Boulevard da Olímpiada:
Ao fundo, a ponte Rio-Niterói, o Museu do Amanhã, em branco,
o aeromóvel... o povo ainda feliz nas praças.
Rio do meu amor
Billy Blanco
Mais do que apenas uma letra de uma
música da MPB, ela traduz todo amor que eu e muita gente sente pelo Rio de
Janeiro, que, apesar de tudo, é a capital de todos os brasileiros, pela suas
belezas naturais e pela exuberância afetiva de seu povo.
Rio,
Estácio, no passado, fez este presente,
E deu abençoado três vezes à gente,
Pois Deus é africano, índio e português,
E com o babalaô, como o padre e o pajé,
A macumba, a crendice, a missa e a fé,
Estácio, no passado, fez este presente,
E deu abençoado três vezes à gente,
Pois Deus é africano, índio e português,
E com o babalaô, como o padre e o pajé,
A macumba, a crendice, a missa e a fé,
Rio, bonito até
mesmo com chuva
Cresceu, foi
surgindo e todo lindo se fez.
Rio,
De Pedro que, primeiro, foi compositor,
Foi grande seresteiro, imenso imperador,
De Pedro que, primeiro, foi compositor,
Foi grande seresteiro, imenso imperador,
Amigo do chalaça,
Que a história passa, mas não diz.
Era o dono das francesas lá da Ouvidor,
De marquesas balançou o coração,
Da tristeza de partir, partiu feliz,
Por saber que inaugurou meu Rio, meu Rio,
Como a capital do amor deste país.
Rio,
De Vasco e Botafogo, América e Bangu,
Maracanã vibrando em dia de Fla-Flu,
Do bonde que a saudade ornamentando praça,
Do tostão que era bom como a Lapa já foi,
Da boneca dourada que passa, que engana,
Enfeitando calçada de Copacabana,
Ipanema, Leblon e Arpoador.
Rio,
Do grande carnaval, do 1º de abril,
Da Vila que desceu, do dólar que caiu,
De São Judas Tadeu, São Jorge e Cosme Damião.
Rio,
De São Sebastião que é de janeiro,
Redentor que Paulo VI iluminou,
Rio de Deus que é brasileiro e do lugar,
Rio do bicho que não deu, mas ia dar,
Festival de anedotas, luz e cor,
Foi aqui que descobri que a vida é,
E encontrei o meu amor!
Escute, nas internet, a gravação dessa música na voz do
autor, o compositor Billy Blanco*
* William Blanco Abrunhosa
Trindade, mais conhecido como Billy Blanco (Belém, 8 de maio de 1924
− Rio de Janeiro,
8 de julho de 2011),
foi um arquiteto, músico, compositor e escritor brasileiro.
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