Rosanita Moschini Vargas*
Escola é lugar de encontro, acolhimento, escuta e vínculo. E por ser assim, exige adaptação e, portanto, tempo.
Esse tempo é especial para cada etapa, desde as crianças bem pequenas até os jovens necessitam de um olhar e uma escuta acolhedora. São muitos os sentimentos que estão envolvidos, como o medo, a insegurança e a alegria no primeiro dia na Educação Infantil. Como no “primeiro dia no primeiro ano”, a nova etapa dos anos finais e suas mudanças e novas responsabilidades, como também o ingresso no Ensino Médio e as escolhas que surgem e suas exigências. Períodos que são marcos na trajetória escolar e na vida.
Com as crianças pequenas é um tempo que se caracteriza como muito desafiador! A criança está aprendendo a reconhecer a escola como um ambiente familiar e depende muito do encorajamento do adulto para se sentir acolhida e segura. Portanto, abrir espaço de escuta para que ela possa se expressar e reconhecer seus sentimentos é fundamental. Paciência e afeto não podem ser economizados.
Já as crianças maiores, por corresponderem a rotina e o funcionamento da escola, é comum desejarem interagir com outras crianças e se interessarem pelas novidades. No entanto, estar atento ao comportamento delas é importante, caso alguma insegurança se manifeste.
Com os demais estudantes, não é diferente! Sempre vale lembrá-los do quanto são capazes de enfrentar e superar novos desafios, encorajando-os e valorizando suas escolhas e avanços.
Ainda assim, todo início de ano letivo é exigente, pois requer planejamento, disponibilidade, rotina, retomadas e novas combinações, disciplina, recursos internos. A parceria, a comunicação e a interação entre família e escola farão toda a diferença por favorecerem a prevenção e/ou resolução de possíveis dificuldades que surgirem no percurso.
A adaptação escolar necessita de coragem! É necessário compreender que ela é processual e vincular. Exige tempo, afeto e confiança.
A escola é lugar de fazer amigos, aprender a colaborar, a conviver, a partilhar vivências, a tornar o mundo melhor. Nela também podemos construir pontes e cultivar lindas memórias.
*Professora, psicopedagoga, orientadora educacional.
(Do jornal Zero Hora, abril de 2024)
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