T, U, D, O,
Separados não somos nada.
Unidos Somos
TUDO.
Se você nunca viu a tristeza,
procure ver.
Se você nunca viu a miséria,
procure ver.
Se você nunca viu a doença,
procure ver.
Se nunca viu a fome, procure ver.
Se você nunca viu a dor e a
desgraça, procure ver...
Porque, se você não viu nada
disso, você não conhece a vida
E morrerá sem saber o que é viver
(Edson dos Santos
Avancini)
Vou dormir.
Não, não, vou
tentar dormir,
pois você entra em mim,
e põe meu sono de lado,
ativa-me lembranças,
momentos...
Vou comer.
Não, não, vou
tentar comer,
pois você entra em mim,
e a fome se faz ausente,
atiça-me lembranças,
momentos...
Vou sair.
Não, não, vou
tentar sair,
pois você entra em mim,
e me prende,
envolve-me em lembranças,
momentos...
Vou estudar.
Não, não, vou
tentar estudar,
pois você entra em mim,
e faz-me fechar os livros,
e povoa minha mente de
lembranças,
momentos...
Vou pensar no amor...
Sim, sim, vou
pensar no amor,
pois você está dentro de mim
e o amor é você
e você é o amor
em todos os momentos...
(Liliana Camargo de
Luca)
Se...
Se eu não me importasse com a
miséria...
Se eu não importasse com a
fome...
Se eu me importasse com a
avareza...
Se eu me importasse com a
ganância...
Se eu me importasse com o meu
orgulho...
Se eu me importasse com a minha
vaidade...
Provavelmente estaria agora
viajando pelo país,
fazendo comícios em busca de
votos para atingir o poder.
Estaria agora deitado em minha
cama pensando no futuro próximo:
num apartamento de cobertura mais
luxuoso,
nas comidas deliciosas,
nas bebidas importadas,
nas roupas e sapatos caros,
nos carros especiais...
Infelizmente, meu coração não tem
coragem.
Ele se bala, ele se comove diante
da miséria,
da fome,
da avareza,
da ganância,
do orgulho,
da vaidade.
(Dóris Lage)
Parodiando Drummond
João, o banqueiro,
Roubava Pedro, o fiscal de
rendas,
Que roubava Raimundo, o
comerciante,
Que roubava Antônio, o
industrial,
Que roubava Carlos, o diretor,
Que roubava Severino, o operário,
Que nunca havia roubado ninguém.
João foi para o Paraguai e Pedro
para as Bahamas,
Raimundo morreu bêbado,
Antônio pediu concordata,
Carlos suicidou-se e Severino,
faminto,
Roubou a bolsa de Sônia que nem
tinha entrado na história.
(Newton)
(Do livro “A prática
da redação em grupo”,
de Hildebrando A. de
André)
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