quarta-feira, 17 de abril de 2024

O cão mais fiel do mundo

 

Última foto de Hachiko, o fiel cão que esperou por mais de 9 anos fora da estação de Shibuya pelo retorno de seu dono, mesmo após sua morte. 

Em março de 1935, foi capturada esta comovente imagem de Hachiko, o leal Akita Inu japonês, tirada pouco antes de seu falecimento. Esta fotografia representa o desfecho de uma história de devoção e fidelidade que emocionou o mundo. 

Hachiko tornou-se famoso por aguardar pacientemente por seu dono, o professor Hidesaburo Ueno, do lado de fora da estação de trem de Shibuya, em Tóquio, todos os dias, mesmo após a morte de Ueno em 1925. Por quase uma década, Hachiko voltava ao mesmo lugar dia após dia, aguardando o retorno de seu amado dono. 

A história de Hachiko inspirou livros, filmes e monumentos ao redor do mundo, tornando-se um símbolo de lealdade inabalável e amor incondicional. Esta última fotografia captura a serenidade e a dignidade de um cão que nunca perdeu a esperança, mesmo nos momentos finais de sua vida. 

Hoje, a estátua de bronze de Hachiko em frente à estação de Shibuya é um ponto de encontro icônico e um lembrete duradouro do poder do vínculo entre humanos e animais. 

A estátua foi erguida pela primeira vez em 1934, antes de ser reciclada como parte do esforço de desenvolvimento de material bélico durante a Segunda Guerra Mundial ‒ e reerguida em 1948. 

A estátua de Hachiko tornou-se ponto turístico e anualmente é organizada uma celebração fora da estação de Shibuya em memória do animalzinho. O Museu Nacional da Natureza e da Ciência, em Tóquio, conta em seu acervo de exposição com o corpo empalhado de Hachiko.


 

terça-feira, 16 de abril de 2024

O encontro com o amor

 I. Kishor

Faltavam seis minutos para as seis horas no relógio acima do balcão da estação Grand Central de Nova York. O alto e jovem tenente do exército ergueu o rosto queimado pelo sol e apertou os olhos para verificar a hora exata. Seu coração batia tão fortemente que o sobressaltava. Dentro de seis minutos ele veria a mulher que havia ocupado um lugar especial na sua vida durante os passados 13 meses, a mulher que ele nunca vira, mas cujas palavras escritas lhe tinham dado inquebrantável alento. 

O Tenente Blandford lembrava-se, especialmente, dum certo dia, no mais aceso da luta, quando seu avião fora apanhado no meio dum grupo de caças inimigos. 

Em uma de suas cartas, ele havia confessado que muitas vezes sentia medo e, poucos dias antes desse combate, recebera a sua resposta: “É claro que você tem medo... Todos os homens corajosos têm. Na próxima vez em que você duvidar de si mesmo, quero que você ouça a minha voz recitando para você: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo.”... E havia lembrado e esse lembrança renovara a sua força. 

Agora ele ia ouvir a sua voz real. Faltavam quatro minutos para as seis. Uma moça passou rente a ele, e o Tenente Blandford estremeceu. Trazia uma flor no vestido, mas não era a pequena rosa vermelha que haviam combinado. Além disso, a moça devia ter apenas 18 anos e Hollis Meynell dissera que tinha 30. “Que tem isso?, respondera ele. “Eu tenho 32.”  Na realidade, tinha apenas 29. 

Lembrou-se, então, do livro que lera, lá no campo de treinamento. Chamava-se “Servidão Humana”, e em todo livro havia anotações numa letra de mulher. Nunca imaginara que uma mulher pudesse devassar o coração dum homem com uma tal compreensão e ternura. O nome dela estava escrito no livro: Hollis Meynell. Procurou um catálogo de telefones de nova York e encontrou o seu endereço. Escreveu-lhe e ela respondeu. No dia seguinte, foi mandado para a frente de combate, mas continuaram a corresponder-se. 

Durante 13 meses ela lhe respondera fielmente. Mesmo quando as suas cartas não chegavam, ela continuava escrevendo, e agora estava convencido de que a amava e que era correspondido. 

Ela, entretanto, sempre tinha recusado a ceder a seus reiterados pedidos para que lhe enviasse uma fotografia. Justificava-se da seguinte forma: “Se o sentimento que você nutre por mim tiver algum fundo de sinceridade, a minha aparência pouco importará. Suponha que eu seja bonita. Seria sempre perseguida pela ideia de que você jogou apenas nisso, e essa espécie de amor repugnar-me-ia. Suponha que eu seja feia (e você deve admitir que isso é o mais provável),  então eu viveria receosa de que você só continuasse escrevendo-me por se sentir só e não ter mais ninguém. Não, não peça o meu retrato. Quando voltar a Nova York, então me verá e poderá tomar uma decisão.” 

Um minuto para as seis... tirou uma tragada do cigarro nervosamente. E neste momento coração do Tenente Blandford deu um pulo. 

Uma jovem caminhava em direção a ele. Era alta e delgada; seus cabelos louros e ondulados descobriam umas orelhinhas delicadas. Os olhos eram tão azuis como o céu, os lábios e o queixo de uma suave firmeza. Com seu costume verde-pálido, era a verdadeira imagem da primavera. 

Adiantou-se para ela esquecendo-se de notar que não trazia rosa nenhuma. Ao perceber-lhe o movimento, um sorriso leve e provocante aflorou aos lábios da moça. 

- Vai para o mesmo lado que eu, soldado? ‒ murmurou. 

Ele avançou mais um passo.  E então viu Hollis Meynell. 

Estava parada logo atrás da moça e era uma mulher de quarenta e muitos anos, de cabelos grisalhos sob um chapéu surrado. Era mais do que rechonchuda, tinha tornozelos grossos e calçava sapatos de salto baixo. Mas trazia uma rosa vermelha no casaco amarrotado. 

A moça de costume verde continuava afastando-se rapidamente. 

Blandford sentiu como se estivesse sendo partido em dois, tão vivo era o seu desejo de seguir a moça e tão profundo a anelo que o impelia para aquela mulher cujo espírito acompanhara tão fielmente o seu, sustendo-o em todos os momentos. E agora ela estava ali. Podia ver que o seu rosto era doce e compreensivo e que os olhos cinzentos tinham um brilho ardente. 

O Tenente Blandford não hesitou.  Seus dedos apertaram o exemplar de “Servidão Humana” com que se faria reconhecer. Aquilo não seria amor, mas seria algo de precioso, uma amizade pela qual sempre se sentira e sempre se sentiria reconhecido. 

Endireitou-se, fez uma saudação e estendeu o livro para a mulher, embora, enquanto falava, sentisse todo o amargor do seu desapontamento. 

- Eu sou o Tenente John Blandford, e a senhora... deve ser Hollis Meynell!!! Alegro-me por ter podido encontra-se comigo. Posso... posso convidá-la para jantar? 

O rosto da mulher abriu-se num sorriso benévolo. 

- Eu não sei de que o senhor está falando, moço ‒ respondeu. Aquele moça de costume verde me fez botar esta rosa no casaco. E disse que, se o senhor me pedisse para acompanhá-lo, lhe dissesse que ela está esperando naquele restaurante do outro lado da rua. Ela explicou-me que era uma espécie de teste. E pelo que eu vi, o senhor passou! 

 
Texto publicado no “Seleções do Reader¢s Digest”

Para o resto de nossas vidas

 

Existem coisas pequenas e grandes, coisas que levaremos para o resto de nossas vidas. 

Talvez sejam poucas, quem sabe sejam muitas, depende de cada um, depende da vida que cada um de nós levou. 

Levaremos lembranças, coisas que sempre serão inesquecíveis para nós, coisas que nos marcarão, que mexerão com a nossa existência em algum instante. 

Provavelmente iremos pela a vida a fora colecionando essas coisas, colocando em ordem de grandeza cada detalhe que nos foi importante, cada momento que interferiu nos nossos dias, que deixou marcas, cada instante que foi cravado no nosso peito como uma tatuagem. 

Marcas, isso... serão marcas, umas mais profundas, outras superficiais, porém com algum significado também. 

Serão detalhes que guardaremos dentro de nós e que se contarmos para terceiros talvez não tenha a menor importância, pois só nós saberemos o quanto foi incrível vivê-los. 

Poderá ser uma música, quem sabe um livro, talvez uma poesia, uma carta, um e-mail, uma viagem, uma frase que alguém tenha nos dito num momento certo. 

Poderá ser um raiar de sol, um buquê de flores que se recebeu, um cartão de natal, uma palavra amiga num momento preciso. 

Talvez venha a ser um sentimento que foi abandonado, uma decepção, a perda de alguém querido, um certo encontro casual, um desencontro proposital.

Quem sabe uma amizade incomparável, um sonho que foi alcançado após muita luta, um que deixou de existir por puro fracasso.

Pode ser simplesmente um instante, um olhar, um sorriso, um perfume, um beijo. 

Para o resto de nossas vidas levaremos pessoas guardadas dentro de nós. 

Umas porque nos dedicaram um carinho enorme, outras porque foram o objeto do nosso amor, ainda outras por terem nos magoado profundamente, quem sabe haverá algumas que deixarão marcas profundas por terem sido tão rápidas em nossas vidas e terem conseguido ainda assim plantar dentro de nós tanta coisa boa.

Lá na frente é que poderemos realmente saber a qualidade de vida que tivemos, a quantidade de marcas que conseguimos carregar conosco e a riqueza que cada uma delas guardou dentro de si.

Bem lá na frente é que poderemos avaliar do que exatamente foi feita a nossa vida, se de amor ou de rancor, se de alegrias, ou tristezas, se de vitórias ou derrotas, se de ilusões ou realidades.

Pensem sempre que hoje é só o começo de tudo, que se houver algo errado ainda está em tempo de ser mudado e que o resto de nossas vidas de certa forma ainda está em nossas mãos. 

(Autor desconhecido)

Brincadeira com letras

 

01. O que é que as meninas têm e os meninos não têm? 

02. Qual é a única letra que não está no seu nome? 

03. Por que a letra t é a mais usada no alfabeto? 

04. O que é que sempre encontramos no fim do túnel? 

05. Onde é que fica o centro da gravidade? 

06. O que é que a bicicleta tem duas e o carro só tem uma? 

07. O que é grande no Brasil e pequeno em Cuba? 

08. O que faz o mês de maio ficar maior? 

09. O que é que aparece uma vez no minuto, uma vez no mês, mas nenhuma no ano? 

10. Quem é que sempre anda aos pares no carrossel? 

11. Qual é a letra mais distante? 

12. Quais são as letras que têm mais valor?

 

Respostas

 

 

 

01. A letra a.

02. A letra h (agá).

03. Porque tudo começa com t.

04. A letra l (éle)

05. Na letra i.

06. A letra c.

07. A letra b.

08. A letra r.

09. A letra m.

10. Os rr e os ss.

11. A letra o, pois está “no fim do mundo”.

12. As letras de câmbio.

(Do livro "Brincadeiras, Pegadinhas e Piadas da Internet)

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Ladainha

 Texto de Lourenço Diaféria

Dizem que vai faltar açúcar,

todo mundo corre a procurar o doce.

Dizem que vai faltar o óleo,

todo mundo corre a procurar a fritura.

Dizem que vai faltar o trigo,

mundo corre a procurar a broa.

Dizem que vai faltar o fubá,

todo mundo corre a procurar o angu.

Dizem que vai faltar o ferro,

todo mundo corre a procurar a treliça.

Dizem que vai faltar o cimento,

todo mundo corre a procurar o concreto.

Dizem que vai faltar a água,

todo mundo corre a procurar o balde.

Dizem que vai faltar o sarilho,

todo mundo corre a procurar o poço.

Dizem que vai faltar o vinagre,

todo mundo corre a procurar o vinho.

Dizem que vai faltar o vinho,

todo mundo corre a procurar o copo.

Dizem que vai faltar a luz,

todo mundo corre a procurar a vela.

Dizem que vai faltar a carne,

todo mundo corre a procurar o bife.

Dizem que vai faltar o orégano,

todo mundo corre a procurar a pizza.

Dizem que vai faltar a galinha,

todo mundo corre a procurar a canja.

Dizem que vai faltar o peixe,

todo mundo corre a procurar a moqueca.

Dizem que vai faltar a paz,

todo mundo corre a procurar as armas.

Dizem que vai faltar o samba,

todo mundo corre a procurar o pandeiro.

Dizem que vai faltar o sol,

todo mundo corre a procurar a praia.

Dizem que vai faltar a chuva,

todo mundo corre a procurar o chuveiro.

Dizem que vai faltar o dinheiro,

todo mundo corre a procurar o banco.

Dizem que vai faltar o cometa,

todo mundo corre a procurar a luneta.

Dizem que vai faltar o horóscopo,

todo mundo corre a procurar a cartomante.

Dizem que vai faltar estrelas,

todo mundo corre a procurar o firmamento.

Dizem que vai faltar eleições,

todo mundo corre a procurar candidatos.

Dizem que vai faltar governo,

todo mundo corre a procurar revoluções.

Dizem que vai faltar a liberdade,

todo mundo corre a procurar prisões.

Dizem que vai faltar navios,

todo mundo corre a procurar o porto.

Dizem que vai faltar os fatos,

todo mundo corre a procurar boatos.

Agora: quando dizem que vai faltar vergonha,

ninguém se toca,

está todo mundo acostumado. 

História dos Passarinhos

Canção de Gildo de Freitas

Eu destinei um passeio,
Domingo muito cedinho,
Peguei o meu violão
E fui pro mato sozinho. 

Descobri uma figueira
Com os galhos cheios de ninho
E passei a manhã inteira
Embaixo desta figueira,
Apreciando os passarinhos. 

Como eu tava achando lindo
O viver dos passarinhos!
Se via perfeitamente
Vir com a fruta no biquinho. 

Se via quando eles davam
No bico do filhotinho
E eu ali estava entretido,
Com o viver tão divertido,
Da vida desses bichinhos. 

Depois veio um negro velho,
E também trazia um negrinho,
E este tinha uma gaiola
E dentro dela um bichinho. 

Perguntei que bicho é esse,
Diz ele este é um canarinho,
Com este bicho que está aqui,
Nas florestas por aí,
Eu caço qualquer passarinho. 

Cantava que redobrava
Aquele pobre bichinho,
Parece até que dizia:
É triste eu viver sozinho... 

Só porque eu fui procurar
Comida para os filhotinhos...
Fui tirar desse alçapão...
Hoje estou nesta prisão
E nunca mais fui no meu ninho. 

Aí eu fui recordando
O que já me aconteceu
Há muitos anos atrás
Que a polícia me prendeu. 

O juiz me condenou
E depois de mim se esqueceu
E eu, pelo o rádio escutava,
Quando os colegas cantava
E aquilo me comoveu. 

Então eu fui perguntando
Quanto quer pelo bichinho.
Respondeu: ele eu não vendo
Eu cacei para o meu filhinho. 

Porém saiu uma voz
Da boca do gurizinho:
A gaiola custou dez
Quem me der 20 mirréis
Pode levar o passarinho. 

Comprei com gaiola e tudo
Para evitar discussão
E fui abrindo a portinha
E abrindo o meu coração. 

E o bichinho foi saindo,
E eu peguei meu violão
E num versinho, eu fui dizendo
O que tu estavas sofrendo,
Eu já sofri na prisão. 

Quem vai caçar de gaiola
Pra ver os bichos na grade,
Deveria ser punidos
Pelas mesmas autoridade. 

Porque o coração dos bichos
Também consagrou amizade,
Lei, tu faça o que puder,
Mas os bichos também quer
Ter a mesma liberdade! 

 

P.S. Música gaúcha que emocionou Mateus, o Alegrete, finalista do BBB-24 da TV Globo.

domingo, 14 de abril de 2024

Bendiga a Deus

 

Se você nunca conheceu os horrores da guerra, a solidão do cárcere ou as dores da fome, bendiga a Deus, você está muito à frente de 500 milhões de pessoas. 

Se você pode ir à igreja ou templo, e seguir o seu credo particular, sem sofrer nenhuma perseguição, bendiga a Deus, você é mais feliz do que milhões de pessoas neste planeta. 

Se você tem comida na geladeira, veste roupa limpa, tem um teto acolhedor e um lugar seguro para dormir, você é mais rico que 75% dos demais seus semelhantes. 

Se você tem dinheiro no banco, na carteira, ou até umas poucas moedas num cofrinho em sua casa, você faz parte dos 10% da população mais próspera no mundo inteiro. 

Se os seus pais ainda estão vivos e casados, o seu caso é pouco comum. 

Se você leva um sorriso no rosto e está agradecido por tudo, você é um agraciado, porque muitas outras pessoas que poderiam fazer a mesma coisa, não o fazem. 

Se você pode pegar na mão de alguém, abraçar ou somente tocar o seu ombro, você é uma pessoa iluminada, porque pode oferecer-lhe o toque divino da cura. 

Se você pode ler esta mensagem, está sendo abençoado duas vezes, já que, primeiro, alguém se lembrou de você; e segundo, porque você teve mais sorte que 2 bilhões de pessoas que não sabem ler. 

Se você pode praticar um esporte, confraternizar e sorrir com os seus amigos, você é um privilegiado, pois muitos nunca tiveram oportunidades de fazer algo tão simples que faz muito bem para a alma.

Conte quantas bênçãos você já recebeu, e transmita esta mensagem aos demais para que se deem conta das bênçãos que já têm. 

Que Deus continue o abençoando... 

(Autor Desconhecido)