O projeto “A Bahia Canta a Sua
Santa” surgiu de uma forma inexplicável, assim como acontecem as coisas para
quem tem fé, não é mesmo? De um jantar no hotel Fasano que reuniu nomes como
Durval Lelys, Licia Fabio e Nizan Guanaes e outros artistas surgiu a ideia de
gravar uma canção em homenagem à Irmã Dulce que, posteriormente, pudesse ser
monetizada e ter o valor revertido para as Obras Sociais que levam o nome da
santa baiana.
A Bahia inteira canta
para celebrar Nossa Santa,
que cuidou de nós.
Tocam sinos e atabaques
de um povo que viu seus milagres,
foste a voz daqueles que não têm
voz.
Pequena e tão Gigante,
Mãe desses Filhos de Ghandi,
que entram em Roma,
soltando as pombas,
pomba da paz.
Ouve teu povo cantando
nas portas do Vaticano.
Ele tem fé,
ele tem axé,
ele veio a pé.
É a Bahia que canta,
Santa Dulce, a Nossa Santa,
que está no céu
cuidando da gente,
diariamente...
P.S. O áudio com a interpretação de vários cantores baianos
está na internet. A letra está completa cantada por Margareth Menezes.
Dulce
Neste tempo de demofobia e
radicalismos, saiu um bom livro para a alma. É “Irmã Dulce, a Santa dos
Pobres”, do jornalista Graciliano Rocha. Ela será canonizada no dia 13 de
outubro pelo Papa Francisco. Seu primeiro milagre salvou uma gestante que se
esvaia em sangue. No
segundo, devolveu a visão a um homem que a perdera havia 14 anos. A narrativa
de Graciliano nos dois casos é emocionante.
O maior milagre de Santa Dulce
(1914-1992) foi ajudar os pobres da Bahia, invadindo casas desocupadas ou
atraindo milionários como Norberto Odebrecht e poderosos como José Sarney.
Certo dia, ela pediu dinheiro a
um comerciante e levou uma cusparada. Limpou-se e disse:
− Isso é para mim, agora o que o
senhor vai dar para meus pobres?
(Da coluna de Élio
Gaspari, no Correio do Povo, setembro de 2019)
"Pequena e tão Gigante"
ResponderExcluirSanta Irmã Dulce.
Bela homenagem.