Por Anne Roumanoff
Na internet, vivem nos pedindo notas e resenhas. Somos convidados a dar nosso veredicto sobre hotéis, restaurantes e espetáculos, com estrelas, classificações ou comentários.
Enquanto estamos nisso, também podemos classificar nossas conquistas românticas:
1. “Tipo experiente que já apareceu por aí algumas vezes. Meio lento para começar, mas bom no controle das curvas. Tende a consumir combustível líquido em excesso, o que causa impacto negativo no desempenho.”
2. “Recepção adorável e estada deliciosa em ambiente idílico, que terminou abruptamente quando descobri que o proprietário à ocupação múltipla.”
3. “Estabelecimento de alta classe – supostamente. Mas higiene e limpeza deixam muito a desejar. Evite!”
4. “Uma viagem agradável estragada pela falta de generosidade, sem um único presente, nem mesmo no primeiro dia. Leve comida ou peça fora; habilidade culinária praticamente zero.”
5. “Modelo topo de linha, apresentação imaculada, muita sensibilidade artística, mas extremamente tenso e impossível de agradar.”
6. “Ambiente modesto e sem muito a ver, mas recepção calorosa e bem treinada que logo me fez esquecer a falta de altura e de cabelo. A gente se sente tão bem lá que o único desejo é voltar correndo.”
Mas, no fim das contas, no quesito amor, é melhor começar com abençoada ignorância. Não há necessidade de resenhas de consumidores para você se decidir. Às vezes, é melhor escutar atentamente… o próprio coração.
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