Eugène Ionesco (Slatina,
Romênia,
26 de
Novembro de 1909
-
Paris,
28 de Março
de 1994)
foi um dos maiores patafísicos e dramaturgos do teatro do
absurdo. Para lá de ridicularizar as situações mais banais, as peças
de Ionesco retratam de uma forma tangível a solidão do ser humano e a
insignificância da sua existência.
Filho de pai romeno
e mãe francesa,
Ionesco passou a maior parte da infância na França, mas no princípio da
adolescência regressou à Romênia onde se formou como professor de francês
e casou em 1936.
Em 1928, na Universidade de Bucareste, conheceu Emile Cioran
e Mircea Eliade,
e os três tornaram-se amigos de toda a vida.
Regressou à França em 1938 para concluir a sua
tese de doutoramento. Apanhado pela eclosão da guerra, em 1939, Ionesco permaneceu
em França, acabando por revelar-se escritor de talento. Foi eleito membro da Académie
Française em 1970.
Morreu aos
81 anos e está sepultado no Cemitério do Montparnasse, em Paris.
Pensamentos de Ionesco
“Pensar contra a corrente de seu tempo é heroico; dizê-lo é
uma loucura.”
“Querermos ser do nosso tempo é
estarmos já ultrapassados.”
“O fato de sermos habitados por
uma nostalgia incompreensível seria mesmo assim o sinal de que existe um além.”
“O homem superior é aquele que
cumpre sempre o seu dever.”
“São os inimigos da história que
acabam por fazê-la.”
“As ideologias nos separam; os
sonhos e as angústias nos reúnem.”
O teatrólogo
Eugênio Ionesco é considerado,
com o Irlandês Samuel Beckett, o pai do teatro do absurdo, segundo o
qual é preciso “para um texto burlesco, uma interpretação dramática; para um
texto dramático, uma interpretação burlesca’’. Porém, além do ridículo das
situações mais banais, o teatro de Ionesco representa de maneira palpável, a
solidão do homem e a insignificância de sua existência. Ele não queria que suas
obras fossem categorizadas como Teatro do absurdo, preferindo em vez de
absurdo, a palavra insólito. Ele percebeu no termo insólito um aspecto ao mesmo
tempo pavoroso e maravilhoso diante da estranheza do mundo, enquanto a palavra
absurdo seria sinônimo de insensato, de incompreensão. «Não é porque não
compreendemos uma coisa que ela é absurda» , resumiu seu biógrafo André Le Gall.
Última frase do personagem Berengher em O Rinoceronte, peça de Ionesco:"Sou o último homem, hei de sê-lo até o fim.Não me rendo!"
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