quinta-feira, 27 de julho de 2023

Oppenheimer:

 Conheça a história do criador da bomba atômica


Um dos cientistas mais famosos dos Estados Unidos não ficou conhecido apenas pelo seu talento na pesquisa: ele é também um dos mais polêmicos e contraditórios. O físico teórico Robert Oppenheimer ficou mais famoso pelo seu envolvimento direto na criação da bomba atômica, que resultou no encerramento definitivo da Segunda Guerra Mundial ao ser jogada nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. 

Oppenheimer antes da bomba 

Julius Robert Oppenheimer nasceu em abril de 1904 em Nova York, filho de um imigrante alemão bem sucedido que trabalhava na indústria têxtil e uma pintora de origem norte-americana. 

Robert foi um dos melhores alunos no colégio e de lá passou para a Universidade de Harvard, onde começou os estudos com especial interesse por química, matemática, filosofia e literatura. 

Aos poucos, foi se especializando em Física, mas não passava muito tempo em laboratórios por não gostar da rotina de experimentações — até conhecer a mecânica quântica, campo ainda em fases iniciais de estudo que lida com dimensões abaixo da escala do átomo e partículas elementares de matéria e energia. 

O pesquisador passou também pela Universidade de Göttingen, na Alemanha, concluiu o doutorado e estudou com pesquisadores como Niels Bohr (o mesmo do modelo de orbitais dos elétrons) e Max Born. Com este último, desenvolveu a teoria da Aproximação de Born-Oppenheimer, que fala sobre a movimentação de núcleos dos átomos. 

Com o nome já famoso no meio, Oppenheimer começa a lecionar na década de 1930 em duas instituições ao mesmo tempo: o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e a Universidade da Califórnia.  

Nesse período, a vida pessoal do físico também muda radicalmente. Primeiro, ele herda a fortuna do pai e passa a ter um padrão de vida mais tranquilo financeiramente. Além disso, Robert se casa em 1940 com Katharine Harrison, a Kitty, bióloga e companheira para o resto da vida. 

A rotina do casal era tranquila, com o professor sendo uma espécie de celebridade do meio universitário por aulas memoráveis e vasto conhecimento. Até a Segunda Guerra Mundial, quando ele foi convocado para uma tarefa que mudaria o curso da história dele e de toda a humanidade. 

Projeto Manhattan 

Em 1942, Oppenheimer é indicado para integrar o Projeto Manhattan, codinome para o grupo de pesquisadores responsáveis pelo desenvolvimento da bomba atômica nos Estados Unidos. 

Na época, em plena Segunda Guerra Mundial, pesquisadores como Albert Einstein insistiam para que o governo americano começasse pesquisas nucleares para evitar que os nazistas saíssem na frente. Os combates ainda eram intensos em várias partes do mundo e a disputa parecia longe de acabar. 

Convencido a aceitar o convite, mas visto com desconfiança pelos colegas pela falta de experiência em laboratórios, Oppenheimer ficou especialmente responsável por um laboratório em Los Alamos, inclusive com a seleção de cientistas a seu critério. A liderança nesse período o colocam como "inventor" ou "pai" da bomba atômica, o que é um título justo, embora o trabalho seja fruto de anos de desenvolvimento por parte de grupos de pesquisadores de diferentes áreas. 

A primeira detonação de uma arma nuclear aconteceu em 16 de julho de 1945, comprovando o sucesso e a letalidade da tecnologia. Ao testemunhar o experimento, Oppenheimer contou em uma entrevista anos depois que pensou em um trecho do texto sagrado hindu Bhagavad-Gita que resumia a sensação de mortalidade e, ao mesmo tempo, controle sobre outras vidas do cientista: “Agora eu me tornei a Morte, a destruidora de mundos”. 

(...) 

Do blog Mundo Conectado 


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