terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Médico persa da Idade Média.



 Avicena (do grego Aβιτζιανός, transl. Avitzianós, pelo latim Avicenna) é o nome dado nas culturais ocidentais a Ibn Sina (em persa e árabe ابو علی الحسين بن عبد الله بن سينا, transl. Abu Ali al-Hussein ibn Abd-Allah ibn Sina, Bucara, 980Hamadã, 1037), célebre filósofo e médico persa da Idade Média.

Avicena, filho de um homem de negócios, que com extraordinária precocidade se distingui no domínio das ciências antes de completar os 16 anos, exercendo a prática de medicina. Depois de ter sido jurista, professor e administrador em Rayy e Hamadã, na Pérsia, foi nomeado vizir de Shams al-Dawla. Amante do estudo e de mulheres dissertou sobre saúde e fortuna.

Quando Avicena tinha 32 anos, ele empreendeu a grande obra de sua vida, o Cânon de Avicena, que continha 5 livros. O primeiro era consagrado às generalidades sobre o corpo humano, à saúde, ao tratamento e à terapêutica geral. O segundo, compreendia à matéria médica e à farmacologia simples aplicada. O terceiro volume fazia uma exposição da patologia comentada por órgãos. O quarto volume compreendia um tratado sobre a febre, sinais, sintomas, diagnósticos e prognósticos, pequenas cirurgias, tratamento de feridas, tumores, fraturas, venenos. E por fim, o último volume tratava-se de uma farmacopeia.

O conjunto da obra de Avicena foi monumental. Além do Cânon, ele fez mais de 150 obras, algumas com caráter enciclopédico, por exemplo, o “Livro da Salvação”, que se tratava de um conjunto de 18 volumes que tratam das ciências fundamentais, como a lógica, a matemática, a Física e a Astronomia.

Avicena morreu no ano de 1037, acometido de uma provável infecção intestinal, tendo sido enterrado em Hamadan, local onde ainda nos dias de hoje é venerado.

Medicina e Psicologia

Quando Ibn Sina, o famoso médico e filósofo do Século XI, conhecido no Ocidente como Avicena, se achava exilado em Jurjan, trouxeram-lhe um rapaz atingido de um mal misterioso que nenhum dos médicos da localidade conseguia diagnosticar. Examinando-o, Ibn Sina não encontrou nenhum sinal de moléstia física, mas percebeu sintomas de tensão nervosa.

Pediu a um dos membros da tribo que fosse citando os nomes das localidades vizinhas e notou que, ao ser mencionado o de determinada localidade, o pulso do paciente sofria certa variação.

Ao serem nomeadas as famílias residentes nesse povoado, a variação do pulso apareceu novamente à menção de certa família. Finalmente, citadas nominalmente as pessoas dessa família, Ibn Sina percebeu que a variação do pulso se apresentava forte ante o nome de uma atraente moça dessa família, pela qual o jovem estava evidentemente apaixonado.

A inabilidade de expressar seu amor havia provocado nele uma enfermidade psicossomática. O diagnóstico de Ib Sina antecipou de quase 1.000 anos a psicanálise e os métodos do famoso aparelho denominado detector de mentiras.


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