Parque Moacyr Scliar
Um grande porto-alegrense foi
Lupicínio Rodrigues. Confira aí ao lado a letra de “Minha Cidade”. Uma joia,
para guardar.
Não me censurem por estar
chorando
Por contar coisas da minha cidade
É que eu agora estava recordando
Quando estas ruas eram só paz, amor e tranquilidade
O Rio Guaíba nos deliciando
Nos dando banho de felicidade
E os seresteiros só nos acordando
Quando das musas sentiam saudade
E o cafezinho de cem réis nos bares
Banco nas ruas
Pra se namorar
E o “rato branco” ao nos ver abraçados
Preocupados, os coitados, vinham logo nos cuidar
Tinha retreta na praça aos domingos
Jogo de víspora
Pro tempo passar
Eu recordando,
Cheio de saudade
Como é que querem que eu não vá chorar
Por contar coisas da minha cidade
É que eu agora estava recordando
Quando estas ruas eram só paz, amor e tranquilidade
O Rio Guaíba nos deliciando
Nos dando banho de felicidade
E os seresteiros só nos acordando
Quando das musas sentiam saudade
E o cafezinho de cem réis nos bares
Banco nas ruas
Pra se namorar
E o “rato branco” ao nos ver abraçados
Preocupados, os coitados, vinham logo nos cuidar
Tinha retreta na praça aos domingos
Jogo de víspora
Pro tempo passar
Eu recordando,
Cheio de saudade
Como é que querem que eu não vá chorar
A SAPA − Sociedade Amigos de Porto
Alegre − foi criada pelo publicitário Jesus Iglesias.
Para ser membro bastava acreditar, como o Jesus, que não havia melhor lugar no estado para se veranear do que Porto Alegre. Sua vantagem sobre os outros balneários era enorme: tinha uma infraestrutura que nenhum outro tinha, mais cinemas, mais restaurantes − e esvaziava no verão, ao contrário dos outros, que enchiam. Ficava perto do mar (está bem, não tão perto, não se podia ter tudo), mas ventava menos e o risco de queimaduras ou bicho do pé era menor...
Para ser membro bastava acreditar, como o Jesus, que não havia melhor lugar no estado para se veranear do que Porto Alegre. Sua vantagem sobre os outros balneários era enorme: tinha uma infraestrutura que nenhum outro tinha, mais cinemas, mais restaurantes − e esvaziava no verão, ao contrário dos outros, que enchiam. Ficava perto do mar (está bem, não tão perto, não se podia ter tudo), mas ventava menos e o risco de queimaduras ou bicho do pé era menor...
A SAPA não tinha sede e, que eu
saiba, nunca se reuniu formalmente. Quer dizer, seus membros também não
precisavam se incomodar com estatutos, atas, eleições de diretoria, etc., além
de só conhecerem engarrafamentos na freeway de ouvir falar, e dar risada.
O Jesus, infelizmente, já morreu. A
única desvantagem da SAPA não existir formalmente é que não há um lugar onde
colocar a placa que o seu fundador merece.
Luis Fernando Veríssimo conta:
O que era a SAPA?
Existem muitas justificativas para
não ir à praia. Uma das mais conhecidas é a do jornalista Jaguar, fundador de O
Pasquim: “Intelectual não vai à praia. Intelectual bebe”. Tem gente que afirma
que a frase é do Paulo Francis, mas não. O Francis a usava, mas é do Jaguar. De
qualquer forma, Jaguar ou Francis ficariam muito esquisitos em trajes de banho,
não?
A tese da SAPA do Jesus Iglesias era simples e honesta. Nada melhor do que o verão numa Porto Alegre vazia. Foram feitas grandes festas, especialmente almoços que entraram para a História.
Não conheci o Jesus, mas é o típico cara que poderia ter uma casa de veraneio em Ipanema.
O texto do Luis
Fernando Veríssimo está publicado no livro
Porto Alegre é Assim!. É curto e perfeito. (JLP)
Porto Alegre é Assim!. É curto e perfeito. (JLP)
Meu bairro: Ipanema
Não venham cobrar originalidade, por
favor.
Ipanema é um bairro do Rio de
Janeiro, fundado em 1894 pelo Barão de Ipanema. Está na zona sul da Cidade
Maravilhosa. O nome Ipanema significa “água ruim, rio sem peixes” em
tupi-guarani.
Oficialmente, a Ipanema de Porto
Alegre, foto acima, foi criada em dezembro de 1959.
Mas o Loteamento Balneário
Ipanema foi aprovado pela Prefeitura de Porto Alegre em 1938 com os nomes das
ruas dado por Oswaldo Coufal e pelos seus sócios. Com a venda de terrenos,
muitas famílias construíram suas casas de veraneio em Ipanema.
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