terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Palavras vivas

Por Eduardo Martins

Táxis



→ Com esse nome, pelo menos, o táxi rodou primeiro em Paris. Com os carros de aluguel, no começo do século passado, logo surgiu um aparelho que calculava a quantia a pagar pelo passageiro, em função do percurso feito. Essa maquininha, o taxemètre virou depois taximètre. Assim, taxi remontava ao latim taxare, taxar, cobrar, e metre, a metro. Portanto, o taxímetro media o custo dos metros percorridos. Com o tempo, o aparelho, na forma reduzida, passou a nomear o carro dotado daquele recurso.

Gravatas


→ Famosos pela preocupação em se vestir bem, não é estranho que os franceses tenham também popularizado a peça ainda hoje indispensável no traje dos executivos. Só que esse fetiche da elegância formal, a gravata, teve o nome apropriado dos soldados mercenários da Croácia que faziam parte de um regimento francês no século XVII. Eles usavam em torno do pescoço uma larga tira de pano, que caiu no gosto dos parisienses. O nome cravate, que originou a gravata em português, veio de uma das formas utilizadas para escrever croata, Krawat.

Bastardos


→ E bastardo para o filho ilegítimo? Também vem do francês e deriva da forma antiga bastard (hoje bâtard). A raiz bast, do germânico, significa celeiro. Bastardo era o “produzido no celeiro”. Afinal, tratava-se de um lugar muito usado na época para as relações extraconjugais...
   
(Da revista História Viva – outubro de 2005)



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