Aran & Castelo
Epitáfios de gente famosa:
Ai, tô morta! (Agnaldo Timóteo)
Nelson Ned é a puta que o pariu! (Anão Zangado)
Causa mortis: pneumonia. (Anão Atchim)
Estou dando para os vermes o que sempre recusei aos homens... (Angélica)
Do pró ao pó. (Arnaldo Jabor)
Caí do cavalo. (Beto Carreiro)
Isso é uma vergonha! (Bóris Casoy)
É preciso passar o inferno a limpo. (Idem)
Cuidado: inflamável. (Boris Ieltsin)
Alguma coisa aconteceu em meu coração. (Caetano Veloso)
Moli. (Cebolinha)
A César o que é de César: um buraco. (César Maia)
Hay que apodrecerse. (Che Guevara)
Pai, viu o que deu não afastar de mim o cálice? (Chico Buarque)
Ohana nas alturas. (Cláudia Ohana)
Às margens do rio Piedra eu sentei e a-do-rei! (Clodovil)
No túmulo com Danuza. (Danuza Leão)
Logo hoje que eu estava toda encaralhada, puta que me pariu! (Dercy Gonçalves)
Finalmente, não preciso fazer mais nada. (Dorival Caymmi)
Atenção, velas, flores e fotos autografadas estão à venda no estande da Igreja
Universal, à direita de quem entra no cemitério. (Edir Macedo)
A Sociedade Protetora dos Animais conserva esta área
(Edmundo)
Meu nome era Enéas! (Enéas)
Não morri, estou fazendo pós-graduação da vida. (Fernando Henrique Cardoso)
Desta vez, doeu demaaaisss! (Gal Costa)
A complexitude do sincretizamento
da afrocrença nagô com a mitologização da catolicitude, não deixa duvidanças:
desencarneci. (Gilberto Gil)
Sempre adorei criança. Malpassada... (Herodes)
Enterrem meu topete na beira do rio. (Itamar Franco)
Foi o único jeito dele pular cerca... (José Rainha, do MST)
Foi culpa da Rede Globo. (Leonel Brizola)
Aqui jaz um malvadinho. (Luiz Eduardo Magalhães)
O “Aqui Jaz - O Livro dos Epitáfios”, de Aran & Castelo, Editora Ática - São Paulo, 1996, pág. 61 e seguintes, traz inúmeras sugestões sobre epitáfios, todas engraçadíssimas. Quem prestar atenção ao último e à data em este foi feito, logo pela manhã, não vai achar graça nenhuma (foi na data e hora da morte "dele").
Mais ideias para sua lápide
Aran & Castelo
O Agnóstico: Deus é grande, mas não é dois.
O Ansioso: Uma cueca limpa, por favor.
O Ateu: Tão bem vestido e nenhum lugar para ir...
O Britânico: Morri, presumo.
O Cego: Aqui onde?
O Cinéfilo: From Here to Eternity
O Ansioso: Uma cueca limpa, por favor.
O Ateu: Tão bem vestido e nenhum lugar para ir...
O Britânico: Morri, presumo.
O Cego: Aqui onde?
O Cinéfilo: From Here to Eternity
O Comunista: O Paraíso não
existe. Avisem Karl Marx. Pensando bem, Karl Marx também não existe. Esquece.
O Cri-cri: Volto a insistir: para mim isso foi só um
desmaio.
O Decorador: Aqui repousa Fabinho
Darling num caixão lindíssimo de mogno perolado, com luxuosas alças douradas em estilo Luiz XV. Acima,
mármore de Carrara marrom, combinando com o vaso de cerâmica marajoara. As
flores são manufaturadas em papel crepom
multicolorido e pintado à mão.
multicolorido e pintado à mão.
O Doente de hemorróidas: Ainda bem que não enterram a gente sentado.
O Editor: Fora de catálogo.
O Ejaculador precoce: Eu já esperava por isso, mas não tão rápido.
O Editor: Fora de catálogo.
O Ejaculador precoce: Eu já esperava por isso, mas não tão rápido.
O Empreiteiro: Este mausoléu é mais um empreendimento da Construtora Odebretch & Corleone, com o apoio do Governo Federal, Estadual e Municipal. Consulte nosso corretor.
O Enrustido: Aqui jaz Sebastião. Tião, para o pessoal da
obra. Sebás, para os íntimos.
O Esportista: Asa delta, nunca mais.
O Favelado: Aqui, mais uma casa própria entregue pela Nossa Caixa, Nosso Banco.
O Feirante: Olha o cadáver fresquinho, dona freguesa!
O Fotógrafo: Velei.
O Geólogo: É pau, é pedra, é o fim do caminho.
O Impotente: De pé, nunca mais.
O Juiz: Isso não é justo.
O Mal-humorado: Não incomodem.
O Místico: À margem do rio Piedra eu sentei e dancei.
O Pagodeiro: Favor não batucar na lápide.
O Paranóico: Ta olhando o quê?
O Proctologista: Tomei no cu.
O Punk: Enfim, podre.
O Segurança: Favor deixar o crachá visível.
O Telegrafista: Fim da mensagem Pt.
O Workaholic: Podem continuar rezando, que meu celular está tocando.
O Zumbi: Aqui jazia.
O Esportista: Asa delta, nunca mais.
O Favelado: Aqui, mais uma casa própria entregue pela Nossa Caixa, Nosso Banco.
O Feirante: Olha o cadáver fresquinho, dona freguesa!
O Fotógrafo: Velei.
O Geólogo: É pau, é pedra, é o fim do caminho.
O Impotente: De pé, nunca mais.
O Juiz: Isso não é justo.
O Mal-humorado: Não incomodem.
O Místico: À margem do rio Piedra eu sentei e dancei.
O Pagodeiro: Favor não batucar na lápide.
O Paranóico: Ta olhando o quê?
O Proctologista: Tomei no cu.
O Punk: Enfim, podre.
O Segurança: Favor deixar o crachá visível.
O Telegrafista: Fim da mensagem Pt.
O Workaholic: Podem continuar rezando, que meu celular está tocando.
O Zumbi: Aqui jazia.
Aran & Castelo, autores do livro "Aqui Jaz - O Livro dos Epitáfios", já fizeram suas opções: "Agora sim, espirituoso" e "Tô fora", respectivamente. O texto acima foi extraído do livro citado, Editora Ática - São Paulo, 1996, págs.
Várias ideias para sua lápide
Aran & Castelo
O Agrônomo: Favor regar o solo com Neguvon. Evita vermes.
O Alcoólatra: Enfim, sóbrio.
O Alcoólico Anônimo: Já que era pra acabar assim, preferia cirrose.
O Alérgico: Flores no túmulo do lado. Sou alérgico a pólen.
O Alpinista: Pra cima todo santo ajuda.
O Arqueólogo: Enfim, fóssil.
O Assistente Social: Alguém aí, me ajude!
O Baiano: Finalmente vou descobrir se o Caetano Veloso existe mesmo.
O Cangaceiro fanho: Tã mi dano um cangaço.
O Cartunista: Partiu sem deixar traços.
O Católico: Deus é grande, mas não é dois. É três.
O Curto e Grosso: Fodeu.
O Delegado: Tá olhando o quê? Circulando, circulando!
O Ecologista: Entrei
O Encanador
O Enólogo: Cadáver envelhecido em
caixão de carvalho, aroma de formol e aftertasling que denota a presença de
microorganismos diversos.
O Espiritualista: Volto já.
O Fanho: Anqui janz.
O Funcionário Público: É no túmulo ao lado.
O Garanhão: Rígido, como sempre.
O Herói: Corri para o lado errado.
O Hipocondríaco: Eu não disse que estava doente?
O Humorista: Isto não tem a menor graça.
O Jangadeiro Diabético: Foi doce morrer no mar.
O Jóquei: Cruzei o disco final.
O Judeu: O que vocês estão fazendo aqui? Quem está tomando conta da lojinha?
O Kamikaze: Cai matando.
O Latifundiário: Invasores serão expulsos à bala.
O Lobista: Tudo bem. Eu conheço um cara que é amigo de um primo de Deus.
O Maníaco Sexual: Deixo para trás os melhores ânus da minha vida.
O Megalomaníaco: Deus estava precisando de uma força.
O Micreiro: Por favor, me dê um restart.
A Ninfomaníaca: Uau, esses vermes insaciáveis vão me comer todinha.
O Obstetra: Morrer é um parto.
O Otimista: Pelo menos não pago mais imposto de renda.
O Paulistano: Ôrra, meu, que merda! Até aqui tem fila?!
O Pessimista: Aposto que está fazendo o maior frio no Inferno.
O Político de Esquerda: Mortos, fora do cemitério! Terra para quem trabalha!
O Psicanalista: A Eternidade não passa de um complexo de superioridade mal resolvido.
O Sanitarista: Sujou.
A Sex-Symbol: Agora, só a terra vai comer.
O Soldado Desconhecido: Quê? Eu seguro a bomba?
O Viciado: Enfim, pó.
Aran & Castelo, autores do
livro "Aqui Jaz - O Livro dos Epitáfios", já escolheram os seus:
"Agora sim, espirituoso" e "Tô fora...", respectivamente.
Pode-se dizer que é um tratado sobre epitáfios, sob a ótica do humor. O texto
acima foi extraído do livro citado, Editora Ática - São Paulo, 1996, págs. 11 a 56.
Nenhum comentário:
Postar um comentário