Em 1973, Sacheen Littlefeather, foto acima, subiu ao palco para rejeitar um Oscar de melhor ator em nome de Marlon Brando. Foram-lhe dados 60 segundos no palco para fazer o seguinte discurso:
“Olá! O meu nome é Sacheen Littlefeather. Sou Apache e sou presidente do Comitê Nacional de Imagem Afirmativa dos Nativos Americanos. Estou a representar Marlon Brando esta noite, e ele pediu-me que vos dissesse, num longo discurso, que não posso partilhar convosco neste momento por causa do tempo, mas que terei todo o prazer em partilhar com a imprensa mais tarde, que lamentavelmente não pode aceitar este prêmio tão generoso.
As razões para tal prendem-se com o tratamento dado atualmente aos índios americanos pela indústria cinematográfica ‒ desculpem ‒ e pela televisão, nas repetições de filmes, e também com os recentes acontecimentos em Wounded Knee. Espero não vos ter estragado a noite e que no futuro, os nossos corações e os nossos entendimentos se encontrem com amor e generosidade. Obrigado em nome de Marlon Brando”.
Manteve toda a compostura, apesar das vaias e dos apupos vindos do público. John Wayne teve de ser contido pelos seguranças porque queria agredi-la fisicamente quando ela saiu do palco. Clint Eastwood gozou com ela dizendo que estava a entregar o prêmio em nome de “todos os cowboys mortos em todos os westerns de John Ford”. Posteriormente, Littlefeather foi colocada na lista negra de Hollywood e nunca mais trabalhou na indústria cinematográfica.
Do blog: Filme do momento:
PS: Em 1973, Marlon Brando fez história de uma maneira bastante inesperada durante a 45ª cerimônia do Oscar. Ao vencer o prêmio de Melhor Ator por sua icônica atuação como Vito Corleone em “O Poderoso Chefão”, Brando escolheu não comparecer à cerimônia.
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