terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Olga Benário*

 *Olga Gutmann Benário Prestes: 12.02.1908-23.04.1942

“Lutei pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo”, foram as últimas palavras escritas por Olga Benário em uma carta para a filha, um dia antes de ser executada nas pútridas câmaras de gás dos nazistas. Talvez fosse verdade, talvez não. Talvez ela de fato acreditasse nisso, talvez nem tanto. Nada disso mais importa. O que importa é que ela foi presa pela polícia política da ditadura de Vargas, comandada pelo monstruoso Filinto Müller. Olga foi então torturada antes de ser entregue para a morte certa na Alemanha de Hitler, mesmo estando grávida. Além de comunista, Olga era judia. Sua extradição, portanto, foi um ato cruel tanto jurídica como moralmente: uma condenação à morte, sem julgamento. Mas concretizou-se em 1936. No cárcere, a resistência de Olga virou assunto de documentação interna da Gestapo que, aliás, nunca arquivou tantos dossiês sobre uma só pessoa; o “Processo Benário” é composto de mais de 2000 páginas. Depois do fracasso da Intentona Comunista, no Brasil, em 1935, Olga foi presa e deportada, ficando confinada então no campo de concentração feminino de Ravensbruck. Lá, Olga dava aulas de história e ginástica para suas companheiras de prisão, tentando diminuir o sofrimento da tortura – pois as detentas viviam como escravas e estavam sujeitas a experimentos médicos. Olga Benário nasceu em 12 de fevereiro de 1908 e sua extradição ainda serve como exemplo para ilustrar a vilania e frieza da ditadura de Vargas. 

Do facebook Buenas Ideias, de Eduardo Bueno. 

P.S. Isso só demonstra que ditadura, qualquer ditadura, sempre é algo nefasto à humanidade. Temos que ter muito cuidado com quem defende essa forma de governo.

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