(Ferenc
Molnàr, no livro The Captain of St. Margaret´s)
Um oficial húngaro, precisando de
dinheiro para pagar as suas dívidas de jogo, decidiu vender um velho anel de
família. Colocou-o no estojo de couro vermelho e mandou-o, pelo correio, a um
negociante de joias de sua cidade natal, um velho chamado Schurz. Sabendo que o
negociante era muito “apertado”, o oficial enviou-lhe, com o anel, a seguinte
nota:
“Se quiser pagar 3.000 coroas por
este anel, fique com ele. Caso contrário, devolva-me a joia imediatamente. Não
o vendo absolutamente por menos.”
Mas o negociante, desdenhando a
advertência do oficial, respondeu-lhe, por telegrama:
“Anel não vale 3.00 coroas. Ofereço
duas mil.”
O oficial, furioso, replicou:
“Nada de regateios. Três mil.”
O negociante não se deu por achado, e
tornou a telegrafar:
“Ofereço 2.500 coroas. Positivamente,
nem uma coroa a mais.”
A essa altura, o oficial perdeu a
paciência, e telegrafou:
“Preço 3 mil. Devolva o anel
imediatamente.”
Poucos dias depois, o oficial recebeu
um pacote registrado, em que encontrou o estojo de couro cuidadosamente
amarrado, acompanhado de uma nota:
“Como perito, afirmo-lhe que o anel
não vale 3 mil coroas. Ninguém lhe dará tanto, mas, como sou seu amigo,
ofereço-lhe 2.800. É minha oferta final. Se quiser vender o anel por esse
preço, não abra o estojo; basta que torne a enviá-lo como está. Caso contrário,
fique com o anel, que não me interessa.”
O oficial, exasperado, decidiu que só
venderia o anel pelas 3 mil coroas a outro comprador qualquer, e abriu o
estojo. E lugar do anel, encontrou outra nota que dizia:
“Está bem, está bem, não se exalte.
Eu pago as 3 mil coroas.”
(Seleções do Reader´s Digest,
de dezembro de 1945)
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