A situação política do país está
mais do nunca em debate devido ao período eleitoral. Em outubro, os cidadãos
irão às urnas escolher seus representantes através do voto direto. E assim como
todos os setores da sociedade, a arte, nas suas diversas vertentes, também se
posiciona criticamente devido a situação enfrentada no país.
Por isso nesta sexta-feira (31.9.2018),
junto com o início da propaganda eleitoral gratuita, chegou as rádios de todo o
país a música “Virou Linguiça”. Com letra de Rodrigo Bauer e música de João
Luiz Corrêa, a composição, de uma maneira divertida e cômica, coloca a situação
política do Brasil em debate.
“Nosso papel com essa música é
mostrar a desvalorização que muitos políticos causam a classe que atitudes que
não são nada dignas. Ao mesmo tempo queremos mostrar que é possível mudar e a
oportunidade é agora”, fala Bauer.
A composição foi gravada nessa
semana e tem interpretação de Mano Lima e João Luiz Corrêa. O projeto também
conta com a participação do jornalista Giovani Grizotti.
A música também estará disponível na internet.
Virou Linguiça
João Luiz Corrêa e
Rodrigo Bauer
Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça,
Levou-se a breca a vergonha e se
acadelou a justiça.
Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça,
O velho fio de bigode hoje é uma
barba postiça.
Na minha terra: malandragem,
golpe baixo,
O famoso cambalacho, há quem
chame de linguiça.
O sal esconde alguma coisa no
tempero,
Mas eu sinto aquele cheiro
inconfundível de carniça.
Um sete um, o caixa dois, a
safadeza,
Lembra o nervo e a impureza que
vão dentro da linguiça.
Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça,
Levou-se a breca a vergonha e se
acadelou a justiça.
Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça,
O velho fio de bigode hoje é uma
barba postiça.
Quem cobra a doma e entrega um
flete aporreado,
Faz igual ao deputado que não
vota por preguiça.
Quem vende um laço ramalhado e
com defeito,
Não é melhor que o prefeito que
desvia e desperdiça.
Quem fura a fila não é nada
diferente,
Do político influente que ata a
ponta da linguiça.
Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça,
Levou-se a breca a vergonha e se
acadelou a justiça.
Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça,
O velho fio de bigode hoje é uma
barba postiça.
E o bolicheiro que se escora na
balança,
Fala em ética, esperança, em
princípios e premissas.
Faz propaganda do que vende
olhando teso,
E com o dedo rouba peso no granel
e na hortaliça.
Esse país que é tão gigante, meu
parceiro,
Hoje em dia, cabe inteiro numa
volta de linguiça.
Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça,
Levou-se a breca a vergonha e se
acadelou a justiça.
Virou linguiça, meu irmão, virou linguiça,
O velho fio de bigode hoje é uma
barba postiça.
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