Consciência
Narra uma lenda que Artaxerxes, o antigo rei da Pérsia, que conquistou o Egito, mandara ocultar entre as penas de seu travesseiro a fabulosa quantia de 500.000 talentos a fim de assegurar um sono tranqüilo e contínuo.
O famoso imperador Calígula, além de seu aparatoso corpo de guarda, mantinha duas terríveis panteras às portas de seu palácio para que ninguém se acercasse de seus aposentos enquanto ele dormia.
Mais estranha ainda era a mania de Artabaxo, general persa, que punha um escudo por cima da cabeça na vã esperança de que assim procedendo evitaria que o teto o esmagasse, vindo a desabar durante a noite.
De quantas preocupações inúteis e ridículas se cercam os tiranos e pecadores!
O único travesseiro que proporciona ao cristão um sono calmo e perfeito é uma consciência tranquila.
A verdadeira paz, realmente, não é senão o sossego de uma consciência pura.
Sê, pois, o senhor de tua vontade e conserva tranquila a tua consciência.
Verbos e Advérbios
Gérson, célebre chanceler dos merovíngios, dizia, com muita graça, que “Deus, em nossa vida, olha mais para os advérbios do que para os verbos.”
Qual a razão de tão curiosa preferência? Com explicá-la do ponto de vista gramatical?
A resposta é fácil e não oferece a menor dúvida:
O verbo exprime a ação; o advérbio, o modo com que a fazemos. Deus olha, antes de tudo, o modo e não a ação.
Quer
saber como rezamos, respeitosamente, frequentemente – e não, apenas, se
rezamos. Assim
(Do livro “Lendas do Céu e da Terra”, de Malba Tahan)
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