“A prova de que a natureza humana
é sábia é que ela nem sabia que iríamos usar óculos e notem como colocou nossas
orelhas.”
“Era o menor homem do mundo. Os
próprios anões o chamavam de anão.”
“Em Brasília quem não é da panelinha
é da marmita.”
“A prova de que o trânsito está
cheio de barbeiros é que não temos mais o Forde-de-bigode.”
“O difícil de confundir alhos com
bugalhos é que ninguém sabe o que são bugalhos.”
“Para que as crianças nasçam
felizes em nosso país, três coisas são absolutamente necessárias: liberdade,
igualdade e maternidade.”
“Dormiu de janela aberta e morreu
afogado. Estava passando uns tempos num submarino.”
“Nossos filhos não são problemas.
Problemas são os filhos que dizem que são nossos.”
“É através dos mais rigorosos
inquéritos que se chega à conclusão que todo mundo é honesto.”
“O recibo, o reconhecimento de
firmas, o fiador, o depósito e o desconto em folha são provas insofismáveis de
que ninguém confia na honestidade de ninguém.”
“Como é curta a vida das
mulheres! Até hoje não conheço uma que tenha passado dos quarenta.”
“Não era uma mulher, era uma
guilhotina: cinco homens perderam a cabeça por sua causa.”
“Nada mais irritante do que
funcionário do correio jogando baralho. Como leva tempo para entregar uma
carta!”
“O rei, a cavalo, surpreendeu a
rainha atrás da torre com um peão e foi queixar-se ao bispo.”
“O turfista é um sujeito que
trabalha pra burro, ganha pra cachorro e gasta pra cavalo.”
“O jóquei é um sujeito que ganha
dinheiro nas costas dos outros.”
“Houve um tempo em que os animais
falavam. Alguns ainda continuam.”
“Por que não cruzam um
pombo-correio com um papagaio? Assim, em vez de levar bilhete, ele já dava o
recado.”
Diálogos
Comprador:
- Eu gostaria de ver alguns carros de segunda mão realmente bons.
- Eu gostaria de ver alguns carros de segunda mão realmente bons.
Vendedor:
- Eu também.
- Eu também.
Ela:
- Como o senhor é diferente do que eu imaginava!
- Como o senhor é diferente do que eu imaginava!
Poeta famoso:
- Pensava, naturalmente, que eu era gordo, baixinho e feio?
- Pensava, naturalmente, que eu era gordo, baixinho e feio?
Ela:
- Ao contrário! Imaginava que o senhor era esbelto, alto e bonito!
- Ao contrário! Imaginava que o senhor era esbelto, alto e bonito!
Ladrão:
- Tenha piedade! Me dê mil reais para salvar a vida de um inocente!
- Tenha piedade! Me dê mil reais para salvar a vida de um inocente!
Transeunte:
- Mas você não tem cara de inocente!
- Mas você não tem cara de inocente!
Ladrão:
- Não é a minha vida que está em perigo – é a sua!
- Não é a minha vida que está em perigo – é a sua!
-
Meu bisavô é funcionário público.
- Até hoje? De que
repartição?
- Da Faculdade de Medicina.
- O que ele faz?
- É esqueleto.
Garoto de rua:
- Moço, me dá um dinheiro
pra comprar pão?
Moço sovina:
- Não. Se você comer pão
agora, você não almoça!
Careca:
- Me dá um vidro de loção
pra crescer cabelo.
Caixeiro:
- Grande ou pequeno?
Careca:
- Pequeno, que eu não gosto
de cabelo muito comprido.
Enfermeiro:
- O senhor viu um louco que
acabou de fugir daqui? É baixinho, magrinho e pesa cento e trinta quilos.
Transeunte:
- Como pode ser baixinho e
magrinho se pesar cento e trinta quilos?
Enfermeiro:
- Eu não falei ao senhor
que ele é louco?
- Querido, vamos festejar
amanhã nossas bodas de prata. Queres que eu mate um frango?
- Que culpa tem o frango?
Freguês:
- Venho reclamar do senhor
porque há dias comprei um remédio para afastar a vermelhidão do meu nariz e
agora o nariz está quase todo azul.
Farmacêutico:
- E de cor o cavalheiro
preferia?
Solteirona (ao telefone):
- Socorro! Há um homem na
rua tentando pular a janela do meu apartamento no segundo andar!
Homem:
- A senhora está enganada.
Aqui é do Corpo de Bombeiros.
Solteirona:
- Eu sei; É que ele está
precisando de uma escada!
Freguês 1:
- Garçom, me traga uma
cerveja gelada, muito gelada, estupidamente gelada, terrivelmente gelada.
Garçom:
- Muito bem. E o senhor?
Freguês 2:
- Eu também quero uma
cerveja gelada. Mas olha: mais gelada que a dele.
Freguês: Garçom, quem botou manteiga
neste pão?
Garçom: Fui eu.
Max Nunes nasceu no Rio de
Janeiro, em 1922. Médico, acabou se tornando um dos maiores humoristas
brasileiros. Criador do famoso programa Balança, mas não cai, da década de 50,
na Rádio Nacional, passou pelo Diário da Noite e Tribuna da Imprensa, sendo
hoje um dos produtores do programa de tv Jô Soares Onze e meia. Faleceu no Rio
de Janeiro em 11 de junho de 2014, aos 92 anos.
Morreu na madrugada desta
quarta-feira (11.06.2014) o humorista Max Nunes, aos 92 anos, de complicações
decorrentes de uma queda em que fraturou a tíbia. O redator e
escritor estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.
Max Nunes escreveu e dirigiu
programas humorísticos que fizeram história na TV brasileira, como Balança mas
não Cai (1968), Satiricom (1973) e Planeta dos Homens (1976).
Em 1972, criou com Oduvaldo
Vianna Filho, o Vianninha, A Grande Família, primeira comédia de costumes da
Globo.
Com Jô Soares, fez uma das
parcerias mais duradouras da TV. Redigiu Viva o Gordo (1981), na Globo, e foi
com ele para o SBT em 1988, onde lançou Veja o Gordo e o talk show Jô Soares
Onze e Meia. De volta à Globo, em 2000, era redator e acompanhava as gravações
do Programa do Jô.
Nascido no Rio de Janeiro em
1922, Max Newton Figueiredo Pereira Nunes teve contato com a carreira artística
desde cedo. Filho do jornalista e humorista Lauro Nunes e vizinho do sambista Noel
Rosa (1910-1937), que o aconselhou a cantar, Max Nunes foi apelidado de
Gargantinha de Veludo na Rádio Guanabara. Formou-se em medicina e exerceu a
profissão até 1980.
Na TV, escreveu pela primeira vez
em 1962, na extinta Excelsior. Em 1964, mudou-se para a Globo, onde
trabalhou durante 38 anos. Em 2012, o Zorra Total homenageou Max Nunes em seu
aniversário de 90 anos.
Max Nunes, compositor
Bandeira Branca
Max Nunes e Laércio
Alves
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Saudade, mal de amor, de amor
Saudade, dor que dói demais
Vem, meu amor
Bandeira branca eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Saudade, mal de amor, de amor
Saudade, dor que dói demais
Vem, meu amor
Bandeira branca eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Bandeira branca, amor
Não posso mais.
Pela saudade
Que me invade eu peço paz.
Epitáfio
Num cemitério, sobre
uma laje:
Foste um mau pai
Foste um mau marido
Foste um mau filho
Foste um mau amigo
Foste um mau irmão
Foste um mau cristão
Enfim: foste!
Na lápide para o túmulo de Max
Nunes, a filha mandou gravar a frase:
“Quando morreu deixou mulher e
quatro filhos. Tinha que deixar. Como ia levar?”.
Ela foi escrita pelo humorista no
livro “Uma Pulga na Camisola − O máximo de Max Nunes”, coletânea de crônicas de
Max Nunes organizada por Ruy Castro.
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