Foz do Riacho
Região da foz do
Dilúvio em 1870
Ilustração feita por João Faria
Viana, em 1967, reconstruindo a região da foz do Riacho (atual Arroio Dilúvio)
em 1870. No primeiro plano, à esquerda, indo em direção ao rio, está a Rua do
Arvoredo esquina Rua do Cemitério (atuais Rua Fernando Machado e Rua Espírito
Santo). A ponte de pedra sobre o Riacho (no meio da foto à esquerda) servia
para dar acesso ao Arraial da Baronesa, situado logo depois da ponte, e à
região sul. A foz possuía bancos de areia e juncais. No plano de fundo,
encontra-se a Igreja que existia no final da Rua 13 de Maio (atual Avenida
Getúlio Vargas) no Bairro Menino Deus. A enseada da Praia de Belas, que possuía
muitos jacarés, foi aterrada na década de 60.
Edifício Malakoff
O Riacho
Praça XV
Beco do Leite
A Rua dos Andradas,
vendo-se assinalada a boca da Travessa Angustura (Beco do Leite)
Pintura à bico de pena de vista da
rua da Praia, no trecho entre a rua Uruguai e a praça da Alfândega. Curiosa a
visão da travessa Angustura, também chamada Beco do Leite, que saía na rua
Nova, a atual Andrade Neves. A travessa se localizava onde hoje vemos o prédio
do Centro Cultural CEEE.
Rua Andrade Neves
quase esquina da Rua General Câmara,
depois da 9ª porta,
da direita para a esquerda,
começava (ou
terminava) o Beco do Leite.Edifício Malakoff
Prédio Malakoff. Aproximadamente
1900. Construído em 1856, o Malakoff foi o primeiro grande sobrado da cidade,
sito na Praça 15 de Novembro, onde hoje se localiza o Edifício Delapieve. A
calma do público presente e das pessoas que se acham nas janelas superiores do
prédio faz supor um exercício simulado e não um autêntico incêndio.
(Do livro “Porto
Alegre – Guia Histórico”, de Sérgio da Costa Franco)
Rua da Ladeira
Populares posam para
o fotógrafo em uma belíssima cena urbana tendo
ao fundo a descida da
antiga rua da Ladeira.
O Riacho
Foto de 1940: o Riacho visto da ponte
que ligava a Rua da República com o Areal da Baronesa. As casas focadas tinham
frente para a Rua João Alfredo (Rua da Margem). Muitas sobreviveram no mesmo
local.
Lomba do Cemitério
A Lomba do Cemitério, no início da
Avenida Professor Oscar Pereira. Vê-se ao fundo o muro da necrópole da Santa
Casa de Misericórdia, e, no primeiro plano, os trilhos da linha de bonde
“Cemitério”, em seu terminal, antes da existência da tração elétrica, ou seja,
antes de 1908.
A Rua Clara (hoje João Manoel)
era escura e a Direita (General Canabarro), torta. E havia a Rua do Arco da
velha (General Vitorino).
A Rua do Arroio (General Bento
Martins) tinha outros nomes: no trecho entre a Rua do Arvoredo (Fernando Machado)
e a Rua da Igreja (Duque de Caxias) era chamada de “Rua dos Nabos a Doze”, pois
por vintém assim ali se vendia; entre a Rua da Igreja e a Rua da Ponte
(Riachuelo) conheciam-na como a “Rua do Jogo da Bola”, isto é, Rua da Bocha; e,
entre a Rua da Ponte e a Rua da Praia, de “Rua dos Sete Pecados Mortais” (ou
“Sete Pecados Capitais”), porque alguém ali construíra sete casas muito feias,
alugando-as depois para prostitutas.
O nome popular do Alto da Bronze
(Praça General Osório) originou-se do apelido de uma chinoca carismática
chamada Felizarda, consta que são-borjense, que ali viveu na primeira metade do
século XIX. Devido à cor de sua pele, foi apelidada de não-sei-o-quê de
Bronze. Os cronistas da época não quiseram precisar qual era a parte do corpo,
“em nome da decência”.
A Bronze vivia falando pelos
cotovelos da janela de sua casinha e era respeitada e temida na cidade por seus
“despachos” e “mandingas”. Liderava soberana a pequena comunidade marginal
existente no local. Amada e odiada sem meios-termos, conta-se que, quando a
polícia queria acertar contas com algum morador das redondezas, tratava direto
com ela, que em geral providenciava em apresentá-lo, desde que obedecidas as
garantias e condições que a mulher impunha para fazê-lo.
Um dia, a Bronze desapareceu sem
deixar vestígio. Anos depois, foi vista num subúrbio do Rio de Janeiro, onde
reproduzira o mesmo ambiente que criara em Porto Alegre.
Sucessivos nomes teve a pracinha. No entanto, ninguém jamais a tratou ou
conheceu por designação diferente: Alto da Bronze é também o título de famoso
samba-canção do grande pianista e gozador Paulo Coelho, que dá nome a uma praça
quase defronte ao Estádio Olímpico, na subida para o Cemitério João XXIII. Mas
aí já é outra história...
(“Um Livro de Histórias”, de Renato Maciel de Sá
Junior)
Casa de Correção
A Casa de Correção, que existiu
nas proximidades do Gasômetro, em Porto Alegre , foi construída entre 1852 e 1855
para substituir a Cadeia Velha, localizada onde hoje é a Rua Vigário José
Inácio, entre as ruas Doutor Flores e Misericórdia, atual Annes Dias. Ali o
velho presídio funcionou até 1841. No interregno entre o fechamento de uma e a
construção da outra, os presos ficaram "guardados" nos xadrezes do
quartel do 11°
Batalhão.
Fonte: Porto Alegre - Guia
Histórico, de Sérgio da Costa Franco
Incêndio e Demolição
Na noite do dia 28 de novembro de
1954, por volta das 19h os presos atearam fogo no edifício principal da Casa de
Correção. Apesar de sua estrutura extremamente forte, o fogo danificou
praticamente todo o telhado e toda a estrutura interna dos andares superiores e
parte do inferior. Após o sinistro, o presídio funcionou de forma precária até
1961 quando os últimos presos foram transferidos para outros presídios
inclusive para o atual Presídio Central de Porto Alegre que já se encontrava
concluído. No dia 26 de abril de 1962 o então governador Leonel de Moura
Brizola acionou pessoalmente a chave de detonação de dinamite que iniciou a
demolição. Apesar da explosão e do ruído, as paredes ficaram de pé e pouco se
notava externamente. Somente no dia 11 de maio de 1967 a última
parede da velha cadeia foi posta abaixo colocando fim a uma existência de 112
anos. Curiosamente, o engenheiro responsável pela demolição foi José Antonio
Dib que anos depois viria a ser vereador por várias legislaturas e prefeito da
cidade.
Belíssimo trabalho de recuperação histórica.
ResponderExcluirParabéns .
Mário - Menino Deus
A Casa de Correção não funcionou até 1941?
ResponderExcluirEle foi destruída por um incêndio em 22.11.1954 e funcionou precariamente até 1961.
ResponderExcluirFilme colorido de 1946 sobre Porto Alegre surge na internet! meucantonomundo.com/filme-colorido-de-1946-sobre-porto-alegre-surge-na-internet/
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