Luiz Coronel
Estamos
em guerra.
Senhores
provectos
conduzem
à morte
a juventude de seus países.
(Eles
não morrem
nem
lutam,
dão entrevistas...)
Precavidos,
encomendam
um
milhão de ataúdes.
Um
córrego de sangue
há
de fertilizar
o árido chão do deserto.
Descendentes
de Isaac
e
Ismael afiam pontas
e acertam contas.
Com
a cabeça de Jeová
nos
ombros de Maomé,
choram
a malversação
de suas parábolas.
Meninos
voltarão cobertos
de honra, formol e medalhas.
O
avô levará flores amarelas
ao
neto que virava cambotas
nas manhãs de domingo.
As
mãos que liberam mísseis
e
soltam arsenais
hão
de provar que são ninhos
da pomba da paz.
É
assim que agem
os
“senhores
da ocasião e da guerra”.
(Do Correio do Povo, de 11 de novembro de 2023)
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