Sabe-se
lá se a história é verdadeira ou não. Mas entrou no imaginário brasileiro como
um enorme exemplo da sabedoria popular. É uma das maiores lendas do futebol
brasileiro, tão forte que virou uma espécie de ditado.
A lenda diz que, na preleção para o jogo do Brasil contra a União Soviética na Copa de 1958, o técnico Vicente Feola emendou uma interminável série de recomendações sobre quem marcava quem, quem recuava para que o outro avançasse, quem cruzava, quem recebia, etc. Na prancheta, tudo parecia solucionado. Foi quando Garrincha, com seu jeito de ingênua malandragem, teria feito a pergunta que virou lenda: “O senhor já combinou com os russos?”
Outra versão
Na
Copa de 1958, conta a história que, antes do jogo com a URSS, vencido pelo
Brasil por 2×0, o treinador Vicente
Feola, foto abaixo, fazia sua preleção, incentivando os jogadores até que
olhou para o ponta-direita Garrincha,
o anjo das pernas tortas, onde se prosseguiu o seguinte diálogo:
– Garrincha, é o seguinte: você pega a bola e dribla o primeiro beque. Quando chegar o segundo, você dribla também. Aí vai até a linha de fundo, cruza forte para trás, para o Vavá marcar (o gol).
Garrincha, calado, assustado com as instruções, falou:
– Tudo bem, Seu Feola, mas o senhor já combinou com os russos?
Desde
então, a expressão “faltou combinar com
os russos” é usada quando algo que parecia combinado não acontece. É, com
certeza, um bom ensinamento para a política, visto que muitas vezes as
organizações e/ou movimentos programam ações sem prever o que o “outro lado da
história” possa fazer.
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