quarta-feira, 25 de julho de 2018

Vamos deixar disso?



Não tentes me provocar, a tua raiva não me aborrece, só me preocupa, porque a raiva vai adoecer-te não a mim...

Eu já tenho as minhas utopias e estou um pouco velho para mudá-las...

Entendo a tuas ideias, não concordo com elas, mas defendo o teu direito de tê-las, só não venha compartilhá-las comigo.

O que te dá direito de pensar que és melhor do que eu? E o que me dá o direito de pensar que eu seja melhor do que tu?

Não me envies mentiras, já li muito e sei que a mentira é como carvão, onde passa deixa sempre um rastro de sujeira.

Procura me conhecer, fala comigo, sentemos numa mesa e bebamos um vinho. Conversemos olho no olho...

Eu tenho uma pequena história de vida. Sofri muito e isso forjou o meu caráter.

Dormes tranquilo? Quando colocas a cabeça no travesseiro adormeces sem remorsos?

Tens certeza de que tudo que fizeste na vida foi correto?

O que me surpreende é a tua religiosidade. Será que o teu Deus é tão imbecil para acreditar que frequentas o seu templo com tanta devoção e espalhas tantas mentiras?

Temos algo em comum: amamos o mesmo país; acreditamos no mesmo Deus; achamos que a família é o suporte de nossas vidas. Temos muito em comum. O que pode nos separar?

Não procures me ofender, eu cresci o bastante para não ter mais dúvida sobre mim mesmo.

Não me chames pra briga, que eu não vou atender.

O meu tempo é precioso e nele não cabem desavenças.

Se tu não gostas de mim e quer brigar, eu entendo, mas não contes comigo.

Eu estou ocupado sendo feliz.

Se tu gostas de mim e quer brigar, eu não entendo isso, mas aceito...

Só presta atenção pra não me magoar. Isso, sim, me entristece.

Vamos deixar disso, então.

Já briguei muito, já magoei, já ofendi...

Mas não fiquei nem um pouquinho melhor com isso.

Venho me curando da vontade de brigar, desde que aprendi a calar.

Então, se tu gritares, só vais escutar o meu silêncio.

Se seguires ofendendo, eu me retiro.

Se insistires na raiva, que pena...

Só tu vais sofrer.

Ok, podes dar a última palavra, ganha a disputa!

Eu não me importo de ceder a vez.

Eu escolho viver em paz.

Vamos deixar disso, então?
  
(Autor desconhecido)

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