sexta-feira, 28 de maio de 2021

Crônica das ruas de Porto Alegre

 Por Isaac Menda*

Certa vez, Luís de Camões, Marquês do Pombal e Eça de Queiroz se encontraram em Portugal para analisar a situação Luzitana. 

A discussão também envolveu os poetas Castro Alves, Olavo Bilac e Goethe. Para julgar a questão, foram convocados os irmãos Casemiro de Abreu, Luciana de Abreu e Almirante de Abreu. Outros irmãos quiseram participar. Chamaram João Telles, Amélia Teles, Jaime Teles e os Andradas. Só uma pessoa poderia resolver tudo: Osvaldo Aranha. 

Alguns ex-presidentes se envolveram: Castelo Branco, Marechal Deodoro, Washington Luiz, Floriano Peixoto e Getúlio Vargas. De prontidão ficaram o Duque de Caxias e os gaúchos Assis Brasil, Borges de Medeiros e Bento Gonçalves. De repente, alguém deu um grito na Ipiranga. Tinha sido D. Pedro. 

Logo, Carlos Gomes compôs uma ópera narrando todo o incidente, que aprecia uma batalha como a do Riachuelo. 

Depois que tudo se acalmou, concordaram em realizar um jogo de futebol. Convidaram Botafogo e Vasco da Gama. O jogo seria abençoado pelo Irmão José Otão, pelo Vigário José Inácio, pelo Padre Hildebrando e pelo Padre Chagas, invocando o Espírito Santo. Houve desfile de princesas, entre elas a Princesa Isabel. 

Estavam presentes os governadores do Paraná, Pará, Amazonas, Bahia e Pernambuco. Alguns prefeitos também: de Taquara, Encantado, Garibaldi, Bagé, Montenegro e Lajeado. Do exterior vieram os perfeitos de Chicago e Nova York. 

Entre os militares se fizeram presentes Coronel Vicente, Coronel Lucas de Oliveira, Capitão Montanha, Coronel Fernando Machado, Coronel Bordini, General Câmara, General Vitorino, General Lima e Silva e o Tenente Ary Tarragô. 

Uns dizem que isso aconteceu em 24 de Outubro. Outros, em 24 de Maio, mas foi em 3 de Maio. 

Alguns doutores compareceram, entre eles: Dr. Flores, Dr. Nilo Peçanha, Dr. Lucidoro Brito, Dr. Armando Barbedo, Dr. Dias Carvalho e Dr. Timóteo. Santos Dumont não veio, pois perdeu o voo em Buenos Aires. Essa história me foi contada por Machado de Assis e Érico Veríssimo. 

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* O advogado e escritor Isaac Menda lembrou de duas histórias que fez alguns anos atrás, quando era colunista do Diário Gaúcho. Uma delas, contada acima, fala de nomes das ruas de Porto Alegre.

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