quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Receita para o ano de 2022

 

Se a boca do mundo

disser que não há saída,

TENTA! 

Se continuar de pé for difícil,

e não quiseres deitar,

SENTA! 

Se sentires esgotadas

todas as possibilidades reais,

INVENTA! 

Se a dúvida te algema

e a incerteza te acorrenta,

ARREBENTA! 

Se tudo te empurrar

para trás e para frente

e não der para correr

VAI NA LENTA! 

Se as carpideiras do azar

pintarem de negro o teu destino,

AFUGENTA! 

Se o desconsolo cantar coro

e te batizar de água benta;

se tudo o que souberes

não bastar outra aprendizagem,

EXPERIMENTA! 

Se a legião de problemas

marchar contra ti,

desde a década de noventa: 

TENTA! 

INVENTA! 

AFUGENTA! 

ARREBENTA! 

EXPERIMENTA! 

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Uma belíssima canção italiana

 

La più Bella del mondo 

Marino Marini − 1957 

Tu sei per me

la più bella del mondo

e un amore profondo

mi lega a te.

 

Tu sei per me

una cara bambina

primavera divina

per il mio cuor.

 

Splende il tuo sorriso,

sul dolce tuo bel viso,

e gli occhi tuoi sinceri

mi parlano d'amor.

 

Tu sei per me

la più bella del mondo

e un amore profondo

mi lega a te.

Tutto, tu sei per me.

A mais Bela do mundo 

Tradução 

Tu és pra mim

a mais bela do mundo,

e um amor profundo

me prende a ti.

 

Tu és pra mim

uma cara menina,

primavera divina

para o meu coração.

 

Brilha o teu sorriso,

no doce rosto teu,

e os olhos teus sinceros

me falam de amor.

 

Tu és pra mim

a mais bela do mundo,

e um amor profundo

me prende a ti.

Tudo, tu és pra mim.


P.S. Há, na internet, várias interpretações dessa música. As melhores são dos cantores Fred Bongusto, italiano e Celso Fonseca, brasileiro.

Mas, na minha opinião, a melhor interpretação é de: Ocsi Baranyi / cover

Música italiana com batida no violão de bossa nova e interpretação levemente cool.

Deixem-me envelhecer

 Concita Weber

 

Deixem-me envelhecer sem compromissos e cobranças,
Sem a obrigação de parecer jovem e ser bonita para alguém.
Quero ao meu lado quem me entenda e me ame como eu sou,
Um amor para dividirmos tropeços desta nossa última jornada.
 

Quero envelhecer com dignidade, com sabedoria e esperança,
Amar minha vida, agradecer pelos dias que ainda me restam.
Eu não quero perder meu tempo precioso com aventuras,
Paixões perniciosas que nada acrescentam e nada valem.
 

Deixem-me envelhecer com sanidade e discernimento,
Com a certeza que cumpri meus deveres e minha missão.
Quero aproveitar essa paz merecida para descansar e refletir,
Ter amigos para compartilharmos experiências, conhecimentos.
 

Quero envelhecer sem temer as rugas e meus cabelos brancos,
Sem frustrações, terminar a etapa final desta minha existência.
Não quero me deixar levar por aparências e vaidades bobas,
Nem me envolver com relações que vão me fazer infeliz.
 

Deixem-me envelhecer, aceitar a velhice com suas mazelas,
Ter a certeza que minha luta não foi em vão: teve um sentido!
Quero envelhecer sem temer a morte e ter medo da despedida,
Acreditar que a velhice é o retorno de uma viagem, não é o fim.
 

Não quero ser um exemplo, quero dar um sentido ao meu viver,
Ter serenidade, um sono tranquilo e andar de cabeça erguida,
Fazer somente o que eu gosto, com a sensação de liberdade,
Quero saber envelhecer, ser uma velha consciente e feliz!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Provérbios Judaicos

  

Não se aproxime de uma cabra pela frente, de um cavalo por trás ou de um idiota por qualquer dos lados. 

O que você não vê com os seus olhos, não testemunhe com a sua boca. 

Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães. 

Não há melhor negócio que a vida. A gente a obtém a troco de nada. 

A ousadia leva ao êxito. 

Não sejas doce demais para não seres devorado. Nem sejas amargo demais para não seres cuspido fora. 

Para o ignorante, a velhice é o inverno; para o instruído é a estação da colheita. 

O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre em tudo o que diz. 

Os homens se preocupam com a perda das suas posses, quando deveriam se preocupar com a perda dos seus dias, que jamais serão devolvidos. 

Um cirurgião bom tem o olho de uma águia, o coração de um leão, e a mão de uma senhora. 

Tome o café da manhã como um rei, almoce como um príncipe, jante como um miserável. 

Não me faça nenhuma pergunta, e eu não lhe direi nenhuma mentira. 

Todos os gatos adoram peixe, mas odeiam ficar com as patas molhadas. 

Corte o seu casaco de acordo com seu tecido.

Dê a seu filho raízes. Mais tarde, asas. 

O seu amigo tem um amigo. O amigo de seu amigo tem um amigo. Portanto, saiba quando ficar em silêncio. 

O amor não é apenas um sentimento; é, acima de tudo, uma ação.

Nada mais que palavras...

 Palavras são palavras, nada mais que palavras... 

(Valfrido Canavieira, parodiando Shakespeare)

Naquela que é, talvez, uma de suas peças mais estudadas, comentadas e encenadas, a tragédia de “Hamlet”, o dramaturgo William Shakespeare descreve em cena do Segundo Ato, a conversa entre Polônio, pai de Ofélia e o próprio protagonista, que caminha fingindo ler um livro. Perguntado sobre o que está lendo, Hamlet, no seu exercício de dissimulada loucura responde: 

“Palavras, palavras, palavras, nada mais que palavras…”. 

Ou seja, tudo que eu ouvi, li de terceiros e o que algumas pessoas prometeram a mim, são apenas palavras, palavras, palavras, nada mais que palavras. 

*******

O palhaço Grock

 

Grock era um suíço que se orgulhava de ser palhaço. Em outubro de 1955, deu, em Hamburgo, na Alemanha, seu festival de despedida do picadeiro, por ter completado 75 anos de idade. A respeito de Grock, entre outras histórias, conta-se a seguinte anedota: 

Certa vez, compareceu ao consultório de um afamado psiquiatra, em Berlim, um sujeito profundamente abatido. 

− Doutor − disse o cliente − vim consultá-lo porque tenho medo de enlouquecer. Não acho graça em nada e nada encontro que me faça rir. 

− À primeira vista, penso que seu caso não é grave, − respondeu o doutor, olhando-o por cima dos óculos. − Seu aspecto é bom e saudável. Deve procurar distrações, frequentar lugares alegres. Estou certo de que recuperará o bom humor. A propósito, por que não vai ao circo? Lá há um palhaço irresistível. Está fazendo um grande sucesso e ninguém deixa e dar boas gargalhadas ao ouvi-lo... Por que não vai vê-lo? 

− Não adianta. Vou ao circo todas as noites e não lhe acho graça... 

− Não diga... 

− Digo, sim, senhor. Eu sou Grock, o palhaço! 

(Do Alamanhaque do Barão de Itararé, de 1955)

Grock, 10 de janeiro de 1880, Loveresse, Suíça − 14 de julho de 1959, Impéria, Itália, era um palhaço, compositor e músico suíço. Chamado de “o rei dos palhaços” e “o maior dos palhaços da Europa”, Grock já foi o artista mais bem pago do mundo.


Do caminho

 O poeta espanhol Antônio Machado é responsável por uma das mais belas poesias sobre o Caminho de Santiago.

Caminhante

Caminhante, são teus passos
o caminho e nada mais;
Caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar se faz caminho,
e ao voltar a vista atrás
se vê a senda que nunca
se voltará a pisar.
Caminhante, não há caminho,
senão escumas ao mar
 

Antonio Machado

Poema XXIX de Provérbios y Cantares 

Poema original, em espanhol: 

Caminante

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.
 

Antonio Machado

Poema de forma literária 

Caminhante

Caminhante, o caminho é feito por seus passos.

Caminhante, não há caminho, o caminho é feito ao andar.

Andando, se faz o caminho

e se você olhar para trás

tudo que verá são as marcas de passos

que algum dia seus pés tornarão a percorrer.

Caminhante, não há caminho,

o caminho é feito ao andar. 

(Com tradução livre)

domingo, 26 de dezembro de 2021

Histórias de gente que navega na internet

 

Homem ou Mulher? 

A mulher acessa um chat, quando um Nick meio estranho lhe pergunta: 

- Quer teclar? 

A mulher: 

- Você é homem ou mulher? 

Nick meio estranho: 

- Você quer ou não quer teclar? 

A mulher: 

- Depende! Você é homem ou mulher? 

Nick meio estranho: 

- Adivinhe? 

A mulher: 

- Ok... Me diz aí cinco marcas de cerveja... 

Nick meio estranho: 

- Brahma, Skol, Antártica, Bohemia, Polar... 

A mulher: 

- Ótimo! Agora me diz cinco marcas de camisinha. 

Nick meio estranho: 

- Jontex, Prosex... Hummm... Tá difícil... 

A mulher: 

- Você é homem, com certeza! 

Nick meio estranho: 

- Sou, sim... Mas... como você descobriu? 

A mulher: 

- Fácil! Você bebe mais do que trepa. 

Casalzinho na cama... 

Homem: 

− Ai, amorzinho... caiu de novo! 

Mulher:

− De novo? Ai, meu Deus... O que está acontecendo? 

Homem: 

− Você vem perguntar pra mim? 

Mulher: 

− Não estou gostando nada disso! - Você não quer tentar mais uma vez? 

Homem: 

− Já estou tentando... Vamos lá... 

Mulher: 

− Tudo bem, amor... Deixa pra lá... Você quer uma bebidinha pra relaxar? 

Homem: 

Daqui a pouco, amor... Ah, agora vai, agora vai... Está quase, está quase! 

Mulher: 

− Ahhhhh... Caiu de novo... Vamos deixar pra amanhã, querido... 

Homem: 

− Saco! Deve ser algum problema com o provedor... 

Incrível sabedoria 

Um homem, impressionado com tudo o que o computador era capaz de fazer, de inteligência tão grandiosa, sentou-se na frente do teclado e escreveu: 

- Ó máquina maravilhosa, por que não falas?

E a máquina respondeu: 

- Eu não falo, computo!

 

São assim as árvores

 Deep

São assim as árvores: cúmplices e companheiras num aparente mutismo. Por vezes, sob o impulso do vento, esse agitador, sussurram-nos suaves melodias, outras parecem protestar de uma raiva desconhecida, agitando os ramos e as frágeis folhas. 

São incoerentes as árvores: vestem-se quando o calor se avizinha e despem-se, atirando com fingida displicência a folhagem ao chão, quando o frio ameaça e, depois, se impõe. 

São assim as árvores: generosas – e gratas − na partilha do fruto, da lenha e da sombra, numa obediência voluntária às necessidades dos homens. 

Como anciãos experientes e sábios, as árvores falam-nos, sem voz que se ouça, do tempo, do que passou e do que há de vir. 

São assim as árvores: monumentos de raízes no chão e de braços erguidos ao céu, agradecendo a chuva que as alimenta e o sol que as ilumina e revigora. 

(Do Blog letras são papéis)

sábado, 25 de dezembro de 2021

Como alguém pode defender a caça?

 Que diversão pode haver em matar um animal? 

Bruna Lombardi

Vocês também chegam exaustos neste final de ano? Sei que é tempo de festejar e queria dizer coisas alegres, no espírito do momento, mas depois de tempos intensos e noticiários estarrecedores, me pergunto como anda a nossa evolução. 

Uma dessas questões foi a caça, o conceito de matar um animal por diversão. Por mais que eu tente compreender o ser humano, tem coisas que fogem do meu alcance. Como alguém pode se divertir matando um animal? Tirar a vida de um bicho lindo e indefeso sem nenhuma razão? Como alguém pode defender a caça? O ato covarde de atirar de longe num animal, que tipo de diversão é essa?! 

Viralizou nas redes uma foto de uma família armada posando com crianças e orgulho ao lado de uma girafa morta. Como alguém atira num animal lindo e doce e um alvo tão fácil de acertar? Quem são esses criminosos? Uma família inteira de psicopatas? 

Alguém me explica isso!? 

Fiquei horrorizada e, conversando sobre isso com amigos num almoço, disse que acreditava na Lei do Carma: quem cometia um crime desses só podia carregar uma tremenda carga negativa pro resto da existência. Nem todos concordam com as leis do Universo, mas pelo menos todos concordaram que caçar e matar um animal por diversão é um crime hediondo. 

Foi aí que alguém lembrou do Hemingway, que além de grande escritor foi um caçador notório. Na época, a ficha da crueldade e da extinção ainda não tinha caído, argumentei. A consciência do mundo vem aos poucos, demorada. 

Despertamos devagar. E completei dizendo que Hemingway não deixa de ser uma prova da ação do Carma, pois ele mesmo acabou dando um tiro na própria cabeça, e a tragédia de sua família durou gerações. 

Como é possível que se defenda a caça? Quem mata um animal e sente prazer nisso gosta que os outros sofram. Existe um potencial de maldade que faz pessoas assim não terem a menor empatia. São movidos pelo ódio, sentimento coletivo presente em todas as atrocidades que conhecemos através da História. 

No Império Romano, cristãos eram jogados aos leões, enquanto a grande massa torcia pelo momento culminante. Ver a agonia de quem estava sendo devorado era a suprema diversão. 

Em cada época, há uma sequência de massacres, e sem evolução continuaremos pessoas cruéis, indiferentes, sádicas com o sofrimento alheio. O ódio é o grande vírus que atravessa os tempos e está presente em cada espetáculo da morte. Nas praças públicas, assistia-se a enforcamentos, guilhotinas, fogueiras que queimavam as bruxas. A ignorância gera embrutecimento, violência, guerras, brutalidade. 

No Natal, comemoramos o nascimento de Jesus que, vítima do ódio, foi crucificado. Talvez ainda seja preciso mais tempo, mais gerações para que se compreendam e sigam as palavras de Jesus. Talvez depois de pandemias e cataclismos climáticos finalmente a humanidade possa se transformar. Possa despertar e desabrochar seu incomensurável amor. 

Que a consciência coletiva descubra que o amor por todo ser vivo e pela natureza é o patamar mais elevado da categoria humana. E é a única coisa que pode nos salvar. 

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(Do caderno Vida, de Zero Hora, dezembro de 2021)

Festa com “mui amigos” e com amigos de verdade.

  Sua infantaria 

Fabrício Carpinejar

É fazendo uma festa que você vai descobrindo quem são os seus amigos do peito. 

O primeiro batalhão a dar tchau é constituído dos colegas de ocasião, os que só passaram pelo encontro para bater ponto e não carregarem a pecha de que foram ausentes. O mais importante para eles é alegar que compareceram. Marcam presença, e desaparecem. São os políticos do seu status, ligados ao seu prestígio e influência. Ficam, no máximo, uma hora conversando, bebem uma cerveja, chamam atenção e saem sem avisar. Têm outros compromissos agendados na mesma hora. 

O segundo batalhão a ter baixa são os convidados de outros convidados. Empenham-se em se enturmar, localizar afinidades e não acabar sendo considerados penetras. Representam os perguntadeiros de onde você é e com quem você trabalha. Permanecem até a primeira hora da madrugada. Usam aquela reunião como aquece para uma balada, aproveitando a bebida de graça e, se possível, garantindo um rango para forrar o estômago. 

O terceiro batalhão traz os contatos mais antigos, que há muito tempo não via. São os observadores dos seus novos laços. Não se movimentam, blocos parados e invejosos da celebração. Mofam no sofá ou nas cadeiras, reparando na dança e na alegria dos outros de longe. Confundem a sua casa com recepção de hotel. Parecem tristes, nostálgicos, deslocados. Reclamam do funk e do sertanejo: “isso não é música”. Não duram a festa inteira − desistem na metade. 

No quarto batalhão, estão os seus cúmplices do trabalho, do seu dia a dia, com quem tem o hábito de falar frequentemente. Puxam as rodas, baixam as bebidas do congelador, atendem a porta, movimentam-se com fluência. São os donos substitutos da casa. Entram nos quartos e apresentam os espaços para os novatos. Vão embora apenas de manhã. 

Seus amigos de verdade serão aqueles que se preocuparão em ajudar a limpar a bagunça. Os que restam depois da festa. 

São três ou quatro pessoas que se importam com você, além das circunstâncias favoráveis. Dirá para eles que não precisa de ajuda, mas eles insistirão, não aceitarão largá-lo com a residência pelo avesso. São agradecidos pelo tempo e pelo espaço oferecidos. Recolhem os copos pelas estantes, andam com sacos de lixo para catar garrafas pelos cômodos, varrem a sujeira mais visível do tapete, vasculham a situação dos banheiros, deixam um pano no chão da cozinha, lavam e secam a louça. 

De todo o seu exército, essas figuras são as mais leais, as mais parceiras, com as quais você pode contar na tristeza. Formam a sua fileira de frente, a infantaria das suas confissões, que carregará o estandarte dos seus segredos. 

O que os quatro primeiros batalhões nunca saberão é que as melhores conversas e gargalhadas surgem na faxina, recordando as histórias e as revelações da noite. 

É o momento do café da manhã, com omelete, torrada e suco. Uma canção baixinha e carinhosa começa a tocar dentro dos corações, no meio do silêncio da intimidade. A gentileza recebe os raios do sol e você enxerga quem estará ao seu lado a vida inteira. 

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(Em Zero Hora, dezembro de 2021) 

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Um belo texto sobre a...

 GRATIDÃO 

Por Katiúscia Rabelo Ferreira

Nasci no lar que precisava nascer, visto o corpo físico que mereço, moro no lugar onde Deus escolheu como sendo o melhor pra mim neste momento. Possuo os recursos financeiros coerentes com as minhas necessidades do momento... Nem menos nem mais, mas o justo para as minhas lutas. 

O ambiente de trabalho que tenho, elegi por espontânea vontade para realização pessoal. 

Meus parentes e amigos são as almas atraídas por afinidade. 

O meu destino está alinhado com minhas decisões. 

Eu escolho, recolho, elejo, atraio, busco, expulso e modifico tudo aquilo que me rodeia nesta existência. 

Meus pensamentos e vontades são a chave dos meus atos e atitudes. 

Não reclamo e nem me faço de vítima. 

Antes de tudo, analiso e observo. 

A mudança está em minhas mãos. 

Reprogramo as minhas metas e busco o bem para viver melhor sempre que necessário. 

Embora eu não possa voltar atrás e fazer um novo começo, posso começar agora e fazer um novo fim. 

Ganhei de presente mais um ciclo e nele pretendo fazer o melhor que puder... 

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Jesus merece ser celebrado

 David Coimbra

Ele foi o homem mais importante da história ocidental, só que não pela religião, e sim pela filosofia. O Ocidente é o que é graças a Jesus. 

A religião atrapalha quando você tenta dimensionar a figura de Jesus. Porque Jesus foi o homem mais importante da história ocidental, só que não pela religião, e sim pela filosofia. 

As ideias de Jesus mudaram o mundo. Não a crença; as ideias. 

Até o surgimento dele, a desigualdade entre os seres humanos era vista como algo natural. Platão defendia o governo aristocrático dos mais sábios e Aristóteles dizia que a escravidão era uma condição do próprio ser. Ou seja: a pessoa nascia para ser escrava e viveria melhor sendo escrava. 

As primeiras considerações morais de uma religião foram feitas pelos egípcios. Eles acreditavam que, depois que a pessoa morria, ela era julgada no Tribunal de Osíris. A principal cerimônia desse julgamento era presidida pela deusa Maat, uma bela morena que tinha asas sob os braços e que enfeitava os cabelos negros com uma pena de avestruz. Essa pena Maat colocava no prato de uma balança e a apresentava ao réu, que devia acomodar o próprio coração no outro prato. Se seu coração fosse mais pesado do que a pena, significava que estava cheio de pecados que cometera em vida e ele era condenado sem direito a apelar para o STF. 

Então os egípcios tentavam ser bons em vida para não serem condenados após a morte. 

Gregos e romanos não incorporaram essa noção moral dos egípcios. Para seus deuses, pouco importava se os homens fossem bons ou maus, desde que lhes prestassem homenagens e lhes fizessem sacrifícios. Os deuses greco-romanos apreciavam a bajulação mais do que a decência. 

Jeová, dos antigos hebreus, fazia mais exigências éticas. Começou com os 10 Mandamentos e foi se aperfeiçoando na poeira dos séculos. Por volta de 750 antes de Cristo apareceu o terrível profeta Amós, o primeiro socialista da Humanidade, que defendia os pobres e amaldiçoava os ricos. Sua pregação era uma denúncia: 

“Vendem o justo por dinheiro, o indigente por um par de sandálias, esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível!” 

“Ai dos que vivem tranquilos em Sião! Dos que estão confiantes no Monte da Samaria! (...) Ai dos que se deitam em camas de marfim ou se esparramam em cima dos coxins, comendo cordeiros do rebanho, vitelos cevados em estábulos! (...) Acabou a festa dos boas-vidas!” 

Os profetas tornaram o judaísmo uma religião asperamente moral. 

Jesus bebeu dessa ética, mas foi adiante. Jesus dizia que todos somos irmãos, pregava contra a vindita e, ousadia inominável até os dias de hoje, intimava os homens a amar os próprios inimigos. Pela primeira vez na História, o amor ao próximo se transformou na maior valência do caráter humano.

O Ocidente é o que é graças a Jesus. A Declaração dos Direitos Humanos, a Revolução Francesa, o voto universal, a abolição das escravaturas, o feminismo, o antirracismo, os direitos dos homossexuais, a ideia de que todas as pessoas nascem iguais, independentemente da melanina, do gênero ou dos atributos físicos, tudo isso é fruto da filosofia de Jesus. 

Jesus merece ser celebrado. Feliz Natal. 

(Do jornal Zero Hora, 24 de dezembro de 2021)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Como jogar poker

 

Em ordem crescente do jogo menor ao maior. 

Se dois jogadores ficarem numa final com o mesmo jogo, ganhará a mão se acontecer uma dessas circunstâncias: 

01. Carta alta (High Hand): De cinco cartas, sem formar pares, nem sequência, ganha quem tiver, pelo menos, uma carta mais alta. 

02. Um par (One Pair): ganha quem tiver o par mais alto. 

3. Dois pares (Two Pairs): ganha quem tiver, pelo menos, um par mais alto do que o do adversário. 

04. Trinca (Three of Kind): ganha que tiver a trinca maior. 

05. Sequência (Straight): ganha que tiver a sequência começando por uma carta mais alta. 

06. Cor (Flush) todas as cartas com o mesmo naipe sem formar sequência: ganha que tiver, pelo menos, uma carta mais alta do que a do adversário. 

07. Fula (Full House) três cartas com a mesma figura (ou números) e mais duas cartas com a mesma figura (ou números): ganha quem tiver o par maior. 

08. Quadra (Four) quatro cartas com a mesma figura (ou com os mesmos números: ganha que tiver a quadra com figuras maiores (ou os números maiores). 

09. Sequência de Cor (Straight Flush) uma sequência com os mesmos naipes, iniciando por cartas baixas. 

10. Sequência Real (Royal Straight Flush): sequência de mesmo naipe, iniciando por Ás, Rei, Dama, Valete e Dez. 

P.S. É raro algum jogador desejar trocar quatro cartas, pois isto reduziria a possibilidade de melhorar a mão. Em alguns lugares só se permite a troca de quatro cartas ao primeiro jogador. Em geral, os jogadores trocam uma, duas ou três cartas. Se alguém receber um jogo feito, não precisará trocar cartas, pois cada mão de poker consiste a cada jogar receber cinco (5) cartas.

NSM 

Um ano de esperança

 

Ano novo é tudo novo
no sentimento da gente,
porém preserve do antigo
o que lhe empurrou pra frente
junte tudo que prestou
misture com muito amor
e faça um mundo diferente.
 

Preserve os beijos, os cheiros,
os chamegos de amor,
as gargalhadas mais altas,
as piadas que contou,
e se a tristeza apertar
basta você se lembrar
dos sorrisos que arrancou.
 

O meu ou o seu caminho
não são muito diferentes,
tem espinho, pedra, buraco
pra mode atrasar a gente.

Não desanime por nada,
pois até uma topada
empurra você pra frente!
 

Continue sendo forte,
tenha fé no criador,
fé também em você mesmo.
Não tenha medo da dor,
siga em frente a caminhada.
Saiba que a cruz mais pesada
o filho de Deus carregou.
 

Bráulio Bessa

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Frases de humor para pensar

 

Amor não é aquela coisa colorida onde tudo se encaixa, o nome disso é lego. (Dani Calabresa) 

Se não fosse tão importante se chamaria Aquecimento da Record, não Aquecimento Global. (Oscar Filho) 

Deus criou a vida para que cada um cuidasse da sua; e Mark Zuckerberg criou o facebook para que todo mundo cuidasse da vida de todo mundo. (Dani Calabresa) 

O videogame influencia a conduta? Bobagem. Já viu alguém por aí pisando em tartarugas e buscando princesas? (Rafinha Bastos) 

Tem que estudar, se não estudar vai virar o quê? Político? (Rafinha Bastos) 

No albergue, o chuveiro tinha quente e frio. O frio vinha do Alasca, o quente vinha do inferno. (Fábio Porchat) 

Quando você quer se achar, você se procura no google? (Marcelo Adnet) 

Diga a uma mulher que ela é teimosa... ela vai negar até a morte. (Marco Luque) 

Antes que eu discurse, tenho algo importante para dizer. (Groucho Marx) 

A sinceridade e a honestidade são as chaves do sucesso. Se puderes falsificá-las, estás garantido. (Groucho Marx) 

Eu, realmente, acho que é melhor falhar em algo que você ama do que ser bem sucedido em algo que você odeia. (George Burns) 

Nós, os humoristas, temos bastante importância para ser presos e nenhuma importância para ser soltos. (Millôr Fernandes) 

Fui preso três vezes: por ser jornalista, radialista e humorista. Se soubesse, seria corrupto. (Ediel) 

As pessoas necessitam situar o diferente, em um local já conhecido. (Rafael Cortez) 

Chato é o indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele. (Millôr Fernandes) 

Às vezes eu preciso do que só você pode me dar: sua ausência (Ashleigh Brillian) 

Não quero alcançar a imortalidade através do meu trabalho. Quero consegui-la sem morrer. (Woody Allen) 

O problema é que as pessoas sabem pouco, mas falam demais. (Kurt Smith) 

Amigo, de início falam que tu não vais conseguir, depois te perguntam como tu conseguiste. (Anônimo)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Assim não dá para se comunicar

 

Parece uma anedota, mas é verdade. Lembrei-me de uma amiga minha que fazia um curso qualquer e, logo no primeiro dia de aula, perguntou para uma senhora que se sentava ao lado dela: 

− A senhora pode me emprestar uma caneta? A minha falhou. 

− Não tem problema − respondeu a outra. − Mas em chame de tu, tá? 

Da próxima vez que minha amiga foi conversar com ela, começou assim: 

− Ô, Tuta, tu sabes o que... 

A outra interrompeu: 

− Eu não me chamo Tuta. 

Minha amiga ficou constrangida. Tentou consertar: 

− Certo. A senhora, por acaso, sabe o que... 

A outra interrompeu de novo: 

− Me chama de tu, tá? 

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P.S. Parte da uma crônica “Uma das tramas mais originais da história”, de David Coimbra, em Zero Hora.

domingo, 19 de dezembro de 2021

Segura na mão de Deus

 Padre Marcelo Rossi

Se as águas do mar da vida quiserem te afogar,

Segura na mão de Deus e vai.

Se as tristezas desta vida quiserem te sufocar,

Segura na mão de Deus e vai. 

Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus,

Pois ela, ela te sustentará.

Não temas, segue adiante e não olhes para trás,

Segura na mão de Deus e vai. 

Se a jornada é pesada e te cansas da caminhada,

Segura na mão de Deus e vai.

Orando, jejuando, confiando e confessando,

Segura na mão de Deus e vai. 

Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus,

Pois ela, ela te sustentará.

Não temas, segue adiante e não olhes para trás,

Segura na mão de Deus e vai. 

O Espírito do Senhor sempre te revestirá,

Segura na mão de Deus e vai.

Jesus Cristo prometeu que jamais te deixará,

Segura na mão de Deus e vai. 

Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus,

Pois ela, ela te sustentará.

Não temas, segue adiante e não olhes para trás,

Segura na mão de Deus e vai. 

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P.S. Esta canção do padre Marcelo Rossi está na internet.

A vitória é uma espada

 Monja Coen

“A vitória é uma espada. Não se pode sentar sobre ela.” Essa frase foi do Dunga, ex-treinador da Seleção Brasileira de futebol. Estávamos juntos em um evento e compartilhamos uma refeição, ao final de nossas falas a um grande público. Isso foi há alguns anos... 

Nunca me esqueci dessa preciosa frase de sabedoria. Quando achamos que conseguimos, que está ganho e tudo certo, se sentarmos sobre a vitória ela nos cortará ao meio. É preciso continuar treinando, se aperfeiçoando, num processo contínuo. 

No domingo passado (12.12.2021), em Abu Dhabi, vimos o caso do piloto da Mercedes-Benz Lewis Hamilton, representando a Inglaterra no Mundial de Fórmula 1. Ele liderava a prova desde a largada. Já saiu na frente do único outro piloto que poderia ser competição para ele, Max Verstappen, da Holanda e da Red Bull. Quando já estava há mais de 15 ou 17 segundos de distância e faltavam poucas voltas, a vitória parecia garantida, mas houve um acidente com um outro piloto. Ninguém se feriu. Mas durante o tempo que levaram para retirar o carro quebrado da pista, foram várias voltas lentas pelo circuito. Durante esse tempo, Max ficou exatamente atrás de Hamilton. Quando foi permitido voltar a correr, já era a última volta. No finalzinho dessa última volta, Verstappen passou Hamilton e ganhou. 

Sem sair do carro por alguns momentos, Hamilton, que já estava sentindo a taça em suas mãos, ficou pasmo. 

Já Verstappen, emocionado, saiu do carro e se escondeu atrás do pneu traseiro e chorou agachado. Ele não esperava ganhar. E Hamilton, que já se considerava vitorioso, perdeu. Acidentes de percurso. Até o último instante não sabemos exatamente o resultado. Tudo pode mudar. 

A frase de Dunga novamente se mostrou verdadeira. Quantos de nós, quando achamos que temos tudo ganho e tudo feito, nos sentamos no sucesso, na vitória e somos partidos ao meio, cortados, atravessados, pois deixamos de acelerar ou não tomamos as medidas adequadas, pensando que a vitória já era nossa. 

Cuidado! O ano está findando. Se você acha que saiu vitorioso, vitoriosa, não pare de manter a atenção e o cuidado amoroso. 

Da mesma maneira, a mente desperta − chamada de Mente Bodai − precisa ser protegida e estimulada constantemente. Não existe um despertar e depois descansar. Há inúmeros momentos de clareza, de apreciação. Mas a prática é incessante. Se você achar que já sabe tudo, que já atingiu seus objetivos, cuidado. É exatamente aqui onde não deve parar. 

“Sei que nada sei” é outra frase boa de nos lembrarmos. Sempre há mais a aprender. Sabemos tão pouco. 

Certa vez, Buda estava na floresta com seus discípulos. Havia muitas folhas no chão. Ele apanhou uma mão cheia de folhas e perguntou: “Há muitas folhas aqui em minha mão?”. Responderam: “Sim, mestre, muitas folhas”. 

“Em relação a todas as folhas desta floresta, será que aqui há muitas folhas?” 

“Certamente que não, mestre. Há muito mais folhas em toda mata.” 

“Pois o que eu ensino a vocês é como este punhadinho de folhas em minhas mãos. Há muito, muito mais a descobrir e alcançar.” 

Lembrem-se bem. Há muito mais a ser feito e obtido. Não se aquiete por ter ganho algumas posições e condições benéficas. Sem ganância, mas com ativa persistência, procure sempre produzir melhores condições para uma vida plena, saudável, onde todos cuidam de todos com respeito e dignidade. 

Ainda há tanto a ser feito. 

Mãos em prece

(Em Zero Hora, dezembro de 2021) 

Resistência

 Paulo Mendes

No poema “Palanque de amansar potro”, o pajador missioneiro Jayme Caetano Braun ciência: “Este palanque cravado ali na frente da estância/Tenho visto desde a infância levar trombada e tirão/Sem afrouxar o garrão embora todo lanhado/De mordida de aporreado e casco de redomão.” É uma imagem típica das antigas fazendas de criação de gado, retrato de uma época abarbarada, mas também é uma metáfora da vida, da vida campeira.  É preciso resiliência para poder sobreviver, é preciso garra, denodo, persistência e muita, muita resistência. Assim é em quase todos os setores da existência humana. Senão sobra apenas a derrota, a desistência e o medo. Aconteça o que acontecer, temos e devemos seguir em frente, sem afrouxar o garrão. Mesmo com algumas marcas e cicatrizes, “embora todo lanhado”, seguiremos em frente, porque foi para isso que estamos aqui, para sermos uma espécie de palanque cravado, para servir de abrigo aos desesperançados, aos deserdados da sorte e aos que nunca tiveram voz. “As Campereadas” dão voz a essa gente que trabalha e luta, no campo e na cidade, por um prato de comida e um pelego para dormir. 

(...) 

(Parte de uma crônica da coluna Campereadas,no Correio do Povo, dezembro de 2021)


sábado, 18 de dezembro de 2021

O garoto sabe-tudo

 

O garoto precisava de dinheiro para comprar um skate, brinquedo que está na moda, e sua mesada já tinha sido toda gasta em bobagens. Bolou um plano: chegou para a mãe e disse, baixinho, no seu ouvido: 

− Eu sei de tudo! 

A mãe toma um susto e fala pra ele: 

− Por favor, não fala nada pro teu pai, toma aqui 100 reais e fica de boca calada. 

O menino vai pro pai e diz a mesma frase: 

− Eu sei de tudo! 

O pai toma um susto, falando baixo para o menino: 

− Isso é um assunto de homem para homem, fica na tua. Toma aqui 100 reais e não se fala mais nisso. 

O garoto procura a avó, que está tricotando no seu quarto, e diz, sem rodeios: 

− Vó, eu sei de tudo!

A avó fica pálida e incrédula, chama o menino mais pra perto dela e diz: 

− Eu pensei que ninguém nunca saberia isso. Toma 100 reais, não espalha nunca essa verdade do meu passado. 

O jovem faz as contas do já havia conseguido, 300 reais, e percebe que, para comprar um bom skate, precisaria de 400 reais. Não há mais ninguém na casa para ele dar o seu costumeiro golpe. Nisso, vê, pela janela, o vizinho no jardim de sua casa. Não tem dúvida, vai direto a ele. 

− Seu Antônio, o senhor não vai acreditar, mas eu sei de tudo. 

O vizinho fica terrivelmente embaraçado, abraça o garoto e diz, comovido: 

− Finalmente posso te abraçar de verdade, meu filho! 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

15 anos do maior título de sua história

 Um dia Gigante: 17 de dezembro de 2006

Fernandão e a taça de campeão mundial de clubes

Antes da rede balançar.

Antes dos dedos do goleiro adversário tocarem de leve na bola.

Antes do Gabiru chutar.

Antes do Iarley passar pelo zagueiro e dar aquele passe. 

Antes das defesas salvadoras do Clemer.

Antes da gurizada da base decidir na semifinal. 

O mundo já era do Inter muito antes. 

Quando você, torcedor, acreditou que nada poderia para o Inter,

o mundo já era nosso.

Quando você se associou para viver seu amor pelo clube,

quando você decidiu apoiar até o último minuto,

gritou até perder a voz,

pode ter certeza:

o mundo já era nosso. 

No dia 17 de dezembro,

no momento em que o juiz apitou o fim do jogo,

em Yokohama,

foi a confirmação do que você nos fez ter certeza de que seria possível.

Por isso, esse dia também foi eternizado como Dia do Torcedor Colorado. 

Uma homenagem ao nosso maior título e ao maior responsável por essa e todas as outras conquistas do Sport Club Internacional:

você, torcedor colorado. 

Texto publicitário para comemorar o 15 anos da conquista do Inter


Gabiru comemora o único gol da vitória de 1 X 0 sobre o Barcelona.

P.S. De 2006 a 2020, apenas dois clubes sul-americanos conquistaram o Campeonato Mundial de Clubes: o Sport Club Internacional, em 2006, e o Sport Club Corinthians Paulista, em 2012.