Lisiane Mossmann
1792 a mulher começa a exigir seu direito ao voto na Inglaterra, além de ser o ano em que Mary Wollstonecraft escreveu A Vindication of the Rights of Woman, defendendo educação para meninas aproveitarem seu potencial.
1827 a primeira lei sobre educação para mulheres é proclamada no Brasil, mas restringindo o acesso às escolas elementares.
1857 na cidade de Nova York, 129 operárias de uma indústria têxtil morrem queimadas em ação policial ao reivindicarem a redução da jornada de trabalho para 10 horas diárias, além da licença maternidade.
1862 as mulheres suecas votam pela primeira vez.
1879 as mulheres brasileiras conseguem o direito de frequentar instituições de ensino superior, mesmo sob críticas da sociedade.
1893 as mulheres neozelandesas conquistam o direito ao voto.
1915 a Caixa Econômica Federal institui novo regulamento que permitia às mulheres casadas terem seus próprios depósitos bancários, desde que não houvesse a objeção do marido.
1917 Deolinda Daltro, professora e fundadora do Partido Republicano Feminino, lidera passeata exigindo que o voto fosse estendido às mulheres.
1920 acontece, nos Estados Unidos, o movimento das sufragistas.*
* Aquelas que defendem a extensão dos votos a todos, sem distinção de raça, sexo, poder econômico, origem etc.
1922 fundada a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF), por Bertha Lutz, a principal articuladora feminista do período.
1928 Juvenal Lamartine, governador potiguar, consegue alterar lei eleitoral para dar direito de voto às mulheres, no entanto, os mesmos acabaram anulados. No mesmo ano, a primeira prefeita da história brasileira foi eleita: Alzira Soriano de Souza, em Lajes, Rio Grande do Norte.
1932 o novo Código Eleitoral Brasileiro é, finalmente, promulgado por Getúlio Vargas, dando direito ao voto para as mulheres. No mesmo ano, Maria Lenk seguiu para Los Angeles como a única mulher da delegação olímpica daquele ano.
1934 eleita a primeira deputada do país, Carlota Pereira Queiróz. No período da Segunda Guerra, surgiu a imagem da operária Geraldine Hoff, simbolizando a luta das mulheres que assumiram os postos de trabalho no lugar dos homens que foram para o conflito.
1945 a Carta das Nações Unidas reconhece, em documento internacional, a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
1951 a Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprova a igualdade de remuneração entre homens e mulheres em funções iguais.
1961 criada a primeira pílula anticoncepcional via oral.
1974 Isabel (Isabelita) Perón torna-se a primeira mulher presidente de uma nação, a Argentina.
1975 proclamado o Ano Internacional da Mulher e, no mesmo ano, foi realizada a 1ͣ Conferência Mundial sobre a Mulher, na qual foi criada um plano de ação.
1977 Rachel de Queiroz se tornou a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras.
1985 criada a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher, em São Paulo, além da aprovação do projeto de lei que instituiu o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.
1988 avanços na Constituição Brasileira por meio do lobby do batom, garantindo direitos e deveres iguais entre homens e mulheres perante a lei.
1994 Roseana Sarney é eleita como a primeira governadora de um estado brasileiro, o Maranhão, sendo reeleita quatro anos depois.
1996 instituído o sistema de cotas na Legislação Eleitoral brasileira, garantindo a inscrição mínima de 20% nas chapas. Nesse mesmo ano, Nélida Piñon é a primeira mulher a se tornar presidente da Academia Brasileira de Letras.
1998 Benedita da Silva torna-se a primeira mulher a presidir uma sessão do Congresso Nacional.
2005 Angela Merkel eleita a nova chanceler alemã, a primeira mulher a ocupar o cargo na história.
2006 sancionada a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), que aumentou o rigor nas punições em crimes contra a mulher.
2010 Dilma Roussef é eleita como a primeira presidente mulher do Brasil.
2015 sancionada a Lei do Feminicídio, colocando o assassinato de mulheres entre os crimes hediondos.
2017 o movimento #MeToo ganhou força globalmente, com mulheres denunciando assédio sexual e abuso em várias indústrias.
(Correio do Povo, 8 de março de 2024)
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