quarta-feira, 2 de junho de 2021

Filantropia prática

 

Em 1784, Benjamin Franklin escreveu a seguinte carta a Benjamin Webb: 

“Caro senhor: 

Vossa situação me aflige, e tomo a liberdade de vos enviar um cheque no valor de dez luíses de ouro. Peço-vos que aceiteis esse dinheiro, não como uma dádiva, mas como um empréstimo. De regresso ao vosso país, certamente conseguireis negócios que vos permitirão honrar todas as vossas dívidas; nesse caso, quando encontrardes também uma pessoa honesta, que atravesse dificuldades, podereis emprestar-lhe a soma que ora me deveis. Este é o pagamento que vos peço, e, por vossa vez, solicitareis ao vosso devedor que vos pague por meio de uma operação semelhante, quando a oportunidade se lhe apresentar. Espero, assim, que o dinheiro que vos ofereço passe por muitas mãos, até que seu andamento seja interrompido por qualquer velhaco. Isso é um truque meu para fazer o máximo de benefícios com pequena quantia. Não sou rico bastante para devotar-me a muitas boas obras, e, assim, sou obrigado a ser astuto para do pouco tirar muito. 

Com os melhores votos para a vossa futura prosperidade, sou vosso humilde servo, B. Franklin.” 

(Da “Seleções do Reader’s Digest”, abril de 1943) 

***** 

Benjamin Franklin (Boston, 17 de janeiro de 1706, – Filadélfia, 17 de abril de 1790) foi um polímata estadunidense. Foi um dos líderes da Revolução Americana, conhecido por suas citações e experiências com a eletricidade. Foi ainda o primeiro embaixador dos Estados Unidos em França. 

Religioso, calvinista, e uma figura representativa do iluminismo. Correspondeu-se com membros da sociedade lunar e foi eleito membro da Royal Society. Em 1771, Franklin tornou-se o primeiro Postmaster General (ministro dos correios) dos estados Unidos.

Sua imagem está nas notas de 100 dólares.



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