quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Um texto e um poema

Depoimento do mineiro atropelado


Seu Zé, mineirinho, pensou bem e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao tribunal.

No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu Zé:

- O Senhor não disse na hora do acidente “Estou ótimo?”.

 E seu Zé responde:

- Bem, vou lhe contar o que aconteceu. Eu tinha acabado de colocar minha mula favorita na caminhonete e...

- Eu não pedi detalhes! – interrompeu o advogado − Só responda à pergunta: − O Senhor não disse na cena do acidente: “Estou ótimo?”.

- Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia...

O advogado interrompe novamente e diz:

- Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, e isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta?

Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu Zé e disse ao advogado:

- Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.

Seu Zé agradeceu ao Juiz e prosseguiu:

 - Como  eu estava dizendo, coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia quando uma pick-up  atravessou o sinal vermelho e bateu na minha caminhonete bem na lateral. Eu fui lançado fora do carro para um lado da rodovia e a mula foi lançada pro outro lado.  Eu estava muito ferido e não podia me mover. De qualquer forma, eu podia ouvir a mula zurrando e grunhindo e, pelo barulho, eu pude perceber que o estado dela era muito ruim. Logo após o acidente, o patrulheiro rodoviário chegou ao local. Ele ouviu a mula gritando e zurrando e foi até onde ela estava. Depois de dar uma olhada nela, ele pegou a arma e atirou três vezes bem entre os olhos do animal. Então, o policial atravessou a estrada com a arma na mão, olhou para mim e disse:

- “Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. Como o senhor está se sentindo?”.

− O que o senhor responderia, meritíssimo?!


Poema sensual...


Quando eu te encontrar,
possuir-te-ei.
Quando eu te encontrar,
levar-te-ei até a cama.
Sem pedir licença;
tocar-te-ei em todo o teu corpo e te possuirei...
Vou te deixar com uma enorme sensação de cansaço,
entregue inteirinho.
Lentamente, vou te fazer sentir arrepios,
fazer-te suar profundamente.
Irás gemer, até chorar.
Deixar-te-ei ofegante,
tirar-te-ei o ar, a tua cabeça pulsará.
Da cama não conseguirás sair!
E quando eu terminar,
irei embora sem me despedir,
e com a certeza de que voltarei!

Assinado: “A sua Gripe”


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