Eu descobri a semelhança entre livros e homens.
Há livros que compro só porque gosto da arte gráfica e da qualidade do papel, mesmo sabendo que, evidentemente, o que importa é o texto.
O texto pode ser inscrito em diversos suportes: em pedra, papel, fita magnética ou no disco rígido do computador. O texto pode até sobreviver ao suporte. Ele é, em resumo, a alma do livro.
Da mesma forma, há homens que seduzem pelo esplendor da capa, pela elegância da impressão, e o texto não condiz. Existem romances ruins que são bem encadernados. Outros, ao contrário, tiveram azar com o editor, mal os notamos e então somos surpreendidos pela qualidade do texto, a originalidade da trama e o vigor das metáforas.
Faiza Hayat
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