segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Fulano & Beltrano

 

Professora Etelvina e suas pílulas de sabedoria instantânea 

Fulano de Tal é o nome genérico que se dá a alguém incerto e não sabido. Fulanos somos todos nós, ou cada um de nós. A palavra original é hebraica – fuluni – e significava “um, dentre muitos”. O primeiro dos fulanos aparece já no Velho Testamento: “Fulano, vem assentar-te aqui” (Livro de Ruth, 4:1). Os árabes modificaram a grafia para fulan, os espanhóis adotaram o Fulán no século XVI. E foi daí que veio o português Fulano. Mas cada país do mundo tem seus próprios fulanos, com nome e sobrenome. O nosso é o Zé Ninguém, ou o Zé Povinho, ou o Zé da Silva. Aqui estão seus ilustres colegas. 

África do Sul: Piet Pompies 

Alemanha: Hans Mustermann 

América Latina: Juan Perez 

Austrália: Fred Nerk 

Áustria: Hans Maier 

Bósnia: Marko Markovic 

Brasil: Zé da Silva, Zé Ninguém 

Bulgária: Ivan Ivanov 

Canadá: John Jones 

Chile: Penco de Los Palotes 

Croácia: Pero Peric 

Estônia: Jaan Taam 

Estados Unidos: John Doe

Finlândia: Matti Meikäläinen 

França: Jean Dupont 

Hungria: Pista Jóska 

Inglaterra: Joe Bloggs 

Islândia: Jón Jónsson 

Índia: Aira Gaira 

Itália: Pinco Pallino 

Japão Taro Yamada 

Lituânia: Vardenis Pavardenis 

Noruega: Ola Nordmann 

Polônia: Jan Kowalski 

Romênia: Ion Popescu 

Suíça: Herr Schweizer

Com tanta gente fazendo tudo para ganhar alguns minutos de fama, é curioso – e até reconfortante – saber que as pessoas mais mencionadas no mundo na verdade não existem. 

A professora Etelvina está semanalmente nas páginas da revista Época, para brindar os leitores com seu saber enciclopedicamente inútil. 

(Época de 11 de setembro de 2006) 


Nenhum comentário:

Postar um comentário