Parabéns Gaúcho
Dimas Costa e Eleu Salvador
(Estribilho duas vezes)
Parabéns, parabéns,
Saúde e felicidade!
Que tu colhas sempre todo dia
Paz e alegria na lavoura da amizade.
Que
Deus velho te conceda,
Com sua benevolência,
Muitas, muitas campereadas
No potreiro da existência.
E
unidos, no mesmo afeto,
Te abraçamos neste dia
E para seguir a festança
Repetimos com alegria:
(Estribilho duas vezes)
Parabéns, parabéns,
Saúde e felicidade!
Que tu colhas sempre todo dia
Paz e alegria na lavoura da amizade.
O Rio Grande do Sul é, seguramente, o único Estado brasileiro que canta sempre, em primeiro lugar o “parabéns gaudério”, depois canta o “outro”, o “Parabéns a você”.
Infelizmente, o Hino Nacional é cantado sem muito entusiasmo, mas na hora de se cantar o Hino Rio-Grandense, todos cantam a pleno pulmões, em qualquer cerimônia pública.
No Final da Taça Libertadores da América contra o São Paulo, em 2006, com noite fria e chuvosa, para dar um ar épico ao jogo que iria iniciar, Bagre Fagundes, autor do Canto Alegretense, pelo serviço de alto falantes do estádio, pediu que todos, em pé, cantassem com o maior vigor de suas vozes o Hino dos Gaúchos. O estádio tremeu, as vozes saíam das gargantas o mais alto possível, todos choravam com as mãos crispadas para o ar. Éramos contra todos. Éramos contra São Paulo. Éramos contra o Brasil! Eu estava lá, eu testemunhei esse fato, foi o jogo da minha vida!
Hino Rio-Grandense
Letra: Francisco Pinto da
Fontoura
Música: Joaquim José de
Mendanha
Harmonização: Antônio Tavares Corte Real
Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o vinte de setembro
o precursor da liberdade.
(Refrão)
Mostremos valor, constância,
Sirvam nossas façanhas
de modelo a toda a terra.
De modelo a toda terra
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra.
Mas não basta pra ser livre,
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude,
acaba por ser escravo.
(Refrão)
Mostremos valor, constância,
nesta ímpia e injusta guerra.
Sirvam nossas façanhas
de modelo a toda a terra.
De modelo a toda a terra
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra.
Oficializado pelo Decreto 5.213, de 5/1/1966. Na versão original, adotada em 1934, havia a estrofe:
Que entre nós reviva Atenas
para assombro dos tiranos.
Sejamos gregos na glória
e na virtude, romanos.
Dizem que essa estrofe foi amputada do nosso hino pela lei estadual citada acima por iniciativa de um deputado da Arena. Ela foi retirada pela censura oficial, vigente na época.
Os tiranos reconheceram-se 130 depois, mas não há comprovação histórica par tal afirmação.
Refrão
ou Estribilho: versos repetidos no fim de cada estrofe
(conjunto de versos).
Glossário
Aurora: período
antes do nascer do sol, princípio, origem.
Precursora: que vai adiante, que anuncia um sucesso ou a chegada
de alguém, que precede.
Farol: coisa
que alumia ou guia.
Divindade: qualidade
de divino, natureza divina, Deus.
Constância: qualidade
de constante, firmeza de ânimo, perseverança, ânimo.
Ímpia: que
não tem piedade, que é desumana, cruel, impiedosa.
Façanhas: atos
heroicos, proezas, coisas admiráveis, notáveis.
Aguerrido: afeito
à guerra, corajoso, valente, destemido.
Virtude: disposição firme e constante para a prática do bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário