segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

O palhaço Grock

 

Grock era um suíço que se orgulhava de ser palhaço. Em outubro de 1955, deu, em Hamburgo, na Alemanha, seu festival de despedida do picadeiro, por ter completado 75 anos de idade. A respeito de Grock, entre outras histórias, conta-se a seguinte anedota: 

Certa vez, compareceu ao consultório de um afamado psiquiatra, em Berlim, um sujeito profundamente abatido. 

− Doutor − disse o cliente − vim consultá-lo porque tenho medo de enlouquecer. Não acho graça em nada e nada encontro que me faça rir. 

− À primeira vista, penso que seu caso não é grave, − respondeu o doutor, olhando-o por cima dos óculos. − Seu aspecto é bom e saudável. Deve procurar distrações, frequentar lugares alegres. Estou certo de que recuperará o bom humor. A propósito, por que não vai ao circo? Lá há um palhaço irresistível. Está fazendo um grande sucesso e ninguém deixa e dar boas gargalhadas ao ouvi-lo... Por que não vai vê-lo? 

− Não adianta. Vou ao circo todas as noites e não lhe acho graça... 

− Não diga... 

− Digo, sim, senhor. Eu sou Grock, o palhaço! 

(Do Alamanhaque do Barão de Itararé, de 1955)

Grock, 10 de janeiro de 1880, Loveresse, Suíça − 14 de julho de 1959, Impéria, Itália, era um palhaço, compositor e músico suíço. Chamado de “o rei dos palhaços” e “o maior dos palhaços da Europa”, Grock já foi o artista mais bem pago do mundo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário