sábado, 18 de setembro de 2021

Por que Ele foi grande?

 

Certamente o norte-americano mais bem conhecido em toda parte do mundo, e mais admirado também, é Abraão Lincoln, que de humilde rachador de lenha se tornou o décimo-sexto presidente dos Estados Unidos e cujo nome é ligado à história com duas frases: “O Salvador da União” e “O libertador dos escravos”. Durante sua vida, que foi sempre de luta – luta contra a pobreza, luta contra a falta de oportunidades, lutas políticas – podemos notar várias qualidades de caráter que juntamente contribuíram para fazer o grande Abraão Lincoln. 

Ei-las: 

I) − Perseverança − O moço que estudava por conta própria à luz da lareira teria ótimas desculpas para não estudar: luz ruim, cansaço depois de um dia de trabalho manual, poucos livros; mas vemos Lincoln, já com vinte e um anos, estudando os difíceis livros de advocacia e tornando-se um advogado. 

II) – Honestidade – Toda criança americana ama a história de Lincoln, caminhando cinco ou seis quilômetros para devolver dois cruzeiros a uma freguesa. Ele lhe havia dado toco errado, quando ela lhe comprara alguma coisa. Tão conhecido foi ele por esta qualidade que o seu apelido foi: “Honest Abe”. 

III) – Espiritualidade – Demonstrada pelo conhecimento da Bíblia. Desde a meninice Lincoln lia as Sagradas Escrituras. Aqui não é lugar de discutir se ele foi verdadeiro crente ou não, mas que ele conhecia a Bíblia profundamente não se pode negar, pois os seus discursos são cheios de citações da Palavra de Deus. 

IV) – Senso de humor – Poucos homens têm tido vida tão espinhosa e de responsabilidade tão pesadas como Abraão Lincoln. De onde lhe veio o poder de suportar até vencer? Sem dúvidas em parte devia esse a seu senso de humor. Qualquer que fosse o problema, menos aqueles de sofrimento ou morte. Lincoln sempre o enfrentava com grande senso de humor que imediatamente tornava o problema mais leve e mais fácil de solucionar. Apenas um exemplo: Aproximando-se o fim de seu período presidencial o sendo alvo de muita crítica, apresentou-se de novo como candidato, dizendo o seguinte: Eu não acho, meus senhores, que sou o melhor homem do País, mas quanto a escolher um novo presidente nesta hora de grande apertura nacional, lembro-me de um velho fazendeiro que uma vez aconselhou ao seu companheiro: É melhor não trocar de cavalo enquanto se atravessa o rio. 

Uma frase breve, cheia de humorismo, que contém uma lição; uma frase que qualquer pessoa simples pode entender e cujo significado não pode ser negado. 

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Há muitos anos, quando uma companhia que explorava a navegação do Rio Mississipi, USA, tentou impedir a construção de uma ponte sobre o rio para a estrada de ferro. O Juiz Mead, célebre orador, falou durante duas horas a favor dos homens do rio. Ao terminar, foi longamente aplaudido. Levantou-se então o advogado da estrada de ferro de Rock Island e falou por um minuto apenas: 

“Em primeiro lugar, desejo felicitar o meu oponente pela sua belíssima oração. Nunca ouvi um discurso mais belo. Mas ele nada tem a ver com o caso. A questão se limita ao seguinte: cabe-lhes decidir, senhores jurados, se o direito de subir ou descer um rio é maior do que o direito de atravessá-lo.” 

Disse e sentou-se. Não foi difícil aos jurados decidir a favor daquele alto e canhestro advogado do interior. Chamava-se ele Abraão Lincoln.

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