiro, ao lado do então Ministério da Guerra, onde
desembarcam todos os militares que moram no subúrbio.
“Centro de Instrução Pqdt”: Escola de Instrução e aperfeiçoamento de
paraquedistas, que hoje é denominado Centro de Instrução Paraquedista General
Penha Brasil.
“Cerrar”:
Deslocar, encaminhar: exemplo “Cerra junto comigo, Militar.”
“CFC”: Curso de Formação de Cabos.
“CFS”: Curso de Formação de Sargentos.
“CH33 Puma”: Helicóptero francês constando nas unidades da FAB na
década de 80, mas amplamente utilizado em operações aeroterrestres.
“CH34 Superpuma”: Helicóptero francês que hoje é parte integrante
das unidades de Aviação do Exército, a partir da década de 90, e amplamente
utilizado em operações aeroterrestres.
“Ch EM”: Chefe do
Estado Maior.
“Cha cha cha”: Outra famosa cadela vira-lata que saltava dentro de
um saco especialmente feito para que ela se acomodasse ao saltar juntamente com
um pqdt, na segunda metade dos anos 60.
“Chá de mate”: Única bebida servida aos candidatos a Pqdts na Área
de Estágios. O aluno tinha bebê-la sempre em movimento, não se parava nunca.
“Chafurdar”:
Fracassar, falhar no cumprimento da missão.
“Chafurdio”:
Situação de fracasso ou não cumprimento da missão dada.
Charles Astor”: Entusiasta do paraquedismo, muito amigo e ligado
aos primórdios do Nuc Div Aet, o francês Achile Garcia Charles Astor talvez
tenha sido o mais conhecido representante dos pilotos estrangeiros que
realizavam shows aéreos pelo interior do Brasil, promovendo a aviação.
Apelidado “O Diabo do Ar”, esse ex-soldado da Legião Estrangeira, também era
acrobata e trapezista de circo, boxeador e atleta de cama elástica. Dedicou-se
a promover a aviação no Brasil, que tornou sua segunda pátria. Apresentava-se,
com freqüência, em cima da asa de um avião evoluindo sobre os espectadores e de
lá mesmo saltava, usando um paraquedas de sua própria confecção. Após o
americano Spencer Stanley, que saltou de paraquedas sobre São Paulo. Em 1890, o
salto de Charles Astor, em 1931, deu início a uma grande divulgação desse esporte
no Brasil. Charles Astor foi instrutor de ginástica acrobática e paraquedismo
para os cadetes da antiga Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, RJ. O primeiro
salto coletivo da América do Sul foi realizado em outubro de 1941, no Campo dos
Afonsos, com a participação de 12 alunos de Charles Astor.
“Charuto”: Acidente em que o paraquedas não abre, ficando com o
formato de um charuto enrolado, obrigado o Pqdt acionar imediatamente o reserva.
“Chave de galão”: Era a enérgica repreensão dada por um oficial a
qualquer praça graduada ou não. Alguns gaiatos ainda complementavam dizendo: “Galão
é posto e posto não se dá a cabra safado”. "Chave de Galão" é igual a
"chave de divisa" dependendo de quem usa semelhante recurso. Por
exemplo: Normalmente, Rec Fitas era atribuição de Sgt. Normalmente, o Nu Div
AéT, nos fins-de-ano, promoviam "saltos de demonstração" em cidades
do interior do Brasil, visando o recrutamento de voluntários através do PR/20.
Normalmente, os paraquedistas escalados, eram os oriundos daquelas regiões
brasileiras. Quando o avião estava completo com os referidos militares, eis que
acontecia a "chave de galão" quando o Rec Fitas da missão ostentava
estrelas nos ombros. Era uma participação plenamente legal, haja vista que
todos os mestres-de-salto estavam aptos a exercerem a função de Rec Fitas.
“Cheirar o vento”: Expressão usada pelos precursores quando estão
com a cabeça para fora do avião para verificar se ele está na rota, comunicando
ao piloto.
“Chiclete de vaca”: Fio de telefone de campanha que é lançado no
campo, algumas vacas gostam de mastigá-los.
“Chipanique”: Corruptela de “Scepaniuk”, criador do invento. Pino de
arame ou metal usado no gancho de ancoragem para evitar a sua abertura
acidental. Casemiro Scepaniuk, pioneiro 44.
“Chivunk”: O cérebro humano bloqueia parte
da nossa capacidade pra evitar o desgaste do corpo. Então, quando você está no
seu limite, na verdade você está usando cerca de 70% do seu potencial apenas. É
por isso que, em situações de extremo perigo, as pessoas conseguem fazer feitos
surpreendentes que elas não conseguiriam fazer em condições normais, como
correr muito mais rápido e por muito mais tempo, pois nessas situações o
cérebro “desliga” esse bloqueio temporariamente pra tentar escapar do risco iminente.
Chivunk é o nome que os militares dão a esses 30% de capacidade a mais. É uma
palavra que eles usam como lema pra tentar ultrapassar esses limites e
conseguir dar tudo de si através da força de vontade.
Na
língua Tupi Guarani quer dizer o gás
final, ou seja, quando seu corpo fica degradado e sua força acaba , ainda
existe 40% da energia do seu corpo que você pode usar, esse é o Chivunk. (Fonte
Dicionário Tupi Guarani)
“Chumbreca”: O
mesmo que repreensão, esporro.
“Ciesp Aet”: Centro
de Instrução Especial Aeroterrestre.
“CIGS”: Centro de Instrução de Guerra na Selva, considerado como um
dos melhores e mais difíceis no mundo todo, prepara o militar para combate na
selva, e, além do militar brasileiro, instrui oficiais e sargentos
estrangeiros.
“Cinto VO”: Cinturão de instrução de campanha, de origem
norte-americana, de cor verde-oliva.
“CIOEsp”: Centro de Instrução de Operações Especiais, situada no Rio
de Janeiro, na estrada do Camboatá, ministra um dos cursos de Operações
Especiais mais bem conceituados da América Latina. Depois de formados, os
oficiais e sargentos são enviados para servirem na Brigada de Operações
Especiais, em Goiânia.
As Forças Especiais foram criadas dentro da Brigada Paraquedista,
tendo como Pioneiro o Cel. Gilberto Antonio Azevedo e Silva, pai do hoje
(2007/2008) Gen. Fernando Azevedo, Comandante da Bda Inf Pqdt.
“Cocô de Avião”:
O Soldado Pqdt referido, invejosamente, pelo pé-preto.
“Coisas do Arco do Velho”: de João Carlos Moraes Aranha, Pqdt 155, do Turno 1949/7 - contendo várias pequenas histórias da sua vida, entre elas o tempo que passou na Escola de Formação Paraquedista.
“Colado”: Militar
desprovido de presteza ou prontidão em certa tarefa.
“Colar as placas”: O mesmo que ficar envergonhado, intimidar-se em
frente dos outros, exemplo: “Fulano colou em forma diante da tropa...”
“Colega de bivaque”: No meu tempo, as tendas de campanha individuais
(cabiam dois militares), cada um levava um pedaço da lona e estacas para armar
as mesmas. (Veja “De rancho”)
“Colina Longa”: Unidade paraquedista onde estão os destacamentos
mais treinados e especializados da Brigada: Destacamento Precursor,
Destacamento dos Forças Especiais e Comandos, Destacamento dos Instrutores da
Área de Estágios e o Museu Aeroterrestre. Fica defronte a Área de Estágios.
“Comandos”: Os Comandos são especialmente organizados, adestrados e
equipados para o planejamento, a condução e execução de ações de comandos. Operações
especiais que exploram a surpresa, a rapidez a audácia e a coragem,
desenvolvidas com ênfase na execução descentralizada de seus Destacamentos de
Ações de Comandos (DAC), no acendrado espírito descentralizado de seus
Destacamentos de Ações de corpo de seus integrantes, numa ação de grande
intensidade.
“Confusão na zona”:
Ensopado servido no rancho.
“Comanf”: Comandos Anfíbios - a Forças Especiais do Grupamento de
Fuzileiros Navais que fazem o curso de paraquedista militar e de salto livre no
C Inst Pqdt GPB.
“Companhia”: É uma unidade militar tradicionalmente comandada por um
Capitão. Dependendo da missão, país de origem e composição, e baixas durante a
ação, uma Companhia tem entre 62
a 200 militares divididos em pelotões. Várias
companhias vão compor um Batalhão.
“
Conscrito”: Como se chamava o candidato à recruta que ainda não
havia incorporado. Civil que se alista e vai prestar exames para o Serviço
Militar Obrigatório. Somente depois de incorporar numa OM, ele será recruta.
“Continência”: é a saudação
militar e uma das maneiras de manifestar respeito e apreço aos seus superiores,
pares, subordinados e símbolos, como a bandeira nacional, por exemplo. Ela deve
ser feita em pé, com a movimentação da mão direita até a cabeça, com a palma da
mão para baixo, e pode ser individual ou da tropa.
“Conto do canhão”: Falso bilhete da rifa de um canhão que alguns
soldados engajados tentavam aplicar nos novos recrutas paraquedistas.
“COP”: Clube dos Oficiais Paraquedistas.
“Copiado”: Entendido.
“Copiou?”: Termo militar utilizado em Comunicação para perguntar ao
interlocutor se ele entendeu a mensagem.
“Coquetel”; Série completa de castigos imposta aos recrutas pelos instrutores.
“Cordinha de General”: O imediato do genebra, o assessor que fica
sempre andando atrás dele, onde o homem for, ele segue seus passos como se
tivesse sendo puxado. (Veja “Alamares”).
“Corpo da Guarda”:
Tropa que fica de prontidão no portão principal da unidade.
“Corneta”:
Instrumento de sopro com bocal usado pelo corneteiro
“
Corneteiro”: Militar especialista em tocar o Clarim, tem QM
exclusiva e é muito conceituado dentro do meio militar, tendo até QM amparada,
ou seja, com estabilidade.
“Corte Príncipe Danilo”: Era um tipo de corte de cabelo usado nos
anos 50 e 60. Era nada menos do que o estilo de cabelo do grande centromédio
Danilo Alvim (1920-1996), o Príncipe. Clássico, elegante, de passes medidos. Nos
anos 1950, muitos jovens usavam o corte de cabelo a la “príncipe Danilo”: bem
curto, penteado pra trás, com o contorno na nuca disfarçado. Serviu de modelo para
o corte de cabelos dos oficiais
“Cota”: O mesmo
que morro ou elevação topográfica.
“Coturno”: Bota
militar de cor preta, usado por todos os demais militares não paraquedistas.
“COTER”: Comando de Operações Terrestres do Exército Brasileiro à qual
a Brigada de Infantaria Paraquedista está diretamente subordinada.
“CPP2”: Cachorra vira-lata que saltava dentro de uma bolsa de
transporte de paraquedas. Saltou umas vinte vezes acompanhando sempre a tropa,
entre 1966 a
1968.
“C Prec”: Companhia de Precursores.
“Cri-cri”: Ganchinho de metal utilizado pelo recruta para tirar as
ervas daninhas no meio dos paralelepípedos nas unidades militares, um castigo
ou tarefa nada agradável.
“Cristalizar na porta”:
Aluno, instruendo, ou pé preto que pára de medo na porta ou na rampa.
“Cumpre Expediente”:
Estar de plantão em determinado posto.
“Curso Básico ou Curso Básico Pqdt”: Curso para oficiais e sargentos
para a formação paraquedista. Anteriormente, todos os militares, oficiais, sargentos,
cabos e soldados faziam o mesmo curso, hoje, não.
“Cut Away”: Modalidade de salto livre realizado na Brigada
Paraquedista, cujo idealizador foi o Pqdt 2088, Caribê Lemos Monte Santo.
“De cabo de esquadra”: Quando alguém nos apresenta um argumento
estúpido, ilógico, inadequado. Afigura-se óbvio que a origem da expressão está
no "cabo de esquadra". Quem são ou quem foram os "cabos de esquadra"?
Em tempos não muito remotos, em Portugal, o graduado inferior de uma esquadra
de polícia era conhecido como "cabo de esquadra". Nesses tempos, mais
do que hoje, os agentes da Polícia provinham da população rural, com poucas
letras e tacanha civilidade. Entrados na tropa, após o fim do tempo de serviço
militar, muitos deles, por natural desejo de melhoria de vida, alistavam-se na
Polícia, na Guarda Republicana ou na Guarda Fiscal.
“Delta alta”: Posição que o saltador livre toma no ar para acelerar a
sua queda.
“Deodoro”: Estação Ferroviária no bairro carioca de Deodoro, onde
alguns paraquedistas desciam ou embarcavam para suas casas, e onde, também,
algumas patrulhas de policiamento de pqdts faziam suas rondas.
“De rancho”: Usa-se esse termo para designar o colega que
acampa contigo. Quando acampamos, cada Pqdt leva, em seu equipamento individual,
duas estacas e meia lona de barraca, que junto a outro com que tenhas alguma
afinidade, arma-se uma barraca para os dois. Ele será o seu “de
rancho”.
“Desembocar”: Levar adiante alguma tarefa de modo aproveitável, o
mesmo que pagar missão, cumprir com facilidade algo difícil.
“Destravar”: Ato
de desbloquear a trava da arma.
“Deu luz verde”: Para um MS significa que a aeronave já está na ZL;
para um Paraquedista significa que a mina
deu bola.
“
Divisão”: Grande
Unidade composta de cinco a seis Brigadas.
“Djalma Dias Ribeiro”: O primeiro general a ser brevetado na antiga
Escola de Formação Paraquedista, em 1955, recebendo o número 2245 − Turno
1955/1 Especial.
“Do céu vem a proteção – Brasil Acima de Tudo”: Lema do Destacamento
de Saúde Paraquedistas
“Do cavalo ao avião, para cumprir qualquer missão.”: Lema do
Esquadrão de Cavalaria Paraquedista.
“Dobrado”: Música
instrumental executada por uma banda militar.
“Dolfh”: Cão
pastor alemão Pqdt que, por falha de abertura do paraquedas, morreu em
fevereiro de 1965.
“Dom Alberto Trevisan”: 22 de junho de 1916 a 18 de março de 1998.
Pqdt 64, do Turno 1949/2, ele foi o primeiro capelão e bispo paraquedista brasileiro.
“Domingos Ferreira Gonçalves”: Autor do livro “Memórias da Brigada
de Infantaria Paraquedista”, livro que resgata acontecimentos históricos,
pesquisas apuradas e depoimentos de vários paraquedistas das mais variadas
gerações e graduações.
“DoMPSA”: Designação do Curso ou do Militar especializado em Dobragem, Manutenção de Paraquedas
e Suprimento pelo Ar.
“Dragões”: Como eram denominados nos anos 60 os pqdts que tinham
mais saltos no Núcleo da Divisão Aeroterrestre.
“Duplo L”: Tipo
de paraquedas de salto livre em forma redonda.
“Duplo T”: Tipo de paraquedas de salto livre em forma retangular.
“ECEME”: Escola
de Comando e Estado Maior do Exército.
“EDL”: Sigla para
Exercício de Demonstração de Liderança.
“ELD”: Sigla para
Exercício de Longa Duração.
“Ele está embromando, Sargento/Tenente!” Era quando os
veteranos pqdts ficavam entregando quem não estava fazendo a ginástica direito.
“Elemento”: Termo para designar individualmente um militar ou uma
pessoa estranha ao quartel.
“Embromador”: Enrolador,
fazedor de corpo mole.
“Embusteiro”: Aquele que conta vantagem; inventa façanha, papo furado.
“Embusteiro”: Pqdt que mostrava uma porrada de fotos de saltos a
parentes, namorada, amigos e 99% não eram dele. Principalmente recruta que
chegam em casa com fotos do pessoal de salto livre e diz na maior cara de pau
para o pessoal: “Olha aqui eu saltando...” Ou, ainda, fotos de ações
das Forças Especiais e o sacana mente mais ainda para a família e amigos: “Viu só eu ralando mais que o Rambo...”
“Em direção ao infinito, ordinário, marche!”: Frase muito usada
quando um subordinado está enchendo a paciência de um superior sem motivo
aparente.
“Empurrar o mundo”:
O mesmo que fazer exercício de flexão com os braços.
“Empurrar o solo
pátrio”: Também significa fazer flexões de braço.
“Enganchado”: Saltar enganchado é o salto mais comum e freqüente de
todos os Pqdts. Significa colocar o gancho no cabo de ancoragem de uma aeronave
para saltar.
“Engesa”: Cia. brasileira fabricante de viaturas militares, no caso
da Brigada Paraquedista, utiliza-se os caminhões 2,5 Ton e 1,5 Ton, além de um
jipe armado com metralhadora Mag 7,62mm.
“Enquadrado”: Militar que segue rigorosamente as normas e os
regulamentos militares.
“Entrelaçamento”: Um paraquedista passa por dentro das linhas do
paraquedas de um companheiro, não podendo separa-se. Devem aterrar juntos, um
segurando o outro. Acontece quando dois Pqdts saem do avião, por portas
diferentes, ao mesmo tempo.
“Entrosobado”:
Termo aplicado a algum militar que esta em alguma irregularidade.
“Equipe de Terra e Salvamento”: Equipe formada por militares paraquedistas
postos de prontidão para resgatar Pqdts que, no salto, caíssem no canal de
Gramacho.
“ESA”: Escola de
Sargentos das Armas.
“Escamar”:
Acochambrar, fugir das tarefas.
“Escamoso”:
militar que foge sempre das tarefas.
“Escamotear”: O
mesmo que se omitir.
“Escranzinar”:
Pagar geral, dar esporro.
“EsAO”: Escola de
Aperfeiçoamento de Oficias.
“ESG”: Escola
Superior de Guerra.
“Esse saltou até do 14 Bis”: Maneira de referir a um PQD muito antigo.
“Espirro de pica”: Forma preconceituosa de como alguns sargentos
chamavam os soldados magros e baixos no RSD.
“Esporro”:
Xingamento feito por um superior a um subordinado que cometeu um erro.
“Esquadrão”:
Seção de um regimento de cavalaria.
“Esquilo”: Helicóptero em ação nos Esq Aviação do Exército, de
fabricação brasileira pela Helibras, e amplamente usado em ações das tropas
aeroterrestres.
“Estágio Básico ou
Estágio Básico Pqdt”: Curso de formação básico paraquedistas para Cabos e
Soldados.
“ETA”: Estágio de Transporte Aéreo tem por finalidade habilitar
Oficias e Sargentos da Bda de Infantaria Paraquedista, bem como de todo o
Exército Brasileiro, a preparar, com correção, o material a ser transportado em
uma aeronave militar.
“Eterno Herói”: Canção Oficial da Brigada Paraquedista criada em
1947 pelo então Cap Newton Lisboa Lemos.
Exército: vem do latim Exercitus,
que por sua vez descende de exercere,
que quer dizer “adestrar”, “colocar para trabalhar, por em prática”.
“Exfiltração”: Ação após uma infiltração de sair rapidamente do
território inimigo, depois do cumprimento de uma missão.
“Extração”: Carga
ou viatura extraída de dentro de um C-130 a baixa altura.
“Faca de campanha”:
Faca de porte individual que serve para defesa e ataque.
“Faca na caveira”:
Termo utilizado para designar militares do Curso de Comandos e Forças Especiais.
“Faca Fregapani”: Faca idealizada, nos anos 60, pelo Cel. Gélio
Augusto Barbosa Fregapani, Pqdt 8253, que foi muito usada na Brigada de
Infantaria Paraquedista.
“FAL”: Fuzil Automático Leve, calibre 7,62mm de origem Belga, mas
hoje fabricado sob licença pela Imbel, com coronha rebatível para uso de paraquedistas
e operações especiais, selva e montanha.
“Fanfarrão”:
Brincalhão, militar que não levava o treinamento a sério. O que se acha o bom.
“FAP”: Fuzil Automático Pesado, um derivado do FAL, com calibre
7,62mm, mas com maior potência de fogo e com um tripé.
“Falsa Baiana”: Cabo de aço onde o militar, auxiliado por uma outra
corda de apoio, faz a transposição de cursos d´água ou terrenos acidentados.
“Falso Avião”: Avião da Área de Estágios onde se aprende a sair de
uma aeronave, caindo de uma altura baixa do chão para fazer os procedimentos de
uma aterragem.
“Farândula”:
Bagunça, zaralho , situação fora dos padrões normais.
“Fardo”: Recruta
nos primeiros saltos.
“Fast Rope”: Ação de forças especiais e paraquedistas que utiliza
uma corda presa a um helicóptero, onde o militar desce agarrado, rapidamente,
sem que a aeronave, de asa rotativa, precise pousar.
“FATD”: Sigla
para Ficha de Apuração de Transgressão Disciplinar.
“Fazer continência
com o chapéu do outro”: Militar tentando ser o que não é.
“FE”: Designação como são chamados os Pqdts que tem o curso de
Forças Especiais. As Forças Especiais teve sua origem dentro do Núcleo da Divisão
Aeroterrestre, e hoje tem uma Brigada própria na cidade de Goiânia. Constituem-se
numa organização militar especializada na condução da guerra irregular que,
pela versatilidade que lhe conferem a estrutura, o grau de instrução e o grande
número de especialistas orgânicos, pode ser empregada em grande variedade de
missões que contribuem para a consecução dos objetivos do Exército como um
todo. O 1° BFEsp é a unidade da Força Terrestre capacitada a planejar, conduzir
e executar operações de guerra irregular, fuga e evasão, inteligência de
combate, contraguerrilha, guerra de resistência, operações psicológicas,
reconhecimento estratégico, busca, localização e ataque a alvos estratégicos.
“Ferrado”: Quando um militar fazia uma coisa errada e sentia que
iria ser punido. “Estou ferrado!”
“FIT”: Sigla
usada na AMAN para a prova de instrução: Fibra, Iniciativa e Tenacidade.
“Fita”: Tirante reforçado (geralmente de cor amarela) que fica
estática no paraquedas do militar aeroterrestre, ligado a um gancho que é
colocado no cabo de aeronave, que, ao saltar, estica a fita fazendo a abertura
do paraquedas principal.
“F.O.”: Sigla para Fato Observado: se de cunho negativo, refere-se à
punição por escrito e publicado em boletim ao infrator, e deve ser aplicado em
tempo oportuno: se positivo, na mesma forma é publicado no boletim, e pode vir
a se converter em beneficio para a ficha de comportamento do militar.
“Força de Ação Rápida”: Unidade diretamente subordinadas ao COTER e
a Brig Inf Pqdt é uma deste organograma. Além dos Esq Av Ex, Brig Inf Leve,
Brig Forças Especiais e outras, a Força de Ação Rápida (FAR), dotada de elevada
mobilidade estratégica e com capacidade para ser empregada em qualquer parte do
território nacional.
“Força Tarefa Santos Dumont”: Grupamento de Ação Imediata, com base
no efetivo do 26° Bat Inf Pqdt, com o apoio de frações de unidades da Cav Pqdt,
Eng Pqdt, Artilharia Pqdt, Dompsa e Blog, de prontidão, para se lançar em
missão em qualquer local do país em menos de 24 horas.
“Fort Benning”: Local onde nossos Pioneiros fizeram os cursos de paraquedistas,
dompsa e precursor, chamado The Parachute School, fica na Geórgia, USA.
“Fração”: Pequena
unidade de tropa.
“Fuga e Evasão”: Exercício completo que adestra o paraquedista (que
já deu cinco saltos na semana anterior) e agora deverá passar pelo último
grande teste probatório realizado no TIBC, que consiste em exercícios de tiro
real, manobrabilidade, azimute, transposição de cursos d´agua, rapel, lançamento
de granadas, uso de gás lacrimogênio, sobrevivência na selva. Comendo desde
larvas, cobras, animais outros, frutos e, principalmente, restos de comida dos
instrutores. Esse exercício começa em um domingo à noite e gira 24 horas por
dia, sem que o militar possa dormir, com pouca comida e muita ralação. Seguindo
até sexta, onde o exercício de fuga e evasão é o ápice desta tortuosa semana,
que forjará o verdadeiro combatente aeroterrestre, onde o militar exaurido pela
fome, frio e sono é testado em sua capacidade máxima para superar as
adversidades desse exame eliminatório em Xerém, Madureira e Mendanha.
“Fumo”: Repreensão enérgica dada por um superior a um subordinado.
Usado no termo: “Militar, você fez merda, vais levar fumo!”.
“Furiosa”: Banda
militar simples, basicamente composta de instrumentos de percussão.
“Furriel”: Tem origem no francês “fourrier”, de forragem (fourrage).
Era o encarregado tradicionalmente do forrageamento dos equinos. Ela existiu
até há pouco tempo entre nós, sendo substituída pela de 3º sargento, passando a
graduação furriel a designar uma função militar ou cargo de quem é responsável
por “pagar/cobrar”, como se fosse um tesoureiro.
“Fuzil”: Arma de longo alcance. Termo militar para designar
carabina, no Brasil, o mais usado é o FAL e nas tropas Pqdt, o Para-Fal em
versão 7,62 e 5,56.
“Fuzil .308 AGLC”: Ele possui a sigla de seu
idealizador: o hoje Coronel R1 Athos Gabriel Lacerda de Carvalho,
Pqdt 27308, do Curso Básico de 1975/2.
“Gabarito”: O mesmo que padrão, alguma missão ou designação realizada
perfeitamente e serve de lição para os demais.
“Garbo”: Elegância, compostura e esmero em que o militar deve se
trajar, desfilar ou se apresentar.
“Gancho”: Peça essencial no lançamento do salto enganchado, que fica
instalado pelo militar em um cabo de ancoragem ligado por uma fita reforçada.
Ele abrirá o paraquedas principal.
“Gancho de Bronze, Prata e Ouro”: Prêmio dado aos militares paraquedistas
que completaram 100, 200 e 400 saltos. Eles são premiados com um replica de um
gancho.
“Gandola”: Roupa
militar de instrução diária, é uma camisa de textura mais grossa. Também pode ser o blusão que compõe
a parte superior do uniforme de instrução ou serviço.
“Gaspar”: Antigo fotógrafo que registrou as primeiras imagens de
pqdts brasileiros, no final dos anos 40 e anos 50, principalmente na Colina
Longa. Foi, também, muito atuante nas décadas de 60 e 70, tirando milhares de
fotos de nossos paraquedistas.
“GC”: Sigla para
designar um Grupo de Combate na Infantaria.
“Geladeira”: Castigo usado no TIBC, onde o instruendo, se cometer
alguma infração, é colocado dentro de riachos, cascatas com temperatura baixa,
podendo (como já aconteceu) causar danos fatais, como hipotermia ao aluno. Seve para acordar os bizonhos
.
“Genebra”: Forma como os soldados, nas internas, chamam, entre si,
um general.
“General de pijama”:
General da reserva.
“
General das praças”:
Subtenente.
“Geraldo Cavalcante da Cunha”: Pqdt 113, do Turno 1949/5, MS 88 e
Prec 7, autor do desenho da Tocha Alada dos precursores da Brigada de
Infantaria Paraquedista.
“Geremias”: Nome do boneco que dissimula um homem preso à aeronave
para exercícios de Mestre de Salto.
“Gericinó”: Antiga ZL e campo de treinamento militar. Hoje, é um Campo
de Instrução localizado na Avenida Brasil, onde várias unidades militares fazem
seus exercícios militares de deslocamento e tiros.
“Geronimoooooooo”: O que os Pqdts americanos, de Fort Benning,
gritavam, equivalendo a quatro segundos, para esperar a abertura do paraquedas.
Os pioneiros brasileiros faziam o mesmo quando saltaram lá.
“Guerreiro alado”:
Termo genérico para o militar paraquedista brasileiro
“Gilberto Antônio Azevedo e Silva”: Coronel de Infantaria R1, Pqdt
446, Precursor 09, Forças Especiais número 1. É pai do atual General de Brigada
Fernando Azevedo e Silva.
“Girante”: Morro atrás da Cia. de Engenharia, Esq Cav Pqdt e Baiúca,
utilizado em exercícios militares e alguns saltos na década de 50.
“Glider”: Termo usado para os militares que faziam no The Parachute
School, em Fort Benning,
USA, o curso de planador, entre eles, os nossos 47 pioneiros.
“GO”: (Gê Ó)
Grupo de Obuses como era conhecido o hoje 8° GAC Pqdt.
“
Gordo”: Apelido
da aeronave C-130 Hércules.
“Gorro amarelo”:
Representativo dos possuidores do Curso DoMPSA.
“Gorro azul”: Distingue os integrantes da Formação Básica,
instrutores e monitores do Centro de Instrução General Penha Brasil.
“Gorro preto”: Possuidores do Curso de Forças Especiais.
“Gorro vermelho”: Peça do uniforme que simboliza e distingue o
precursor brasileiro, teve seu uso autorizado conforme a publicação no Boletim
interno do dia 5 de agosto de 1958.
“Graduado”: Termo
utilizado para designar Sargentos e Suboficiais.
“Grafonsos”: Grupo
de Veteranos Pqdts com sede em Porto
Alegre. O nome vem Gra (Gravataí, o rio) e
fonsos (Afonsos, o arroio). Mas há, também, outra que diz que vem Gra (Gramacho, a primeira ZL paraquedista militar) e fonsos, o arroio.
“Grafonense”: Todo aquele que é membro do Grafonsos, tanto
participando do grupo em
Porto Alegre como em todo Brasil, ligados pela Internet.
“Gramacho”: Primeira ZL utilizada pelos paraquedistas, que deixou
muitas saudades em que lá aterrou (menos os que caíram no canal) e onde hoje se
localiza a REDUC. Funcionou de 20 de janeiro de 1949 até 20 de outubro de 1971.
“Granada”: Tanto pode ser o artefato militar explosivo, usado sendo
atirado contra as tropas inimigas, que pode ser defensivas ou ofensivas; como
pode ser o apelido da comida "almôndegas" servida nos ranchos paraquedistas.
“Granada de bocal”: Artefato bélico de pequeno porte que hoje é
lançado através do fuzil Fal/ParaFal, para dar suporte de fogo contra tropas e
viaturas.
“Granada
viva”. Na linguagem militar significa “granada ativada para a explosão”.
“GRUMEC”: Grupo de Megulhadores de Combate: Oficiais e Sargentos da Marinha do Brasil (não FN), que
são adestrados em táticas de ações especiais nos moldes dos SEALS norte-americanos,
e que são paraquedistas, todos brevetados no curso do Centro de Inst Pqdt GPB.
“GU”: (Gê U)
Grande Unidade, refere-se à OM em nível de Brigada, Divisão.
“Guarda-fecho”:
Bife a rolê.
“
GUD”:
Grupo de
Unidades
Divisionárias, embrião do hoje 20º Batalhão Logístico Pqdt. Ficava na
Colina Longa.
“Guerreiro alado”:
Forma poética para designar um paraquedista militar do Exército Brasileiro.
“Hércules”: Nome de batismo internacional do Lockeed, aeronave C-130
Hercules, principal vetor de lançamento e operações aeroterrestres no Brasil e
em vários locais no mundo.
“HM 1 Pantera”: Nome do Helicóptero Pantera da Escola de Aviação do
Exército usado em apoio às operações aeroterrestres.
“Hop!”: Termo
usado a partir dos anos 2000 na tropa, que é o mesmo que: “Pronto”, “Presente”.
“Hora do Pato”: Era quando o militar cometia alguma transgressão
disciplinar e era chamado ao gabinete do Comandante para se explicar. Daí, ele
ficava lá: “quá, quá, quá”, e, 98% das vezes, era punido e seu nome constado no
boletim: "4ª parte, Justiça e Disciplina". Por isso "hora do
pato", era quando o oficial matava, depenava e punia o milico.
“
Hora do pernoite”: Momento, geralmente por volta das 21h, onde a
tropa, que está aquartelada e mais a guarnição, entram em forma, e é feito chamada
e dada as instruções para o pernoite.
“Hospital Carlos Chagas”: Avenida Gen. Osvaldo Cordeiro de Farias,
466 − Marechal Hermes, Rio de Janeiro − RJ, 21610-480. Atendeu e atende a todos
os paraquedistas feridos e acidentados da Brigada de Infantaria Aeroterrestre.
“HK MP 5”: Submetralhadora de calibre 9mm, de origem alemã,
principalmente utilizada em operações especiais, tendo como acessórios,
amplamente usados: silenciador e mira telescópica.
“Hugo Romeu”: Pqdt 211, do 1950/2 e MS 286. Foi quem foi dublê do palhaço Carequinha, na cena do salto da torre. no filme "Sai de baixo!", de 1956. Gaúcho de Pelotas, RS, já falecido.
“Hurra”: Brado de
alegria, triunfo e orgulho de uma tropa.
“Imbuído”:
Qualidade militar do que é bom e dedicado.
“I.C.”: Sigla de
“Impedido na Companhia”, espécie de punição impedindo o militar punido a sair
do aquartelamento.
“Igual à Cavalaria”: Forma jocosa do pessoal da Infantaria se
referir a alguém faz algo “Rápido e mal-feito”.
“INA”: Submetralhadora de fabricação nacional de 45mm, depois teve
uma versão de 9mm, mas foi substituída na década de 70 pela M70 Beretta.
“Incidente de tiro”: Interrupção no funcionamento da arma, causada
por ação imperfeita da peça, falha de munição ou falta de perícia do atirador.
“Incorporado”:
Situação de um militar que é admitido no serviço militar, escola ou academia
militar.
“Índio Zulu”: Significa Indisponibilidade
Zero. É quando um comandante quer
que algo seja feito de qualquer maneira.
“Infiltração”: Tipo de ação militar na qual uma tropa especial
penetra em território inimigo para cumprir uma missão, é típico de unidades
Paraquedistas, Forças Especiais e Comandos, Grumec, Comanf e Unidades Especiais
da FAB, tendo como meios de locomoção, aeronaves com saltos de paraquedas,
submarinos, bote de assalto, ou outros meios furtivos.
“Inopinado”: Exercício de instrução militar sem aviso prévio, com
duração de um dia para o outro.
“Inversão”: A inversão dos tirantes do paraquedas limita os
movimentos da cabeça do paraquedista. É ocasionado quando o homem abandona a
aeronave de cabeça para baixo. Dispensa qualquer procedimento extra. É
responsável por grande perda de capacetes.
“Ivi Costa dos Santos”: 1° Tenente – Pqdt 71.715 – 2006/1 – Primeira mulher paraquedista
militar brasileira.
“I.P.C.”: Termo entre a tropa que significa algo prioritário que não
deve ser esquecido, ou “Importante Pra Caralho”.
“Já!”: Ordem dada pelo MS ao paraquedista na porta ou na rampa da
aeronave no momento do salto.
“Já estou na ZL”: Quando alguém (sempre um ex-Pqdt) diz por telefone
que já está próximo do local combinado para um encontro, quase sempre um almoço
com antigos companheiros.
“Jangal”: Salto realizado em momento que envolve muita tensão. É
superperigoso. (palavreado utilizado mais na década de 80 em diante).
“Jab”: Posição adotada pelo paraquedista já fora da aeronave, ao dar um de salto enganchado, onde o Pqdt “fecha-se” em torno do equipamento: queixo colado no peito, braços bem envoltos ao paraquedas reserva, pernas fechadas.
“Jeep Bag”: (ou P2-B) Pacote para ser colocada a metralhadora
Browning ponto 30. O pacote é conectado ao corpo do Pqdt e, numa altura próxima
da terra, o pacote é desprendido do Pqdt, que aterra logo depois do pacote
chegar ao chão.
“Jirau”: Palanque, plataforma construída com troncos de árvores no
meio da mata, para dormir ou para observação.
“José Álvaro Diniz Nogueira”: Pqdt 108, do 1949/8, MS 109 e Prec 15. Um dos melhores poetas da Brigada Infantaria Paraquedista.
“Jugular e Queixeira”:
Tiras do capacete que se firmam ao rosto do militar.
“Jump Master”:
Como é chamado, nos Estados Unidos, o militar que corresponde ao nosso MS.
“Juruna”: Temos
dois significados:
1) Significa uma alusão aos cabos
e sargentos promovidos sem possibilidade de alcançar nova graduação. Dizia-se, “O
Cabo ou Sargento João é Juruna.”
2) Cabo que é promovido por ter
muitos anos na graduação. Como recompensa, quando ele passa à reserva, é
promovido a sargento: "Sargento Juruna".
Justiça e Disciplina: No boletim diário a ser lido, que falava em:
Justiça e Disciplina, era hora de nomear os soldados enquadrados e punidos em
algum artigo disciplinar.
“Kaol”: Era o
café com leite que serviam pela manhã.
“KP-3”: Dispositivo
de abertura automática para cães paraquedistas.
“Lançamento pesado”: Lançamento de fardos, material, munição,
viaturas e blindados com paraquedas G11 e G12.
“Laranjeira”: Eram os cariocas que pousavam no quartel e iam embora
no final de semana...
“L.C.”: Sigla para “Licença Cassada”, militar punido sem direito a
sair de sua unidade.
“Letra”: O mesmo
que bizu, dica. Ex. “Vou te dar uma letra...”
“Ly
Adorno de Carvalho”:
Pqdt 503, MS, Precursor, Pioneiro Forças Especiais e Comandos, autor do primeiro e histórico
livro sobre a Brigada de Infantaria Paraquedista: “Ser Pára-quedista - 50 anos de Pára-quedismo Militar no Brasil”, de 1995.
Hoje esgotado e uma raridade. Ly Adorno deu, em 1961, o primeiro salto em
queda livre conduzindo além do seu equipamento de combate individual, um pacote
P-2B contendo material diverso, num total de 20 Kg. Sua coragem, determinação
e técnica serviram para confirmar a importância e a praticabilidade do salto em
queda livre com finalidade de combate. Um dos militares paraquedistas mais carismáticos da Brigada de Infantaria Paraquedista.
“
Lobo”: Cão Pqdt
brevetado em 1964.
“Luz verde”: Quando não há condições de visualização de “T”, em
terra, os lançamentos são realizados na Luz verde da aeronave.
“M 79 Lançador de
granada”: De fabricação norte-americana, lançador de um projétil 40mm, de
tiro único e portabilidade bem acessível e é transportado da mesma maneira de
um fuzil ou escopeta.
“Macete”: O mesmo
que dica, jeito de entender e executar uma ordem ou missão de forma menos
complicada.
“Macetado”: Um
militar que é expert em dar bizus ou macetes.
“Mae West”: Má abertura do velame do paraquedas durante o salto. Uma das linhas passa por cima do velame, que fica parecendo um imenso sutiã. Homenagem à veterana atriz de Hollywood.
“Maestro metrônomo”: Conhecido nas bandas militares de música como mestre
de banda inseguro, nervoso, preocupado e/ou sem expressão.
“MAG”: Metralhadora antipessoal de 7,62mm, ótima portabilidade em ações
ao apoio de pelotões, companhias e batalhões.
“Manda Brasa”: Bloco carnavalesco, tipo “Bloco de Sujos” de
paraquedistas e ex-paraquedistas que desfilava, nos anos 50 e 60 por Marechal
Hermes, no sábado de Carnaval. Cremos que hoje esteja extinto.
“Mangue”: Zona de baixo meretrício do Rio de Janeiro muito
frequentada por pqdts de outros estados brasileiros, principalmente gaúchos...
“Mais antigo”: Militar com mais tempo na graduação.
“Mais moderno”: Militar novo na graduação.
“Manu militari”: Ou mão militar é expressão latina utilizada para
designar aquele que impele o cumprimento de uma ordem ou obrigação com a ajuda
militar, com a força armada ou com o poder de polícia em seu auxílio. Com
rigor.
“Meio-esse”: Corruptela de Mae West. A forma do sutiã que fica o
paraquedas quando passa uma linha por cima do velame. O termo usado para o
defeito no paraquedas foi criado informalmente pelos americanos, primeiro, e
depois, muito justamente, copiado por nós. Mae West, atriz dos anos 30, também
ficou famosa pelos seios e pelas frases.
“
Manga lisa”:
Oficial superior sem ECEME; também pode ser sargento sem aperfeiçoamento.
“Manuel Maurílio do Sacramento”: O nome do “Cantor do Lotação”, de
notória ligação afetiva com os paraquedista nas décadas de 1950, 1960 e 1970.
“Mamãe Dolores”: O mesmo que acoxambrado; turno no final do ano para
brevetar alguns pqdts retardatários.
“Manicacas”: Distintivos de Cursos que todo pqdt gosta de usar,
quanto mais tem, melhor se sente.
“Manifesto de Voo”:
Lista dos escalados para os saltos. Uma via ia antes para a 5ª FATA, órgão da
FAB à qual o 1º GTT e o 2° GTT estão subordinados.
“Máquina zero”: Corte de cabelo dos recrutas e alunos. O corte à máquina zero, uns quatro dedos acima da cabeça,
aqueles cabelos rentes, que na vida normal era fácil de identificar quem estava
no Exército.
“Marechal Hermes”: É o bairro carioca onde nossos bravos militares
procuram fazer o hoje chamado "happy hour". É onde mais moram Pqdts
na cidade do Rio de Janeiro.
“Maria Batalhão”:
Mulher com fascínio por militares, principalmente Pqdt.
“Mariola”: Tablete de bananada que era o único lanche da Área de
Estágios.
“Material de sapa”: Talheres articulados para refeição, mas para o pessoal da Engenharia, é o material utilizado pelo Sapador, militar especializado em detecção e colocação de minas antipessoais e anticarro.
“Me dá a vinte!”: Pedido que um soldado fazia a um fumante, também soldado, quando este acendia um cigarro, esperando que ele desse o toco de cigarro, ainda aceso, para que o filante ainda conseguisse alguma poucas tragadas.
“Memória da Brigada de Infantaria Paraquedista”: Livro do Cap. Pqdt
Domingos Gonçalves é o segundo e importante livro sobre os Pqdts brasileiros.
Ele traz pesquisas, fatos, acontecimentos e personagens da mais variadas
graduações da Brigada de Infantaria Paraquedista.
“Mendanha”: Campo
de instrução já utilizado pela Brigada Paraquedista no TIBC.
“Mestre de Salto
Livre”: Militar especializado em comandar os saltos livres.
“Mestre de Salto”: Militar especializado em comandar, orientar e ser
responsável pelo embarque, voo, lançamento de militares e cargas, e retorno do
pessoal embarcado. É, sem dúvida, uma das funções mais importantes dentro da
nossa Brigada.
“Mijada”: Repreensão veemente e inflamada do superior a algum
subordinado que tenha feito algo muito errado.
“Milico”: Forma comum para denominar um militar.
“
Miliquês”: Maneira de falar dos militares.
“Militar Melancia”: (verde por
fora e vermelho por dentro) foi como eram chamados, dentro o Exército,
durante o Regime Militar (1964-1982), os militares de esquerda.
“Missão”: Nome comumente atribuído a qualquer tarefa recebida por um
militar.
“Mocorongo”:
Bisonho, molenga, mole, burrinho. (Pé-preto em potencial).
“Modernos”:
Militares mais novos numa Unidade.
“Modus operandi”: É uma expressão latina que significa "modo de
operação". É alguém ou algo que usa o mesmo jeito e aplicação em todas as
coisas que realiza, faz tudo do mesmo jeito de uma mesma forma, de maneira que se
identifique por quem foi feito aquele determinado trabalho.
“Montanha”: Seguindo as tradições do 11° Batalhão, que esteve na
FEB durante a Segunda Guerra, após seu retorno, o Brasil começou a perceber que
precisaria de uma unidade especializada em guerra nas montanhas, com a
experiência adquirida principalmente em Montese e Monte Castelo. Em 1977, o
Estado-Maior do Exército, empenhado em dotar a Força Terrestre com tropa apta a
operar em regiões montanhosas, baixou diretriz para que uma unidade da área do
atual Comando Militar do Leste iniciasse pesquisa e desenvolvimento de técnicas
e táticas inerentes a esse ambiente operacional. O então 11º BI foi designado
para essa atividade, tornando-se a única unidade do Exército Brasileiro apta ao
desenvolvimento e à aplicação de técnicas de montanhismo. Com isso, em 1º de
dezembro de 1992, o 11º BI transformou-se em 11º Batalhão de Infantaria de
Montanha.
“Monitor”: Oficial ou Sargento responsável em ministrar, administrar,
cobrar, avaliar e formar todo o paraquedista militar brasileiro.
“Morteiro”: Peça
de artilharia: canhão curto e de boca larga, com uma sapada de ferro para dar
suporte e é usado plenamente pelo pessoal de infantaria, pode ser de 60 ou 90 mm.
“Mosquetão”: Arma
longa, semelhante a um fuzil, mas com cano menor. Usado no antigo Regimento Santos Dumont, RSD, até o final dos anos de 1960. Jargão brasileiro para evitar
chamar de carabina armas como o fuzil Mauser 1922 e 1935 ou o Imbel 1954.
“Motorista-de-dia”:
Militar que está escalado para ser o motorista da viatura oficial da unidade.
“MS”: Forma comum como se chamam os Mestres de Salto. Pqdt graduado,
com curso específico, responsável pelo lançamento de uma equipe de paraquedistas.
“Mudinho”: Figura histórica dentro do Núcleo da Divisão Aeroterrestre.
Civil que fazia muitos serviços dentro dos quartéis paraquedistas, mas que de
tanto ser testemunha dos vários cursos na Área de Estágios, se especializou em
barra e flexões, acompanhando muitos militares nesses exercícios; e, diz a
lenda, saltava de torres, chegando, em certa ocasião, ser lançado de uma
aeronave.
“Musa Rediviva”: Livro de sonetos do Capitão e professor Edson Xavier de
Almeida, Pqdt 509 do Turno 1951/3, MS 311, que é um dos melhores sonetista brasileiros, pela métrica perfeita,
pelo rigor formal e pelo lirismo de seus poemas.
“Na rota”:
Expressão de alguém quando é perguntado. É o mesmo que: “Vamos embora!”.
“Na ponta do bute”: Expressão usada por alguns MS para determinar o ponto exato, na vertical do ponto, para lançamento de um Pqdt ou de uma equipe na ZL.
“Na rota da vertical do ponto”: Avião se dirigindo para a ZL.
“Negativo”: Forma
militar de se dizer não.
“Nem com a guarda em
forma!”: Intransigência: não vou fazer nem...
“Nestor Penha Brasil”: Primeiro comandante da Tropa Paraquedista
Brasileira: 26 de dezembro de
1945
a 11 de fevereiro de 1955. Faleceu em 1964.
“Neutralizar”: Expressão militar eufemística de “matar”.
“Nilo da Silva Moraes”: Pqdt 11779, do 1964/4 - um dos autores do Almanaque Grafonsos e Almanaque Paraquedista, obras editadas em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Professor de Português e Literaturas da Língua Portuguesa, já aposentado pelo Estado do Rio Grande do Sul e Prefeitura de Porto Alegre. Foi, também, professor do Colégio Marista Rosário e do Curso Preparatório Azambuja.
“Ninho das águias”(1): Denominação dos aquartelamentos de
paraquedistas militares brasileiros.
“Ninho das Águias”(2): Cadeia do antigo RSD. Ex. Tu estás pedindo pra cair no ninho das
águias, soldado!
“Ninho das Águias”: Nome do livro de histórias que a História não conta... só nós, paraquedistas, de Jorge Barcellos Pereira, Pqdt 12972, do Turno 1965/4 - MS 1556 - Dompsa 176 - SL 281 e MSSL 118.
“
Ninja”: Sujeito
que vive sumindo e se esquivando de qualquer tarefa.
“Niki”: Cão Pqdt
brevetado em 1965.
“Nome de guerra”: Nome pelo qual um militar escolhe para ser
chamado pelos seus companheiros de farda. A expressão que designa o nome pelo
qual alguém se torna conhecido surgiu em tempos de guerra na França, por volta
do século XVII. Primordialmente, o nome de guerra servia para ocultar a
identidade dos soldados que porventura fossem capturados por inimigos.
“Núcleo da Divisão Aeroterrestre”: Era a denominação geral das
unidades paraquedistas. Agora passou a chamar-se Brigada de Infantaria
Paraquedista.
“Objetivos Finais”: Áreas que, pela sua importância, motivam uma
força a se lançar sobre o adversário, avançando paulatinamente, a fim de
conquistá-las. A sua posse caracteriza o cumprimento da missão.
“Obuses”: O mesmo que canhões.
“Oficial Científico”: Jargão da época dos anos 50 aos oficiais
intelectuais, que não se dedicavam muito a esportes.
“Oficial-de-Brigada”: Oficial encarregado de fazer a ronda e
responsável pela prontidão das OM.
“Oficial-de-dia”: Oficial responsável pelas atividades inerentes ao
bom andamento das ações e atividades dentro do quartel.
“Oficial-de-ligação”: Oficial que, na Brigada Paraquedista, tinha
acesso aos assuntos entre nossa Unidade e a FAB.
“Oficina”; Área de instrução no mato.
“OM”: Organização
Militar.
“Operações aeroterrestres”: Ações cuja principal característica é a
participação de tropas que se deslocam até o local do combate por meios aéreos,
sendo lançadas de paraquedas, assim como seus armamentos pesados e suprimentos.
“Operações de junção”: É uma operação que envolve a ação de duas
forças terrestres amigas que buscam o contato físico; pode ser realizada entre
uma força em deslocamento e uma outra estacionária, ou entre duas forças em
movimentos convergentes. Tal encontro pode ocorrer em operações aeroterrestres
ou aeromóveis, na substituição de uma força isolada, num ataque para juntar-se
a força de infiltração, na ruptura do cerco a uma força, no auxílio a uma força
dividida, na convergência de forças independentes ou no encontro com forças de
guerrilhas amigas.
“Operações de transposição de cursos d´água”: Ações militares
realizadas através de rios de vulto, onde as forças oponentes aproveitam a
margem oposta para oferecer resistência e impedir a travessia.
“Operações ofensivas”: Compreendem todo tipo de movimento ou
investida realizados em direção a uma força adversária, com o propósito de
destruí-las e conquistar áreas importantes.
“Op Psc”: Curso ministrado pelo Centro de Instrução de Operação Especial,
que tem como objetivo formar militares que tem como finalidades: o curso de
oficiais que os habilita em planejamento e execução de Operações Psicológicas,
constando, no currículo, os assuntos: Propaganda e Contrapropaganda,
Negociação, Gerenciamento de Crises, Relações Internacionais, dentre outros. O
curso de subtenentes e sargentos forma o sargento-especialista em Op Psc, o capacitando em
Graficoweb ou Fotocine.
“Oração Paraquedista”: Oração encontrada no bolso de um militar
francês, e hoje adotada em algumas tropas paraquedistas.
“Ordenança”: Soldado às ordens de uma autoridade militar, quase
sempre de um general.
“Ordinário, marche”: Termo militar para que o comandante da tropa dê
inicio a uma marcha cadenciada.
“Os Cometas”: Equipe de Salto Livre da Brigada Pqdt, detentora de
vários prêmios nacionais e internacionais, a nata de militares saltadores
livres do Brasil.
“Oto Melara”:
Tipo de Canhão de 105mm de fabricação italiana que é hoje utilizado no 8° GAC
Pqdt.
“
O tiro saiu pela
culatra”: Quando se tenta fazer alguma coisa e acontece outra.
“PC”: Posto de Comando.
Geralmente se utiliza pra falar do escritório do comandante.
“Pacóvio”: Termo
pejorativo para estúpido, o mesmo que bisonho.
“Padioleiro”: Militar que, no campo de batalha, é encarregado,
muitas vezes sob o fogo inimigo, resgatar os militares feridos para serem
transportados em padiola, sendo evacuados para os postos médicos avançados.
“Padrão”: Muito
bom, gabarito.
“Pagar a comida”: Termo usado para que alguém, na verdade, servir a
comida. Quando o efetivo do rancho não tinha gente suficiente para atender
todos os soldados. Designava-se, aleatoriamente, alguém para "pagar a
comida".
“Paga dez cangas”: Quando um recruta fazia algo errado, o instrutor
mandava-o pagar dez (ou 20) cangurus. Veja o verbete “Canguru”.
“Pagar embuste”:
Contar vantagem, mentir sobre situação que enalteçam o locutor, mas que não são
verdades.
“Pagar a missão”:
Executar a missão, aceitar o desafio proposto.
“
Pagar uma completa”: Quando um recruta dava uma grande mancada, o
instrutor o mandava pagar uma completa de 10, 20, 30... (Cangurus, flexões e
pulos-de-galo), e outro instrutor pedia atrás: e mais 10, 20, 30... para mim
também!
“Paiol”: Em arquitetura militar, é o local de uma fortificação que se
destina ao armazenamento de explosivos e/ou munições,
de acordo com regulamentos pré-estabelecidos.
“Paisanagem”: Termo pejorativo para designar que determinada atitude
é mais típica de paisano, de civil do que do meio militar.
“Palito”: Grande tora de madeira usada para exercícios na Área de Estágios. Hoje, essas toras são de alumínio.
“Palitinho”: Como
os instrutores chamavam os toros da Área de Estágios.
“Papirar
ou papirando”: Militar que está estudando: “Estou papirando para
passar nas provas da AMAN.”, vem, é claro, da palavra papiro.
“Papo-amarelo”: Colete
salva-vidas de cortiça amarela utilizado, antigamente, em saltos sobre o mar.
“Para-Sar”: Paraquedistas de Grupo e Salvamento e Ações Táticas da
FAB, que fazem o curso de paraquedista militar e de salto livre no C Inst Pqdt GPB.
‘Parachute rigger”: Denominação americana do Curso de Dobragem,
Manutenção de Paraquedas e Suprimento pelo Ar.
“Parlapatão”: O
mesmo que sujeito embusteiro, contador de vantagens.
“Passeio do jacaré”: Exercício de corda da Área de Estágios onde o
recruta atravessa um tanque com água abaixo, agarrando-se numa corda que está no meio,
qualquer descuido, cai-se na água.
“Passeio do Tarzã”: Várias cordas penduradas uma na frente da outra,
e o recruta tinha que avançar pegando uma após outra até chegar ao final do
percurso.
“Pasta Kolynos”: Oficial superior com ECEME (na manga da túnica há
um emblema que parece com o símbolo da pasta Kolynos).
“Patrulha”: Tropa
de reconhecimento.
“Pau-de-fogo”: Fuzis antigos de madeira e ferrolho M1, já
desativados, mas que servem para que o aluno faça manobras no TIBC, sem atirar
com eles, obviamente. Nome também dado ao mosquetão.
“Paulo Cezar Fagundes”: Pqdt 11372 - 1964/2 - um dos autores do Almanaque Grafonsos e Almanaque Paraquedista.
“Pavão”: Pqdt todo bem vestidinho, boot hiperbrilhando, uniforme,
boina, barba impecável, etc... mas na hora do "pega pra capar", o
cara não era um Pqdt de fibra ou garra.
“Pavilhão”: A
Bandeira Nacional
“Pedir arrego”:
Pedir ajuda, o mesmo que desistir.
“Peixe”: Militar
que é protegido por outro militar mais antigo.
“Pejota”: Pensão Judicial (PJ), é uma facada mensal no contracheque
do militar, em favor da ex-esposa ou ex-companheira.
“Peixada”: Acochambrada,
ou militar apadrinhado de algum superior.
“Pé-de-banha”:
Rancheiro, aquele que trabalha no rancho.
“Pé-de-poeira”:
Militar de Infantaria, o mesmo que infante.
“Pé-de-pombo”:
Denominação dada a paraquedistas.
“Pela testa, começar”:
Termo de comando para se iniciar uma canção.
“Pelotão”: Cada uma das três partes em que se divide uma Companhia.
Quem o comanda é um tenente.
“Pé Pretal”: Um
montão de pés pretos juntos.
“Pé-preto”, “Pé-de-urubu”,
“Pé-de-cão”: Expressões para se
referir a militares que usam coturnos pretos, que não são paraquedistas.
“Pé-vermelho”:
Como os paraquedistas são denominados por usarem coturno vermelho.
“Pequedezada”: Grupo de paraquedistas.
“Percevejo”: Quem dorme e come constantemente no quartel. Geralmente
eram Pqdts de outros estados brasileiros, principalmente os gaúchos, que
praticamente moravam nos Batalhões.
“Perdeu a passagem”:
Alusão ao avião na ZL, esqueceu, fez confusão.
“Perdeu o azimute”:
Significa que está desorientado.
“
Periquito“: Paraquedas com as cores da bandeira do Brasil usada em
ocasião em que o Pqdt desse o salto de número oitenta (80).
“Periquitos“: Aves que existiam no viveiro que havia no antigo Regimento Santos Dumont, entre a Primeira Cia e a CPP-1, que foi, lamentavelmente, retirado do local, pois foi colocado na fundação do RSD e, por isso, por ser histórico, deveria ser mantido no local.
“Pernoite”:
Circunstância na qual o praça passa a noite dentro do quartel até o dia
seguinte.
“Perrengue”: Na linguagem dos pqdts cariocas, grande susto ou confusão que
ocorre dentro de uma aeronave. Leia, no Almanaque Paraquedista, “Um perrengue no salto”.
“Peruar”: Conseguir, obter, apanhar, oferecer-se para determinada
missão, geralmente saltar de uma aeronave.
“Peru-de-salto”: Pqdts (soldados, cabos, sargentos...) que viviam
pedindo para serem escalados para saltar só pelo prazer da aventura.
“Petardo”:
Artefato explosivo militar.
“Pica-Fumo”: Diz respeito, principalmente, a oficiais do QAO (Quadro
de Auxiliar de Oficial), ainda na Ativa ou até mesmo fora dela.
“Pijama de louco”: ceroula de inverno que os antigos pqdts recebiam
para se proteger do frio.
“Pioneiros”: Como são chamados os primeiros quarenta e sete paraquedista
brasileiros formados em
Fort Benning, USA.
“Piloto”: Foi o primeiro cão da raça pastor alemão a se tornar paraquedista
no Brasil, em 1951. Foi doado ao Núcleo da Divisão Aeroterrestre pela família
Mazza, de Pelotas, Rio Grande do Sul. Morreu de pneumonia em 1954, foi
empalhado e está no Museu Aeroterrestre, Colina Longa.
“Piloto”: Paraquedas pequeno utilizado principalmente em salto livre.
Ele extrai o velame do paraquedas principal para a sua abertura.
“Pino”: Utensílio especial, na nossa Brigada, criado pelo Pioneiro
Scepaniuk, que, inserido em um orifício no gancho da fita do paraquedas, impedia
do mesmo abrir e causar acidentes como antes já aconteceram.
“Pista de corda”: Conjunto e aparelhos suspensos para exercícios.
“Pista de corda com Sandra Bréa”: Macarrão com galinha. Esta é do tempo em que a artista ainda
estava viva e namorava todo mundo.
“Placa Base”:
Nome dado a bandeja a qual serve a comida as praças no rancho
“
Plaqueta de Pqdt”: Plaquetas muito usadas a partir da década de 70,
TAG DOG, que são plaquetas com correntes na qual constavam o nome, o número de
pqdt e o tipo sanguíneo do militar.
Plínio Bezerra: Convocado para servir na FEB, como cabo, na Segunda
Guerra Mundial, ao voltar para o Brasil, já com 3º Sargento, graduou-se paraquedista
nº 58 do Curso Básico 1949/1. Foi para reserva como major, a maior sequência de ascensão
hierárquica de um militar brasileiro (de cabo a major).
“Polichinelo”: Movimento muito difundido em todos os exercícios
físicos na Brigada Pqdt, que consiste em bater as mãos acima da cabeça, coordenando
com os pés em forma sincronizada de toda a tropa.
“Ponto 30”: Metralhadora média ou 30 polegadas,
carregadas com fita e é utilizada em frações de infantes paraquedistas, tanto a
pé como em viaturas.
“Ponto 50”: Metralhadora Pesada Browning de calibe12, 7 mm ou 50 polegadas,
carregadas com fita e é utilizada em frações de infantes paraquedistas, tanto a
pé como em viaturas.
“Porta”: Abertura
de saída lateral em uma aeronave para saltos de paraquedistas.
“Posições de retardamento”: Regiões ocupadas pelas tropas que
executam uma ação retardadora. Normalmente, constituem-se em morros, colinas ou
outras elevações, por oferecerem, a seus ocupantes, uma posição privilegiada em
relação ao adversário.
“Positivo”: Forma militar para se dizer sim.
“PQD”: (PEQUEDÊ) Sigla popular de paraquedista. Usada pelos soldados para designar os Pqdts.
“Pqdt” (ou Pqdts) sigla gramatical de paraquedista(s).
“Praça”: O mesmo que soldado, militar devidamente incorporado ao
meio militar, excluindo os oficiais.
“Praça mais distinta”: Distintivo honorífico conferido à praça que
mais se destaca em determinado ano de serviço
“Prec”: Abreviatura de Precursor. Maneira comum como eles são
chamados.
“Precursor”: Elemento que tem como missão preceder e guiar os
lançamentos de paraquedistas. São os primeiros a chegarem à Zona de Combate
onde estabelecem a ZL, coordenando, junto às aeronaves que farão os saltos,
todos os procedimentos para a missão. Podem se infiltrar de várias maneiras
para a missão, saltando em gancho, livre, mergulho subaquático, a pé ou
motorizado. São capazes de sobreviverem atrás das linhas inimigas e têm
característica em sua indumentária: o famoso gorro vermelho com a tocha alada.
“Pregar moral de cueca”:
Querendo moralizar estando no erro.
“Preguiça”:
Exercício da Área de Estágios onde o recruta caminha abaixo de uma corda com o
auxilia das pernas e das mãos.
“Preparar, levantar, enganchar, verificar equipamento, contar, à porta!
Já!”: Comandos obrigatórios ordenados pelo MS à equipe de paraquedistas que
estão na aeronave prestes a realizar o salto.
“Prestar continência”:
Gesto de saudar autoridades ou superiores.
“
Primeiro acidente com Pqdts”: No dia 10 de outubro de 1950, na ZL
de Gramacho, o paraquedas do Sgt João Alves Diniz, Pqdt 234, encharutou caindo
em cima do paraquedas (aberto) do Cabo Paulo Wilhelm Neto, Pqdt 302,
ocasionando a morte dos dois.
“Príncipe Danilo”: Corte de cabelo adotado, por imposição do Gen
Djalma Dias Ribeiro, Pqdt 2245,
a todos os oficiais da Antiga Escola de Formação Paraquedista.
Corte feita à maquina zero, cuja ordem motivou algumas resistências.
“Pronto”: Forma militar para se dizer presente, ou que se está, em
uma aeronave, devidamente checado para saltar.
“Pulo de Galo”:
Exercício e castigo comum aos pqdts. Servia, principalmente, para fortalecer os
tornozelos.
“Pular”: Pular
não! Quem pula é sapo, rã ou perereca; pqdt salta!
“Puta Francesa”: O soldado Pqdt visto, invejosamente, pelo pé-preto
enciumado com a elegância irresistível da sua boina.
“Puxar hora”: Cumprimento do período de duas horas de serviço no
qual o militar passa a guarda.
“QAO”: O Quadro Auxiliar de Oficiais (QAO) é formado por militares
que atingiram o oficialato após uma carreira como sargentos e subtenentes.
Ascendendo ao posto de 2º tenente por merecimento, poderão continuar até
capitão. Por seu valor e experiência na Força, desempenham funções de chefia,
de assessoramento e de confiança nas organizações militares.
“QAP”: Significa
a resposta: “Pronto e na Escuta”.
“QAP QRV”: O
mesmo que estar na escuta e à disposição.
“QCO”: O Quadro Complementar de Oficiais (QCO) é composto por
oficiais com curso superior, realizado em universidades civis, em diferentes
áreas do conhecimento e especializações técnicas necessárias ao Exército. Esses
oficiais são formados na Escola de Administração do Exército, que matricula
anualmente quase uma centena de alunos.
“
QEM”: O
Quadro de
Engenheiros
Militares (QEM) é formado pelos oficiais
que cursaram o Instituto Militar de Engenharia. Possui diversas especialidades
como: cartografia, computação, comunicações, eletricidade, eletrônica,
fortificação e construção, materiais, mecânica de automóvel, armamento e
química. O oficial do QEM realiza trabalhos técnicos, dentro de suas
especialidades, em diversos órgãos e instituições.
“Quepi”: Grafia correta quepe:
tipo de chapéu utilizado por militares graduados: sargentos e oficiais, até 15
de setembro de 1964. Após essa data e ano, todos os paraquedistas militares
brasileiros adotaram o uso da boina bordô.
“QM Amparada”:
Qualificação Militar (curso), Corneteiro, Taifeiro. QM: Qualificação Militar:
exemplos: 007 infante, 05024 Pontoneiro.
“QSL”: O mesmo
que “entendido”.
“QTS”: Quadro de
Trabalho Semanal.
“
Quarenta e cinco”: Pistola M 1911 da Colt de calibe 45, muito usado
dentro das nossas Forças Armadas até o advento da Pistola 9mm Imbel e depois
Beretta.
Quarta parte: Última folha do boletim diário a ser lida antes da
dispensa da tropa para dirigirem-se às suas casas.
“Quebra-culhão”: Equipamento Suspenso da Área de Estágios em que se
aprendia a controlar os tirantes laterais de um paraquedas. Como se ficava
muito tempo nesse equipamento, e se ele fosse mal-colocado, apertava os
testículos do aluno causando uma dor insuportável. Na frente, havia um tablado
de madeira, quem não aguentasse o tranco, colocava os pés nele e era
automaticamente desligado do curso.
“Queda Livre”: Ação
do paraquedista que se lança de uma aeronave em salto livre.
“Que militar Caxias!”: Termo usado para designar o militar que
levava o RDE a suas últimas conseqüências. Alusão ao patrono do Exército: Duque
de Caxias.
“Quebra o meu galho?”: Pedido que se fazia aos sargentos para que
desse uma dispensa ou aliviada em alguma coisa. A resposta era sempre assim:
“Quem quebra galho é macaco gordo, vento forte ou mulher da zona!”.
“Queimar a moita”:
O mesmo que efetuar uma denúncia
“Quem deve paga na hora”: Sempre que um recruta Pqdt fazia alguma
coisa errada, pagava o castigo na hora, ninguém deixava para depois. È muito
aplicada, normalmente, na Área de Estágios.
“Quem sabe escrever bem à mão?”: Pergunta feita aos recrutas nos
primeiros dias de apresentação em suas unidades. Que respondesse: Eu! Quem
havia perguntado dizia sempre esta frase: “Então pega aquela vassoura e vá
varrer o pátio!”
“Quem sabe escrever à maquina?”: Pergunta que se fazia quando queria
que algum voluntário levantasse a mão, então ele era escalado para pegar numa
vassoura e fazer uma faxina.
“Quem refresca cu de pato é lagoa.”: Resposta dada por alguns
instrutores, quando, numa ginástica forte ou numa corrida longa, pedia-se que o
sargento desse um refresco.
“Quer moleza? Então senta no colo do Sub!”: Frase empregada quando o
militar fazia corpo-mole em qualquer tarefa.
“Rabo de turma”: Denominação usada no meio castrense para aqueles
que se encontram no último quarto de sua turma de formação.
“Ração”:
Aprovisionamento ou o alimento do militar.
“Ralar”: Esforço
ao máximo para o cumprimento de uma tarefa.
“Ralação”: Dificuldades. Ralar é dar duro.
“Rame-rame”: O
mesmo que básico, simples, fácil de ser cumprido ou entendido.
“Rampa”: Abertura
de saída por trás de uma aeronave para saltos de paraquedistas
“Rancho”:
Refeitório dos militares.
“RASC”: Segundo
paraquedas para saltos de cães utilizado na Brigada de Infantaria Pqdt.
“Rebuceteio”: O mesmo que Rebu ou Tocar Rebu: confusão, grande confusão, arruaça, lambança, gritaria, briga. (Veja “Tocou horror” e “Tocou rebu”).
“Rcont”:
Regulamento de Continências Militares do Exército.
“RDE”:
Regulamento Disciplinar do Exército R4.
“Reco”:
Designação para o recruta.
“Reco-mor”: Nome
dado ao Cabo do Efetivo Variável.
“Repone”: Reunião de porra nenhuma, normalmente feita para os
militares levar uma mijada do comandante.
“R-Quero”: Regulamento com apenas um artigo “Artigo 1º / Faça o Que
o Superior Ordena”. Termo usado quando uma ordem não tem embasamento em
Regulamento, e sim na vontade (querer) do superior que deu a ordem ou tomou a
decisão.
“Revista”:
Inspeção à tropa.
“R1 Oficial ou Sargento R1”: Oficial ou Sargento de carreira que
passam, após longo tempo de serviço, para a reserva remunerada.
“R2 Oficial ou Sargento R2”: Oficial oriundo do CPOR ou Sargento que
faz o curso e se integra ao contingente variável.
“R-2”: Ração alimentícia sintética.
“Rec-fitas”: Significa recolhedor de fitas. Geralmente era o
Auxiliar do MS que comandava o recolhimento das fitas e suas respectivas bolsas
aos seus auxiliares.
“Reco”: O mesmo
que milico, diminutivo de recruta.
“Rede de abordagem”: Aparelho de cordas trançadas como rede, na qual
o militar, na Área de Estágios, sobe a uma altura considerável e depois faz a
descida.
“Refresco”: É antônimo de ralação. Mas nunca peça "refresco" num exercício qualquer para um sargento, que ele responderá: "Quem refresca cu de pato é lagoa!".
“Regimento”:
Corpo de tropas composta por batalhões sob o comando de um coronel.
“Regimento Santos Dumont”: RSD − Antiga grande unidade de infantaria
paraquedista. Agora em seu lugar há três batalhões: 25°, 26° e 27°
Batalhão de Infantaria Paraquedista. O recruta serve no 25° e no
27°
e incorpora no 26°,
que se tornou um batalhão só de profissionais, podendo atuar a qualquer momento
com efetivo completo e bem treinado.
“
Relaxa posição”: Ficar à vontade no mesmo lugar, sem sair da mesma
posição, aguardando novas ordens.
“Removido”: em
linguagem militar: executado.
“REO”: Caminhão (GMC) coberto por lona que transportava os Pqdts ao
Campo dos Afonsos para saírem para seus saltos. REO, na verdade, é uma sigla do
nome do gerente do projeto do caminhão, que era: Ramson Eli Olds.
“Reserva”: Paraquedas auxiliar de emergência que todo Pqdt carrega
na altura da barriga para ser acionado em caso de emergência. Equipamento obrigatório em todos os saltos.
“Ricardo Luiz da Silva Freire”: Pqdt 30346 - 1978/1 - Um dos autores do Almanaque Grafonsos e Almanaque Paraquedista.
“Rigger”: Como é denominado o curso de dobradores de paraquedas no
USA. Os nossos Dompsas têm sua origem nesse curso.
“RISG”:
Regulamento Interno de Serviços Gerais R1.
“Roberto Fernandes da Costa”: É o primeiro candidato a Pqdt falecido
(afogado) no Brasil, em 15 de setembro de 1950.
“ROCO”: Regulamento de Ordem e Contra Ordem. Quando um superior dava
uma ordem contrária do RDE.
“Roberto de Pessôa”: Pqdt n° 1 – foi o primeiro brasileiro
a fazer o curso de paraquedista nos Estados Unidos. Roberto de Pessôa foi um General
de Divisão do Exército Brasileiro considerado o Paraquedista Militar número 1
do Brasil. Nascimento:
25 de fevereiro de 1910, João Pessoa,
Paraíba; Falecimento:
17 de setembro de 2010, Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro
“Rosa Maria”: Moça muito bonita que trabalhava numa pensão em Marechal Hermes,
na frente da qual os Pqdts passavam correndo, cantando uma música na qual a
homenageavam. Daí surgiu um hino: “Irmãos do Condor”, de autoria do Cel Pqdt
Paulo Altemburg Brasil e do Cel Pqdt Dickson Melges Grael, em cuja letra
aparece o seu nome. Atualmente, é o segundo hino mais cantado na Brigada de
Infantaria Paraquedista.
“RSD”: Nomenclatura do Regimento Santos Dumont, onde hoje estão o
25º, o 26º e o 27º Batalhão de Infantaria Paraquedista.
“RUE”: Regulamento
de Uniformes do Exército.
“S1 E1 G1”: Oficial encarregado da área de Pessoal, sendo S em nível
de Coronel TC e Major, E em nível de General e G em nível de comando do
Exército.
“S2 E2 G2”: Oficial encarregado da área de Informações e Operação, sendo
S em nível de Coronel TC e Major, E em nível de General e G em nível de comando
do Exército.
“S3 E3 G3”: Oficial encarregado da área de Instrução, sendo S em
nível de Coronel TC e Major, E em nível de General e G em nível de comando do
Exército.
“S4 E4 G4”: Oficial encarregado da área Administrativa da unidade,
sendo S em nível de Coronel TC e Major, E em nível de General e G em nível de
comando do Exército.
“S5 E5 G5”: Oficial encarregado da área de Relações Públicas da
unidade, sendo S em nível de Coronel TC e Major, E em nível de General e G em
nível de comando do Exército.
“S 1 16 Albatroz”: Aeronave anfíbia de fabricação norte-americana
utilizada em operações especiais de paraquedistas nas décadas de 60 e 70,
principalmente na região amazônica.
“Saci”: Nome de uma operação aeroterrestre que por muitos anos
mobilizou as tropas aeroterrestre.
“Saci”: Símbolo da insígnia de aluno melhor colocado no SIEsp (Seção
de Instrução Especializada) na AMAN.
“Safo”: Militar
esperto, com muita experiência nas lidas militares.
“Sai debaixo”: Filme brasileiro de 1956, com Fred e Carequinha, que
retratava a vida de dois palhaços que resolvem ser paraquedistas.
“Saltar mais um
gancho”: Dar mais um salto com um paraquedas semi-automático.
“Salto de argola”: Como era chamado na gíria paraquedista dos anos
50 o salto comandado em que a abertura do paraquedas se processa por ação do homem ao invés de ser acionado
automaticamente pela fita de abertura.
“Salto Livre”: Salto realizado a grande altura por paraquedistas
especializados e bem treinados. Nesse salto, o pqdt comanda ele próprio a
abertura de seu paraquedas através de um punho.
“Salto Livre Operacional”: Salto livre de alta altitude, com o
militar totalmente equipado e pronto para infiltração em terreno inimigo. O
primeiro no Brasil foi realizado em 27 de fevereiro 1962 pelo Sargento
Precursor Ly Adorno,
Pqdt 503.
“Salto em massa”:
Salto de um grande número de paraquedistas sobre uma ZL, como no caso de uma
manobra militar.
“Salto tríplice”:
Modalidade de salto livre realizado pela equipe de salto livre da Brigada Pqdt.
“Santo Sudário”: Termo pejorativo para o lençol de cama do militar,
manchado de suor, sujeira e, às vezes, com algumas gotas de sangue.
“São Miguel Arcanjo”: Padroeiro dos paraquedistas brasileiros. Ao
lado do QG da Brigada Pqdt, existe uma capelinha em honra ao nosso Anjo
Protetor.
“
Saltar – Lutar – Disciplinar”: Lema do 36
° Pelotão de Polícia do
Exército Paraquedista.
“Salto Livre Operacional”: Em 27 de fevereiro de 1962, o então sargento
Ly Adorno de Carvalho, pqdt 503, saltou de 2.500 pés sobre o Campo
dos Afonsos, RJ, equipado e armado, com paraquedas tipo “Sky Diver 2”. Foi o primeiro salto dessa
forma na América do Sul.
“Salto Noturno”:
Salto realizado à noite. É muito mais perigoso que o salto realizado ao dia
pela falta de visibilidade ao aterrar.
“Sapão”: Nome dado ao avião C-82, que entrou em serviço em 20 de
setembro de 1955 e foi desativado em 19 de abril de 1968.
“SAREx”: O Serviço de Assistência Religiosa do Exército (SAREx) é
formado por ministros das religiões católica e evangélica. Os padres e pastores
integram o Quadro de Capelães Militares, após um estágio de adaptação iniciado
na Escola de Administração do Exército e concluído em diversas organizações
militares. Iniciando a carreira como 2º tenente, podem atingir até o posto de
coronel.
“Sargentão”: Atribuído ao sargento mais antigo na graduação.
“Sargento ou Cabo-de-dia”: Militares encarregados nos afazeres do
dia a dia do quartel, alojamentos, rancho, faxina.
“Sargento ou Cabo da Guarda”: Militares que são encarregados da
guarda, boa missão no portão e proteção do aquartelamento.
“Sargento/Tenente
Matarrindo”: Figura criada para designar o militar que exigia o máximo de
esforço físico dos soldados na ginástica calistênica.
“Sarja”: Forma abreviada com que os soldados, nas internas, chamam os sargentos.
“Sarico”: Nome indígena de Tadeu Sarico da Cunha, Pqdt n° 9789, que foi o primeiro índio brasileiro
a se formar Paraquedista Militar, em 1962.
“Seção de toros”: Exercício físico realizado na Área de Estágios,
onde vários grupamentos de cinco alunos levantam, abaixam e fazem manobras com
um poste de mais ou menos 50k.
“SD 1 e SD 2 Sky Diver”: Primeiros paraquedas especialmente
destinados a salto livre no ano de 1960. Antes era utilizado, arrojadamente, os
paraquedas T-7 E T-10 adaptados.
“
SDRR”: “
Suspensão de
Dispensa da
Revista de
Recolher”, punição
branda que impede o militar punido de deixar a guarnição no pernoite.
“Scepaniuk”: Sobrenome Cap Casemiro Scepaniuk, pqdt 44, pioneiro,
que inventou o pino de segurança “chipanique”, corruptela de seu sobrenome “Sceepaniuk”.
“
Senha”: Palavra ou frase que uma sentinela deve pedir ao ronda.
Muda conforme mudam os turnos de serviço.
“Senor Abravanel”: (Sílvio Santos) Grande
comunicador de televisão, dono do SBT, (Sistema Brasileiro de Televisão). Serviu,
em 1949, na antiga Escola de Formação Paraquedista, não sendo brevetado por insuficiência
técnica.
“Ser Pára-quedista – 50 anos de Pára-quedismo Militar no Brasil”:
Livro lançado em 1995, de autoria do Cap Ly Adorno. É o primeiro livro contando
as histórias de personagens, fatos históricos e o nome e o número de mais de 60
mil paraquedistas brevetados no Brasil.
“Serra de Madureira”: Campo de Instrução onde eram realizados, na
década de 70, os TIBC. Seu acesso era pela cidade de Mesquita, na Baixada
Fluminense, lugar muito lindo por sua natureza com uma vasta vegetação da Mata
Atlântica e diversas cachoeiras e animais silvestres. Mas um inferno para os
alunos que lá ralaram durante cinco dias e cinco noites ininterruptas, com
fome, frio, realizando exercícios de sobrevivência na selva, a tiros reais,
fuga e evasão.
“Selva!”: Grito
de guerra do combatente de selva.
“Seu Moreira”: Com a sua carrocinha de doces e salgados, vendia a
sua mercadoria aos Pqdts defronte à Área de Estágios. Começou em 1964,
encerrando as suas atividades em 1993. Nesse mesmo ano, a sua carrocinha foi
lançada e, cinco dias depois, brevetada. Seu Moreira morreu em 1999. A sua carrocinha está
no Museu Aeroterrestre. (Leia o capítulo “Túnel do tempo”).
“SIESP”: Seção de Instrução Especializada, praticada em academias e
centro de instruções militares.
“Sim Senhor! Não Senhor! Quero ir embora!”: As Três únicas frases
que um aluno Pé-preto tem direito de dizer dentro da Área de Estágios.
“Si vis pacem para bellum”: É uma locução latina que quer dizer: “Se
queres a paz, prepara a guerra”. Foi escrita pelo autor romano Publius
Flavius Vegetius Renatus. A locução é uma de muitas provenientes do
seu livro "Epitoma rei Militaris", que foi provavelmente escrito no
ano 390
d.C. Esta frase também foi usada como moto pelo fabricante alemão de armas Deutsche Waffen und Munitionsfabriken
e é a origem da palavra Parabellum, usada em inglês para designar armas de fogo e
munições.
“Smurffs”: Como são chamados, hoje em dia, os instrutores
especializados da Área dos Estágios. Antigamente, sargentos e oficiais de todos
os quartéis paraquedistas eram designados a serem instrutores na Área. Hoje em
dia, somente este pessoal do Centro de Instrução Pqdt General Penha Brasil tem
essa missão. Como usam um gorro azul, parecido com o desenho Smurff, assim
ficou.
“Sniper”:
Atirador de elite, o mesmo que franco atirador ou tocaieiro.
“Soares”: (Antônio) Fotógrafo que foi Pqdt 5500, do 1959/3, e que
tinha o seu estúdio no antigo RSD. Batia fotos de todos os acontecimentos da
vida dos pqdts, desde a sua entrada num avião, sua aterragem, sua formatura,
atuação em manobras, etc. Todas as fotos das Revistas do Regimento Santos
Dumont dos 60, 70, foram feitas por ele.
“
Socorrista Pqdt”: Novo Curso ministrado pelo Cia Pqdt GPB para
militares, não só do Destacamento de Saúde, mas para outros elementos dentro
das unidades paraquedistas que são preparados para intervirem, como
pára-médicos, em situações de emergência médica em qualquer terreno,
calamidades ou ações militares.
“
Soldado”: Do Italiano soldato, “o que recebe soldo”.
“Soldado João Viktor da Silva”: Paraquedista nº 86730 do turno
2015/1. Morto em Ação no Morro do Alemão em 20/08/2018.
“Soldado raso“: Forma de rebaixar mais ainda a figura do militar de mais baixa graduação militar.
“Solo de Bombo“:
Conhecido nas bandas militares de música como o Dobrado Nacional.
“Soldo”:
Vencimento do militar. Vem de solidum numus, “dinheiro sólido” – moedas, enfim.
“Sonda”: Nos primórdios, um homem saltava na altura de lançamento,
sobre um ponto de referência no solo, e, da porta do avião, era observado o
desvio que sofria com o paraquedas aberto entre o ponto em que saíra e aquele
em que aterrara. Este homem era “O SONDA”.
“Sopa de gandola”: Sopa de ervilha servida no rancho.
“Sugar”: Abusar
do esforço físico, exagerar e cobrar algo em demasia.
“Volta ao Mundo”: Corridinha básica, realizada entre os
aquartelamentos paraquedistas, se dirigia para Realengo, voltava para Deodoro,
entrava por Marechal Hermes, Campo dos Afonsos, e retornava pela Colina Longa.
(Depois de formado Pqdt, era uma moleza, mas logo que se entrava como conscrito
era um inferno!).
“T”: Painéis para identificação que são estendidas em forma da letra
T, na ZL, pelo Destacamento Precursor e deverá ser visto pelo MS da aeronave,
que lançará a tropa paraquedista.
“T-6”: Avião monomotor de treinamento da FAB, sem as duas asas, que servia de ventilador para o treinamento de arrasto na Área de Estágios.
“TAF”: Teste de
Aptidão Física.
“Taifeiro”: Militar encarregado, normalmente, de serviços de
restaurante (cozinheiro, garçom, copeiro). Este termo é originário da Marinha
do Brasil.
“Tanden”: Modalidade de salto livre realizado na Brigada Pqdt, cujo
idealizador foi o Pqdt 2088, Caribê Lemos Monte Santo.
“Tá se abrindo pra
mim por quê?”: Pergunta que os instrutores faziam a quem estivesse rindo. Como
resposta ele dizia sempre esta frase: “Só o que se abre pra mim é paraquedas e
mulher!”
“Tá osso!”: O
mesmo que “Está difícil!”.
“Tá voando?”: Pergunta que se faz ao militar que quer dar uma de
esperto e foge de alguma atividade.
“Tapiri”:
Cobertura feita de folhas ou vegetação para proteção de chuva ou sol no meio da
mata.
“Tapuru”: Denomina-se "tapuru", na linguagem cabocla da
região amazônica, o estágio larvário de um animal invertebrado, encontrado no
interior dos cocos de algumas palmáceas da região Norte e Nordeste do Brasil, como
o dendê, a piaçava, o licuri, o inajá e o babaçu. O conhecimento de sua
utilização, como fonte de alimento, foi herdado pelo caboclo e pelo combatente
de selva, do costume tradicional indígena das tribos parakanã, tiriyo, tucano e
yanomani, onde é consumido em grande escala e conhecido, também, com a
denominação de naatanga.
“Tatu”: Como jocosamente
o pessoal da infantaria chama o pessoal da engenharia.
“TFM”:
Treinamento Físico Militar, bateria de exercícios físicos dados à tropa por um
instrutor.
“TFMC”: Treinamento Físico Militar Centralizado, oriundo,
exclusivamente, da Bda Inf Pqdt, dado pelo General Comandante a todos os
elementos e unidades paraquedistas em um momento só, e com a tropa toda
reunida.
“Televisão”: Quadrado de madeira da Área de Estágio onde o recruta
que não estivesse mais agüentado o tranco, pedisse, voluntariamente, o seu
desligamento do curso.
“Tenente de Festim”: Designação para os Oficiais R2 que servem na
tropa, para sargentos temporários é “Sargento de Festim”.
“Terça-feira”: Para um civil, ou qualquer outro militar não Pqdt, é
apenas um dia qualquer da semana, mas para nós, Paraquedistas, é sempre o dia
tradicional para o primeiro salto, pois na segunda, foi realizado o TSA (Teste
de Saída da Área), e quem passou, agora nesta terça mágica, poderá enfim sentir
o cheiro das nuvens .
“Terceirão, Segundão, Primeirão e Subão”: Militares bem antigos.
“TEsOp”: Treinamento Especifico Operacional - estágio de salto livre
para cabos e soldados pertencentes ao Batalhão de Forças Especiais.
“Tira-prosa”: Aparelho da Área de Estágios que consistia em uma lata
de leite ninho, recheada de cimento com uma cordinha instalada no meio, que era
ligado a um carretel para ser manuseado para cima e para baixo (de 1 a 3 quilos
era o peso).
“Tirar serviço”:
Estar de plantão em determinado posto, mesmo que cumprir ou efetuar serviço.
“Tocha Alada”: Símbolo dos Precursores brasileiros e derivado do
mesmo distintivo dos Pathfinders americanos. Ela é o símbolo dos paraquedistas precursores do Exército Brasileiro
“Tocou barata voa”: Era como dizíamos sempre que a maioria dos
oficiais do QG puxava o carro mais cedo. (QG do Núcleo da Divisão Aeroterrestre,
como era chamada a Brigada de Infantaria Paraquedista na sua gloriosa infância
vivida na Colina Longa).
“Tocou horror”:
Quando alguma coisa trágica acontecia no quartel.
“Tocou rebu”: O
mesmo significado acima.
“Tocou Zaralho”:
Tocou horror, tocou rebu, deu merda...
“Thompson”:
Submetralhadora americana de calibre 45 usada até a chegada das nacionais INA.
“Tombado”:
Condição de quem perdeu a vida em serviço ou no cumprimento do dever.
“T.O.”: Teatro de
Operações. Local onde ocorrem os combates em uma guerra.
“Toque de Alvorada”: Toque de corneta na primeira hora da manhã,
dando iniciadas as atividades do dia.
“Toros”: Troncos de madeira, geralmente eucalipto, para oito homens
fazerem, alternadamente, exercícios o para fortalecimento de várias partes do
corpo.
“Tri Leg Dive”: Formação de 3 saltadores da Equipe de Salto Livro da
Brigada.
“Trole”: Equipamento que era preso ao instruendo para saltar da
torre, e ser devolvido a outro recruta para fazer o mesmo procedimento.
“Trole! Trole! Correndo pé-preto! Correndo pé-cão!”: Grito que os
recrutas faziam aos que acabavam de saltar da torre para voltarem correndo com
os troles até a porta da torre para outros fazerem o mesmo.
“TSA”: Teste de Saída da Área, este é definitivo e eliminatório para
os alunos dentro da Área de Estágios, todos os índices devem ser atingidos e
quem por ele fracassar, não sai paraquedista.
“Tuberculose”: Quando da necessidade de abrir o paraquedas de
emergência, estando o paraquedista de frente para o solo, a pressão impede que
o mesmo saia do seu invólucro. Procurar girar o corpo.
“Turno”: Como é conhecido o ano em que o militar paraquedista fez a
Área de Estágios. Exemplo: Turno 58/1, significa que foi o Curso Básico no Ano
de 1958 subturno 1.
“TVF”: Teste de Verificação Física, constantemente feito a todos os
alunos dentro da Área de Estágios. Serve para acompanhar o desempenho físico de
cada instruendo para atingir os índices necessários para se formar no curso de
Pqdt.
“T-7”: Paraquedas usado nos anos 40 e começo dos anos 50.
“T-10 e T-10A”: Paraquedas usados depois da metade dos anos 50. A diferença entre os dois
era a cor do tirante: T-10 = verde, T-10A amarelo.
“T-10 AS”: Paraquedas de salvamento de homem preso à aeronave.
“T-10C”:
Paraquedas atual para lançamento da tropa.
“T-10MC1-1C”:
Paraquedas para lançamento de tropas especiais (Precursores).
“Última forma”: Ordem
para retroceder à ordem anterior. Esqueça o que eu disse.
“UH 1”: Helicóptero de Transporte e Apoio de Fogo, de origem
americana (famoso em cenas da guerra do Vietnã), muito usado pelas tropas
aeroterrestres em atividades e missões na região amazônica e Xingu e Araguaia.
“Um mil, dois mil, três, quatro mil...”: Contagem mental,
equivalendo a quatro segundos, que os pqdts fazem esperando a abertura do paraquedas.
Se não ela não ocorrer nesse pequeno espaço de tempo, é sinal de que algo grave
está acontecendo. Nesse caso, a abertura do reserva se faz necessária.
“Urubu”: O mesmo que pé-preto.
“Urubolino”: O Militar em quartel de paraquedistas, que não se forma Pqdt e
fica o tempo todo servindo de pé-preto, fazendo os piores serviços
“Vaca”: Caminhão parecido com os que transportavam gado no Rio
Grande do Sul, que levava os antigos Pqdts até a base Aérea do Afonsos, nos
anos 50. Tratava-se de uma viatura da
marca “Chevrolet”, com carroceria toda de madeira, à meia altura,sem cobertura,
composta por sarrafos, cujo fundo era aberta, apenas protegida ´por uma
corrente.
“Vagão voador”: Como era chamado o avião C-119.
“Vala”: Lugar ou
situação ruim, o mesmo que Jangal: “Se Continuares assim, o comandante vai te
mandar pra Vala...”.
“Vamos acertar atrás da Baiúca!”: Desafio que um soldado Pqdt fazia
a outro, quando tinham alguma diferença para acertar, quase sempre na porrada,
entre os dois.
“Vampirar”: É empregado para o pessoal que, após ir para a reserva,
volta a ser contratado para trabalhar no EB.
“Vanderleia”: (no Ministério Funcionária), também significa frango
(galinha).
“Varejeira”:
Mulher que tem envolvimento com vários militares ao mesmo tempo.
“Vazado”: O mesmo que oco ou vazio, na tropa costuma-se dizer:
“Estou com meu estômago vazado de fome!”.
“Velame”: É o nome
técnico para o nylon de um paraquedas.
“Vertical do Ponto”: Fabricante de equipamentos aeronáuticos e
paraquedas militares, situada na Avenida Duque de Caxias, 600 – Vila Militar –
Deodoro – RJ – Brasil.
“Viatura”: Nome usado para os carros, camionetes e caminhões no
meio militar.
“Vila Militar”: Local onde se concentra as principais unidades militares
no Rio de Janeiro, e onde o complexo paraquedista está instalado. Pertence ao
bairro de Deodoro.
“Virar a vaca”: Sair do avião indevidamente; esborrachar-se no chão.
“Viveiro dos periquitos”: Entre a 1ª
Cia e a CPP1, do antigo RSD, havia um viveiro com periquitos multicoloridos que
alegravam os olhos dos Pqdts. Atualmente, no local, não existe mais nada. Tinha o nome do soldado João Rodrigues da Silva, morto em acidente de paraquedas em 13 de novembro de 1957, numa manobra em Resende-RJ.
“Voando”: Diz-se
do militar que está ao léu, sem rumo, no mundo da lua.
“Xerém”: Atual
campo de instrução das tropas paraquedistas.
“Xeque Mate”: Depois que o aluno completava com sucesso todas as
etapas dentro da Área de Estágios e com o conceito MB, passava a próxima fase,
ou seja, estava apto a saltar de uma aeronave, que o qualificará como
Combatente Aeroterrestre.
“Xerife”: Militar em uma fração (avião) que é o responsável pelo
comando temporário desse grupo, podendo, de uma hora para outra, ser destituído.
“Xerife”: Militar mais antigo na cadeia do antigo Regimento Santos Dumont, geralmente era um cabo, se algum estivesse preso.
“XL Cloud”: Tipo
de paraquedas de salto livre de asa mais moderna e de maior dirigibilidade.
“Zaralho”: Confusão, algazarra. Tocou zaralho! Deu merda no quartel.
“
Zeros”: Designação aos primeiros classificados e colocados de cada
turma, uso corrente: “Os Zeros serão premiados após as palavras do comandante.”
“Zero um”: O melhor
colocado, o cabeça da turma.
“
ZL”: Nomenclatura muito conhecida por nós, Pqdts, mas o pessoal de
fora não sabe que isso quer dizer.
Zona de
Lançamento.
“Zonas de Lançamentos famosas”: ZL de Gramacho, a primeira usada pela antigos paraquedistas militares brasileiros, hoje desativada. ZL de Gericinó e ZL do Campo dos Afonsos.
Zona do Mangue: Era onde os soldados do Sul iam só para ver as
meninas do local, sem nenhum comprometimento sexual. Dá pra acreditar?
“ZP”: Zona de Pouso
de aeronaves.
Com
a colaboração dos seguintes Pqdts:
Com agradecimento especial a José Alfredo Stron Nunes
e a Ricardo
Freire pelos acréscimos de novos termos e expressões.
E aos demais pqdts:
Jorge
Arruda, Ávila, Celso Vieira, Clarival Vilaça, Domingos Gonçalves, Ly Adorno, Nelson
Santos, Nilo da Silva Moraes, Paulo Fagundes, Reginaldo Palazzo, JB Rodrigues, Sérgio
Chaves, Sérgio Mattos, Cláudio Braz e Zilton Tadeu.