segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Velhas desculpas do campeonato brasileiro:

Fabrício Carpinejar e Mário Corso

Começo do Brasileirão:

A meta é ser campeão depois de tantos anos, esse time pode chegar lá. É o plantel dos sonhos.

Vigésima rodada:

Ser campeão é difícil, mas não impossível, as lesões e as convocações atrapalham. O culpado é o calendário.

Trigésima rodada:

Três vitórias consecutivas despertam a esperança. Três derrotas seguidas devolvem a melancolia. Ser campeão é impossível, mas a meta agora é a Libertadores. Troca-se técnico, arruma-se um ídolo para disfarçar a desorganização tática.

Trigésima terceira rodada:

A vaga para a Libertadores está cada vez mais inacessível, mas a vaga da Sul-Americana é a meta. Afinal, a competição significa o melhor atalho para a Libertadores. A direção jura que prefere a Sul-Americana do que a Libertadores, por uma estratégia competitiva. "É mais fácil", diz o presidente.

Trigésima quinta rodada:

Complicou a colocação para a Sul-Americana, porém o time não desiste. A desculpa muda de natureza. Não mais as lesões, as convocações e a falta de entrosamento. O vilão pelos pontos perdidos em casa é o árbitro. O campeonato foi comprado.

Trigésima sétima rodada:

É tarde para trocar de técnico de novo. Até porque é necessário apostar num nome, defendê-lo das críticas e garantir sequência de partidas. A disposição passa a ser outra: fugir da zona do rebaixamento e escapar do quarteto da morte.

Última rodada:

Foi difícil, mas o time se superou com o apoio da torcida. Com raça, a equipe pegou junto, esteve unida e superou as adversidades. Conseguiu seguir na primeira divisão. Manter-se na elite do futebol nacional é um troféu moral, quase o mesmo que ser campeão brasileiro.






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