segunda-feira, 14 de junho de 2021

Até Breve, Arnaud Rodrigues!

 Compadre Lemos

Antônio Arnaud Rodrigues (Serra Talhada, Pernambuco, 6 de dezembro de 1942 − Lajeado, 16 de fevereiro de 2010, em Palmas, Tocantins) foi um ator, cantor, compositor, redator e humorista brasileiro. 

O urubu está chorando
E o boi entristeceu.
E a gente, se perguntando:
− O que foi que aconteceu?
A perereca responde:
Menino, cê tava onde?
Arnaud Rodrigues morreu!

E morreu de acidente
Em uma grande represa.
Aconteceu de repente,
Uma completa surpresa.
Foi quando o barco virou,
Muita gente se salvou,
Mas, ele não... que tristeza!...

Um talento confirmado,
De trabalho, muitos anos!
Desde o tempo do Baiano,
Com seus Novos Caetanos!
A Vida, com seu rodízio,
Como diz o Chico Anísio,
De repente... baixa os panos!

Baixa os panos para alguém
Que, sem ser celebridade,
Plantou talento e sementes
De muita criatividade.
Poeta e compositor,
Humorista e bom cantor,
Este... vai deixar saudade!
 

Mas a praça ainda é nossa,
E vai ser dele também!
Pois talento não se perde
No dia que a Morte vem.
Por isto não faço drama,
Morre o homem, fica a fama,
Melhor que ele?... Ninguém!

O som da praça vai embora,
Fica só o assobio!
Lembrando o Som do Paulinho,
Não sei se choro ou se rio!
Só sei que, lá no Uruguai,
Tem um índio que diz −Vai
Vencer mais um desafio!

Vai fazer graça no céu,
Vai cantar na imensidão!
Vai compor outras canções
Que falem desta emoção
De espalhar a alegria,
Porque nós, no dia-a-dia,
Te temos no coração!

Soró Sereno, Baiano,
Paulinho, e tantos mais,
Que me encantou com o Roque
Da minha Minas Gerais,
Não vou chorar, não me obrigues,
Vai com Deus, Arnaud Rodrigues,
E encontre mar, porto e cais!

******

Nossa singela homenagem a este talento que nos deixa, por enquanto. Porque, tirando o motorista e o trocador, tudo o mais − até o desencarne − é passageiro! 

Vo batê pá tu 

Baiano e os Novos Caetanos 

E isso aí, malandro,
Tem que se ligar aí nesse som, tá sabendo.
Eu vou batê pá tu, pá tu batê pá tua patota.

Vô batê pá tu, batê pá tu.
Pá tu bate.
Vô batê pá tu, batê pá tu
Pá tu bate.
Vô batê pá tu, batê pá tu,
Pá tu bate.

Vô batê pá tu, batê pá tu
Pá tú bate.
Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tu,
Pá tu pode bate.

O caso é esse,
Dizem que falam que não sei o quê.
Tá pá pintá ou tá pá acontecer.
É papo de altas transações.

Deduração, um cara louco
Que dançou com tudo.
Entregação com dedo de veludo.
Com quem não tenho grandes ligações.

Vô batê pá tu, batê pá tú
Pá tú batê
Vô batê pá tú, batê pá tu
Pá tu bate.
Vô batê pá tu, batê pá tu
Pá tu batê
Vô batê pá tu, batê pá tu
Pá tú bate.
Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tu
Pá tu pode batê

Dizem que falam que não sei o quê.
Tá pá pintá ou tá pá acontecer.
É papo de altas transações.

Deduração, um cara louco
Que dançou com tudo.
Entregação com dedo de veludo.
Com quem não tenho grandes ligações.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário