No antigo Castelo de São Jorge, em Lisboa, ao lado da estátua de Dom Manuel, O Venturoso, podemos ver este conhecido primor literário, no qual se observou um viés de preocupação ecológica.
Ao Viandante
Tu que passas e ergues para mim o teu
braço,
Antes que me faças mal. Olha me bem.
Eu sou o calor do teu lar nas noites
frias de inverno.
Eu sou a sombra amiga que tu encontras
Quando caminhas sob o sol de agosto
E os meus frutos são a frescura
apetitosa
Que te sacia a sede nos caminhos.
Eu sou a trave amiga da tua casa, a
tábua da tua mesa,
A cama em que descansas e o lenho do teu
barco
Eu sou o cabo da tua enxada a porta da
tua morada,
A madeira do teu berço e do teu próprio
caixão
Eu sou o pão da bondade e a flor da
beleza
Tu que passas, olha-me bem e não me
faças mal
Veiga Simões,
Arganil, Portugal, maio de 1914.
Em 1914, Veiga Simões, De
Arganil, coração amplo e fecundo, escreveu para a festa escolar a oração que
acima transcrevemos.
Em 1959, esta oração foi adotada
como legenda obrigatória nos parques públicos do Uruguai e depois divulgada
pelas Américas.
*viandante: adjetivo de dois
gêneros e substantivo de dois gêneros, que ou a pessoa que viaja, especialmente
a pé. = caminhante.
Alberto da Veiga Simões
Escritor, jornalista, político,
investigador,
nasceu em Argamil a 16 de dezembro de 1888
nasceu em Argamil a 16 de dezembro de 1888
e faleceu, em Paris, a
1° de dezembro de 1954.
Lindo! E atual, Pensemos......
ResponderExcluirOuvi declamado no TV247,creditado ao Olavo Bilac.
ResponderExcluirOlavo Bilac tem uma poema chamado "Velhas árvores", talvez seja daí a confusão...
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