O homem-bomba detona o estopim,
o príncipe diz “sim!
e na Rocinha chovem balas
perdidas
enquanto a carruagem percorre
alamedas coloridas.
A vida é assim, trágica
e fantasiosa, dramática
e esplendorosa.
O humano, com sua fome,
sua história que não exangue,
insere-se na dor e alegria
dos séculos, com glórias, sonhos
e sangue.
Em tempos nublados,
deslumbram-se os olhos
ante o reino encantado.
Beijam-se os reis nubentes,
lacrimejam os olhos
em cinco continentes.
Um black/gospell,
com soberana melodia,
aos noivos reverencia.
O templo se ilumina.
Em nome do céu e da terra
“Deus salve a Rainha!”
(Luiz Coronel, no
Correio do Povo, maio de 2018)
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