João Batista Soares da Silveira e
Souza nasceu na Ilha de São Jorge nos Açores em 1837 e ainda muito jovem veio
para o Brasil estabelecendo-se em Porto Alegre como empreiteiro. Faleceu em 1913.
Os dados existentes nas atas da Câmara
Municipal de Porto Alegre mostram que até o início de 1863 aquela área onde se
ergueu o edifício Malakoff, foto acima, não passava de um terreno devoluto que servia para despejo de
lixo e detritos já que na época, a atual Praça XV era ocupada pelo antigo
mercado de Porto Alegre e o movimento de carreteiros e quitandeiros fazia com
que os arredores virassem depósito de imundices. Foi então, neste mesmo ano,
que o Comendador João Baptista Soares da Silveira e Souza que era empreiteiro,
resolve erguer ali o primeiro “arranha céu” da cidade. Imediatamente iniciam-se
as obras que acabariam por volta de 1868. O edifício tinha três andares e uma
construção bastante sólida para a época. Inicialmente tinha uma arquitetura
muito simples ao estilo barroco-colonial. Ao longo de seus quase 100 anos de
existência, sofreu várias reformas sendo que a última (1905) acrescentou alguns
elementos arquitetônicos neoclássicos às janelas e a balaustrada além de
significativas modificações no telhado. Isto pode ser comprovado pelas
fotografias anteriores e posteriores a esta data. Na parte térrea, abrigou
várias casas de comércio ao longo destes anos, geralmente armazéns de secos e
molhados e comércio varejista. Os andares superiores eram destinados a
escritórios de várias empresas que atuavam na cidade. Nas últimas três décadas
de sua existência, começou a entrar em decadência devido ao surgimento de
vários outros edifícios de porte na capital. Poucos anos antes de sua demolição
(final da década de 60) estava transformado em verdadeiro “pardieiro”. Em seu
lugar ergue-se atualmente o edifício Dellapieve.
Nas fotografias acima podemos
observar o Malakoff com sua arquitetura já bastante modificada pelas várias
reformas pelas quais passou. A última, em 1905, modificou bastante suas janelas,
acrescentou pequenas sacadas além de modificar bastante o telhado e a
balaustrada. Observa-se a influência do neoclássico predominante naquela época.
A Casa de Correção, foto acima, também conhecida
como "Cadeia da Ponta do Gasômetro" foi uma das grandes obras do empreiteiro
João Batista Soares da Silveira e Souza. A construção teve inicio em 1848 e
somente teve conclusão em 1864. Após ser parcialmente destruída por um incêndio
em 1954, foi dinamitada em abril de 1962.
Convém lembrar que o Comendador João
Baptista Soares da Silveira e Souza era, naquela época, o maior empreiteiro da
cidade. Foi ele quem construiu a Ponte dos Açorianos (Ponte de Pedra) uma obra
considerada bastante ousada para a época. Também é dele a antiga Casa de
Correção (Cadeia da Ponta do Gasômetro) e a antiga Ponte da Azenha. Nasceu na
Ilha de São Jorge (Açores) em 25 de março de 1837 e faleceu em Porto Alegre no dia 8
de outubro de 1913 aos 78 anos.
A única obra de João Batista Soares
da Silveira e Souza que restou em pé foi a Ponte dos Açorianos (Ponte de Pedra).
Conserva sua forma arquitetônica original. Sua construção foi ordenada em 1843
pelo Duque de Caxias quando Presidente da Província e teve as obras concluídas
em 1854. Era considerada uma obra muito ousada pelos engenheiros da época.
P.S. João Batista Soares da Silveira também teria construído o prédio da Sociedade A Bailante, foto abaixo, demolida para dar lugar ao Auditório Araújo Viana, que também foi demolido, dando lugar à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
P.S. João Batista Soares da Silveira também teria construído o prédio da Sociedade A Bailante, foto abaixo, demolida para dar lugar ao Auditório Araújo Viana, que também foi demolido, dando lugar à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
P.S. O Comendador João Baptista Soares
da Silveira e Souza e o Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza
Sobrinho, (tio e pai) de Olívia Baptista Wilkens esposa de Carlos Antonio
Wilkens, foram responsáveis por importantes obras na capital.
A partir de 1844, o Comendador
Baptista destaca-se como empreiteiro em diversas obras públicas, como o aterro
da Praça do Paraíso, a construção da Ponte de Pedra do Riacho (Ponte dos Açores
de Porto Alegre), do prédio da Bailante, do Teatro São Pedro, da Casa de
Correção e de outras obras particulares importantes como o edifício Malakoff,
que foi o primeiro prédio de quatro andares de Porto Alegre.
Olá! Estão erradas as datas de nascimento e morte. Não se sabe ao certo sou data de nascimento, supõem-se início de 1800 vindo para o Brasil em 1813 e falecido 1872.
ResponderExcluirA história e datas são muito confundidas pois seu herdeiro era um sobrinho que tinha o mesmo nome, falecido então em 1923.
Obrigado pela informação, vou pesquisa mais detalhadamente. Mais o que é mais relevante são as suas obras para a história da cidade.
Excluirhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Batista_Soares_da_Silveira_e_Souza
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