Avicena (do grego
Aβιτζιανός, transl. Avitzianós, pelo latim Avicenna) é o nome
dado nas culturais ocidentais a Ibn Sina (em persa
e árabe ابو علی الحسين بن عبد الله بن سينا, transl. Abu Ali al-Hussein ibn Abd-Allah ibn
Sina, Bucara,
980 — Hamadã,
1037), célebre filósofo
e médico
persa
da Idade Média.
Avicena, filho de um homem de
negócios, que com extraordinária precocidade se distingui no domínio das
ciências antes de completar os 16 anos, exercendo a prática de medicina. Depois
de ter sido jurista, professor e administrador em Rayy e Hamadã, na Pérsia, foi
nomeado vizir de Shams al-Dawla. Amante do estudo e de mulheres dissertou sobre
saúde e fortuna.
Quando
Avicena tinha 32 anos, ele empreendeu a grande obra de sua vida, o Cânon de
Avicena, que continha 5 livros. O primeiro era consagrado às generalidades
sobre o corpo humano, à saúde, ao tratamento e à terapêutica geral. O segundo,
compreendia à matéria médica e à farmacologia simples aplicada. O terceiro
volume fazia uma exposição da patologia comentada por órgãos. O quarto volume
compreendia um tratado sobre a febre, sinais, sintomas, diagnósticos e
prognósticos, pequenas cirurgias, tratamento de feridas, tumores, fraturas,
venenos. E por fim, o último volume tratava-se de uma farmacopeia.
O conjunto da obra de Avicena foi
monumental. Além do Cânon, ele fez mais de 150 obras, algumas com caráter
enciclopédico, por exemplo, o “Livro da Salvação”, que se tratava de um
conjunto de 18 volumes que tratam das ciências fundamentais, como a lógica, a
matemática, a Física e a Astronomia.
Avicena
morreu no ano de 1037, acometido de uma provável infecção intestinal, tendo
sido enterrado em Hamadan, local onde ainda nos dias de hoje é venerado.
Medicina e Psicologia
Quando Ibn Sina, o famoso médico e
filósofo do Século XI, conhecido no Ocidente como Avicena, se achava exilado em
Jurjan, trouxeram-lhe um rapaz atingido de um mal misterioso que nenhum dos
médicos da localidade conseguia diagnosticar. Examinando-o, Ibn Sina não
encontrou nenhum sinal de moléstia física, mas percebeu sintomas de tensão nervosa.
Pediu a um dos membros da tribo que
fosse citando os nomes das localidades vizinhas e notou que, ao ser mencionado
o de determinada localidade, o pulso do paciente sofria certa variação.
Ao serem nomeadas as famílias
residentes nesse povoado, a variação do pulso apareceu novamente à menção de
certa família. Finalmente, citadas nominalmente as pessoas dessa família, Ibn
Sina percebeu que a variação do pulso se apresentava forte ante o nome de uma
atraente moça dessa família, pela qual o jovem estava evidentemente apaixonado.
A inabilidade de expressar seu amor
havia provocado nele uma enfermidade psicossomática. O diagnóstico de Ib Sina
antecipou de quase 1.000 anos a psicanálise e os métodos do famoso aparelho
denominado detector de mentiras.
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