O famoso escritor, atacado de
esgotamento nervoso, teve que ser internado. Depois de alguns meses de
tratamento, acabou que ele ficaria perfeitamente bom se o colocassem no seu
ambiente natural, isto é, numa biblioteca, com uma máquina de escrever e
livros. No primeiro dia, o famoso escritor bateu máquina por alguns minutos.
Mas do segundo dia em diante, datilografava furiosamente várias horas por dia.
Ao fim da semana comunicou ao médico que tinha terminado seu novo romance.
Satisfeito por ver que sua ideia dera resultado tão rapidamente, o médico pegou
no calhamaço e começo a ler:
Casimiro, o fazendeiro mau,
precisava ira à cidade com toda a urgência. Mandou arrear sua mula favorita.
Mas como esta não foi encontrada, arrearam outra, uma mula muito teimosa. O
fazendeiro saltou para a sela e gritou:
– Eia, mula,
vamos!
E a mula
nada de se mexer.
‒ Vamos,
mula! Eia! Vamos, mula!...
Daí a pouco,
espantado, o médico observara:
‒ Mas que é
isso? Seguem-se 100 páginas coma repetição: “Eia, mula, vamos!”
‒ É para o
senhor ver – diz o romancista – até que ponto o diabo da mula era teimosa.
(Almanaque do Correio
do Povo)
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