Þ Cary Grant se queixava a Alfred Hitchcock que não estava entendendo mais nada, àquela, do filme Intriga Internacional.
Hitchcock:
- Ótimo. É assim que eu quero.
Agora você está perfeitamente integrado no seu personagem.
Þ O próprio Arnold Schwarzenegger concordava:
- Diziam que os cavalos que
apareciam no filme Conan, o bárbaro
tinham uma cara mais expressiva que a minha. Era verdade.
Þ Pedro Bial, na TV, para João
Cabral de Melo Neto:
- Poeta, o Brasil dói?
Cabral:
- Sei não, meu filho. Não entendi
a pergunta.
Þ Em Paris, em fevereiro de 1982.
o ministro Antônio Delfim Netto
respondeu aos jornalistas estrangeiros que o interrogavam sobre a dívida
externa brasileira:
- Pode até ser a maior, mas é a
mais bem administrada.
Þ O jornalista Franklin de Oliveira implicou com o
economista Celso Furtado que num
livro se referia a Francisco Bacon,
e não a Francis:
- Por que não o chamou logo de
Chico?
Þ Os desentendimentos entre os
editores foram alguns dos motivos que levaram ao fechamento do jornal gay Lampião em 1981. Certa vez, Agnaldo Silva vetou uma matéria enorme
sobre comida natural.
- Essa não dá – disse a seu autor,
João Silvério Trevisan. – Bicha
gosta é de muita carne.
Þ Um colunista social escreveu que Proust, antes de se consagrar como
escritor, havia sido colunista social. Para o humorista Sérgio Porto, isso não significava nada:
- Lincoln também foi lenhador e,
depois dele, nenhum outro lenhador conseguiu se eleger presidente da República.
Þ Dalton Trevisan não tem dúvida: Capitu traiu o marido Bentinho, no Dom Casmurro de Machado de
Assis. “Para o bom escritor um personagem não espirra em vão; na seguinte
página tosse com pneumonia. Se pendura na parede uma espingarda, por força há
que disparar. Nosso Machadinho ocuparia mais da metade do livro com as manhas e
artes de dois sublimes fingidores sem que haja traição?” Danton conclui:
“Morreu Escobar não das ondas do Flamengo e sim dos olhos de cigana oblíquos e
dissimulados. Por que os olhos de ressaca, me diga, senão para você neles se
afogar?”
Þ No programa Esta Noite se Improvisa, pedia-se uma canção com a palavra “garota”.
Parecia mais do que óbvio para Vinicius
de Moraes, que apertou rápido o botão e começou a cantar: Garota de Ipanema:
Olha
que coisa mais linda mais cheia de graça.
É ela
menina que vem e que passa...
Não tem a palavra “garota”.
Þ Tim Maia: “Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se
apaixona, cafetão tem ciúme e traficante se vicia.”
(Do “O Livro dos Erros –
Histórias Equivocadas da Vida Real”,
de Mário Goulart)
de Mário Goulart)
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