Poncho
Pala
Poncho leve, franjado nas
extremidades de lã, de seda ou do brim. É certo se chamar o pala de
poncho-pala, mas é errado chamar-se o poncho de pala.
Bichará
Poncho grosso de lã, especial
para o frio. Assim como popularmente alguns dizem “boliche” em vez bolicho
(armazém), também chamam o poncho de “ponche”. O certo mesmo e poncho; “ponche”
é uma bebida.
Expressões como sentido figurado sobre o poncho:
Pisar no poncho → Ofender; provocar;
desafiar.
Forrar o poncho → Ganhar ou receber boa
quantia em dinheiro.
Emalar o poncho → Enrolar o poncho,
feito mala-de-garupa; viajar.
Poncho dos pobres → O sol (principalmente
no inverno).
Por baixo do poncho → Agir ocultamente, com
cautela: esconder as intenções.
Tirar camoatim sem
poncho → Passar trabalhos e
privações; agir sem prevenção.
Expressões com
sentido figurado sobre o pala:
Abrir o pala → Fugir; sair correndo.
Com o pala em tiras → Em má situação.
Sacudir o pala → Provocar; desafiar;
ofender; Tem o sentido de “pisar no poncho”, inclusive diz-se
também “sacudir o poncho”, embora desta maneira
seja menos usada.
Companheiro do Inverno
Confeccionado com lã grossa,
muitas vezes guarnecido com forro de baeta vermelha, o poncho é o agasalho tradicional
do gaúcho do campo, mas, já faz algum tempo, vem invadindo também as cidades,
quando o frio ataca com rigor. O poncho serve ainda como instrumento de defesa:
o gaúcho com ele se protege nas brigas de arma branca, enrolando-o no braço. Pode,
também, jogá-lo ao solo para, com um puxão, desequilibrar o adversário que nele
pisar. A palavra vem de pontho, no
idioma araucano, povo indígena do Chile. Já o folclorista Câmara Cascudo vê como
origem do poncho a pênula romana, espécie de capa que protegia os soldados nas
viagens e durante as guerras. Os rio-grandenses conheceram o poncho por influência
ibérica, a partir de 1750.
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