O que a neurociência* prescreve

 

Conselhos da neurocientista Claudia Feitosa−Santana, autora de Eu Controlo Como Me Sinto (Planeta) 

 1. Agradeça mais 

Em vez de comparar sua vida à dos outros, valorize o que você tem e é.  Cultivar a gratidão é desapegar da busca infindável por querer se ver em outra situação. 

 2. Seja mais resiliente 

Estar consciente de que tudo na vida é passageiro tem nome: resiliência. É saber passar por momentos difíceis sabendo que eles vão acabar. 

 3. Trabalhe com gosto 

Procure curtir o que faz, mesmo que não seja o emprego dos sonhos. Sofremos menos quando trabalhamos com algo que apreciamos de alguma forma. 

 4. Exerça a ética 

Quando você toma decisões com responsabilidade e respeito aos preceitos morais, suas chances de ser feliz (e fazer os outros felizes) aumentam. 

 5. Alimente-se bem 

Se você come algo gostoso, mas pouco saudável, será feliz hoje e infeliz no futuro. E o inverso acontece quando come bem, mas sem prazer. Busque o equilíbrio. 

 6. Durma o suficiente 

O sono é importante para funcionarmos e vivermos bem. Se dormimos mal, adoecemos mais, o raciocínio trava e o humor cai lá embaixo. 

 7. Mexa o corpo 

Quando praticamos exercício físico regularmente, produzimos dopamina, endorfina e outras substâncias ligadas ao estado de bem-estar. 

 8. Viva o presente 

Um dos maiores erros é ficar ruminando sobre o passado ou focando no futuro. Procure ter atenção plena ao momento, algo praticado em sessões de meditação. 

 9. Amplie experiências 

Passeie mais, viaje mais, desbrave novos horizontes. Não precisa ser para a Europa; pode ser para a serra ou a praia mais próxima. Rodar o mundo nos faz felizes. 

10. Faça amigos 

Antes só do que mal acompanhado? Nada disso. Antes bem acompanhado do que só. Amizades são uma injeção de saúde − e a solidão pode adoecer. 

(Da revista Veja Saúde, janeiro de 2023) 

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* Neurociência estuda o sistema nervoso e suas funcionalidades. Dessa forma, os três elementos que norteiam esse estudo são o cérebro, os nervos periféricos e a medula espinhal. 

Cada um deles faz parte do sistema nervoso do corpo humano, sendo responsável por coordenar as atividades voluntárias ou involuntárias. Além disso, analisa o comportamento e as emoções humanas. 

Mas se pode dizer que a Neurociência explica não somente as reações do corpo, mas os fenômenos da mente. Portanto, é um campo científico que busca revelar estruturas, processos de desenvolvimento e alterações que possam ocorrer ao longo da vida. 

Entre as pautas de maior envolvimento dos neurocientistas, está a melhor compreensão das bases biológicas, psicológicas e pedagógicas do aprendizado escolar para qualificar os processos educacionais. 

Por exemplo, uma grande descoberta foi a relação da desnutrição com a redução da capacidade de aprender. Isso porque o cérebro consome bastante glicose, e na sua ausência, há enfraquecimento da memória, um fator importante nos processos de aprendizagem. 

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