terça-feira, 27 de novembro de 2018

Perfume Siamês*

Altay Veloso e Paulo Feital


Mas que prazer te rever, que bom te encontrar.
Ah! Nesses anos a vida te fez remoçar.
Não, não precisa fingir, nunca foi o teu forte fingir pra agradar,
Pra mim o tempo passou, mas vamos sentar e sair da calçada.

Sem colarinho e com fé, que é pra gente esquentar.
Uma porção de filé e um conhaque Dubar.
Não, nunca vou me mudar, é a mesma casinha onde fomos morar,
Vê se vai me visitar, as coisas continuam no mesmo lugar.

O salgueiro que você plantou
De chorar quase morreu, resistiu e cresceu,
Mas o cão adoeceu, sentiu tua falta demais,
E a roseira lá de trás, deu rosa e concebeu, sem espinhos uma flor,
Que tem teu cheiro e o meu.

Garçom, me traga mais dois que é pra comemorar,
Traz um traçado depois que é pro santo agradar.
Eu não perdi a mania, ainda durmo fumando,
Ainda queimo o colchão.
Claro que lembro do dia, em que quase morri
E ninguém me acordava.

Nossos retratos de amor, eu não pude rasgar,
Quando você se casou, pensei em me matar.
Tua loucura foi tanta, casar por vingança só mesmo você!
Mas não perdi a esperança,
As coisas continuam no mesmo lugar...

O salgueiro que você plantou
De chorar quase morreu, resistiu e cresceu,
Mas o cão adoeceu, sentiu tua falta demais,
E a roseira, lá de trás, deu rosa e concebeu,
Sem espinhos uma flor que tem teu cheiro e o meu. (bis)

Pede a conta, meu amor, e volta pro que é teu...


*Há, na internet, uma gravação dessa música na voz de Emílio Santiago.

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